Capítulo Sete

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"Está melhorando? Ou você ainda sente a mesma coisa?  As coisas vão ficar mais fáceis para você agora. Agora que você tem alguém para culpar?... Eu te pedi muito? Mais do que devia? Você não me deu nada. Agora é tudo que eu tenho... Somos um, mas não somos os mesmos. Ferimos um ao outro e estamos fazendo de novo... Você diz, o amor é um templo. O amor é a lei suprema... Você me pede para entrar e depois você me faz rastejar. E eu não posso continuar me agarrando ao que você tem, quando tudo que você tem são feridas." ♥♥♥ One, U2 ♥♥♥

       Era uma vez

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       Era uma vez...

         Sinto-me enjaulado, embora exista muito espaço físico no corredor onde caminho; a cada passo que dou me sinto mais sufocado. É como se as paredes ao meu redor se fechassem a cada segundo, roubando o ar e a minha sanidade. Mas, eu estou aqui e mesmo que tenha vontade de virar as costas e correr porta afora, ainda permaneço andando. Lizz me ligou na noite anterior e marcou o encontro para às duas da tarde, não preciso dizer que passei a última noite em claro e me sinto uma pilha de nervos. 

           Entretanto, eu disfarço. Quem olhar para mim agora, verá um homem confiante e forte, é essa a imagem que quero passar... Especialmente para ele... Victor Cásares... Qual irônico é o fato que só descobri o seu sobrenome hoje? Pior ainda foi ter ficado parado por cinco minutos, depois que o segurança da portaria me perguntou o que eu era de Victor. O que nós somos realmente, além de um desastre iminente? Meu silêncio foi toda a resposta que ele conseguiu antes de me entregar um crachá de visitante e as instruções para encontrar o seu quarto no terceiro andar. Eu não vi nada ao meu redor, a não ser o chão quadriculado no qual piso com firmeza. Você imaginaria que eu já estive aqui anteriormente, enquanto caminho sem olhar para ninguém, a verdade é que tenho medo das minhas próprias atitudes; se eu parar agora é provável que caia aos meus pés e não me levante mais.

          Eu só paro quando chego ao terceiro andar e encontrando um banco de plástico próximo à parede, me sento e mando uma mensagem para Lizz. Eu sinto uma vontade quase insuportável de fumar nesse instante, mas esse é o ultimo lugar em que eu poderia fazer isso e se houvesse alguma dúvida da minha parte; os cartazes à minha frente seriam o bastante para me parar. Eu respiro, correndo as mãos pelo cabelo diversas vezes, antes que Lizz saia de uma sala duas portas à esquerda de onde estou. Seus olhos me reconhecem imediatamente e ela vem até mim com um sorriso hesitante no rosto. É a primeira vez que eu a vejo em seu uniforme de enfermeira. É exatamente como nos filmes e séries, um uniforme azul claro de duas peças. Seu cabelo está preso, bem diferente da última vez que nos vimos, mas eu não diria que isso rouba a sua beleza.

— Oi, estranho. — ela me cumprimenta, deixando a prancheta em sua mão descansar à frente do seu corpo... Como um escudo, o porquê eu não sei...

— Oi, Lizz.

— Obrigada por ter vindo, eu realmente achei que fosse desistir no último instante.

Foi Assim que te Amei  Capítulos para a degustação.Onde histórias criam vida. Descubra agora