Capítulo Seis

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"Pare um pouco para perceber que eu estou ao seu lado. Bem, eu não, eu não te disse? Mas eu não posso soletrar para você. Não, nunca será simples assim. Não, eu não posso soletrar para você... Não é igual. Não, nunca é igual, se você não sente isso também. Se você me encontrasse no meio do caminho. Poderia ser igual para você. Se você percebesse o que eu acabei de perceber...  Apenas perceba o que eu acabei de perceber. Nós nunca teríamos que nos perguntar se nós perdemos a nossa chance. Apenas perceba o que eu acabei de perceber..." ♥♥♥ Colbie Caillat, Realize ♥♥♥

" ♥♥♥ Colbie Caillat, Realize ♥♥♥

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     Branco não é o novo vermelho...

           Mexo vagarosamente a colher de açúcar em minha xícara de café, enquanto deixo a minha mente vagar pelos acontecimentos da noite anterior. Sou um misto de sentimentos e o mais forte deles com certeza, é o meu encantamento pelo Evan... Embora, cá entre nós, ninguém precise saber disso. Eu sequer sei se sou capaz de admitir isso a mim mesma em frente a um espelho. Quando eu o convidei, tudo o que eu queria era falar sobre Victor, afastar essa aura ruim que ele sente pelo próprio pai e lhe fazer enxergar que dar uma chance a ele, é dar uma chance a si mesmo. 

            Mas, eu falhei, é óbvio. Entre tentar agir naturalmente e explorar o terreno antes de ir diretamente ao assunto; eu me perdi completamente. E de repente me vi envolvida por aquele meio sorriso que ele costuma dar enquanto te olha... E de repente eu senti um frio na barriga que não estava autorizada a sentir, apenas por acompanhar o movimento de seu polegar em direção aos seus lábios... E de repente eu tive vontade de tocá-lo, segurar sorrateiramente a sua mão e aproximar o meu corpo do seu enquanto dividíamos o táxi. Será que ele percebeu o quanto me afetou? O quanto todas essas coisas tão simples me atingiram, sem que eu estivesse preparada?

            Foi quase como ser atingida por um carro em alta velocidade, inesperado e assustador ao mesmo tempo. E agora eu não quero vê-lo mais, porque sei que esses sentimentos não podem ser um bom sinal. Mas eu preciso vê-lo, não tenho escolha até que ele dê o braço a torcer e se encontre com Victor. Apoio a minha cabeça em meu braço e deixo que a minha testa bata repetidas vezes no meu balcão da cozinha. Eu deveria ser esperta o bastante para saber que lhe mandar mensagens com carinhas sorridentes não era um bom sinal. Muito menos, me arrumar com tanto capricho, quando aquele jantar deveria ter tido outro foco. Mas, ok... Eu posso ter gostado da apreciação em seu olhar assim que me viu no restaurante. Ele é um homem atraente e charmoso e eu, uma mulher solteira com dois olhos que enxergam muito bem. Essa não deveria ser uma combinação tão nociva. Então, por que me sinto tão culpada agora?

— Ah, Lizz! — eu sussurro para mim, ao mesmo tempo em que levanto a cabeça com rapidez ao som da campainha.

          Eu exalo e olho para mim mesma, meu velho shorts jeans de faxina e camiseta simples de algodão. Eu não estou esperando nenhuma visita, mesmo assim solto o meu cabelo e deixo o elástico preto em meu pulso, enquanto desço para atender. É nessas horas em que eu sinto falta de um olho mágico em minha velha porta, embora pudesse ter usado um pouco da minha brilhante inteligência e olhado pela janela antes de atender. Eu abro vagarosamente a porta, com medo do que posso encontrar do outro lado e quase me encolho involuntariamente, quando me deparo com um grande buquê de rosas brancas. Um adolescente de aparelhos e boné do Real Madrid sorri com timidez para mim e me entrega as flores.

Foi Assim que te Amei  Capítulos para a degustação.Onde histórias criam vida. Descubra agora