(Thamara Narrando)
Amanhã faz um mês que eu e Victor estamos namorando. 1 mês de momentos incríveis que passo com ele. 1 mês de muito amor. Mas também 1 mês de pesadelos, e hoje faz duas semanas que estou indo no psicólogo, minha mãe está me fazendo ter essas seções com uma psicóloga. Mas estou indo por vontade própria, estou quase ficando maluca com tudo isso, vom esses pesadelos, esses FlashBack que estou tendo de vez enquando. Preciso saber o que está havendo comigo. E aqui estou em mais uma seção...
Dra. Vitória Mendes: Bom dia Sta. Thamara Beckham.
Eu: Bom dia Dra. Mendes.
Dra. Vitória Mendes: Como é que você está hoje Thamara? (Ela pergunta se sentando em sua cadeira)
Eu: Estou bem Dra. (Respondo me sentando em uma poltrona)
Dra. Vitória Mendes: Pesadelos?
Eu: Os de sempre.
Dra. Vitória Mendes: Sempre que você fala "os de sempre" a história é diferente"
Eu: É verdade. Desculpe. Mas... é que sempre tenho pesadelos com a mesma pessoa. Ou pessoas.
Dra. Vitória Mendes: Quando você diz "pessoas", quem são elas?
Eu: Não sei quem são. Não consigo ver direito os rostos. Só vejo vultos. Queria tanto poder ver quem são. Só assim descubro o que isso quer dizer. Por que tenho esses pesadelos. As vezes minha cabeça doi, o Dr. Edgar, me falou que teria essas dores por conta da pancada que levei. Mas não consigo entender uma coisa?
Dra. Vitória Mendes: O que você não consegue entender?
Me levanto da poltrona, ando em volta à poltrona observando o lugar e levo minha atenção a minha psicóloga.
Eu: Como uma queda de uma escada por ter me afetado tanto assim?
Dra. Vitória Mendes: Assim como?
Eu: Assim, me deixando mais de 4 meses em coma e ainda me causar amnésia. Não faz muito sentido. A escada de casa não é grande, tem apenas 8 degraus. Isso não tem lógica.
Dra. Vitória Mendes: Porque não teria Sta. Beckham?
Eu: Eu posso está ficando maluca. Mas sinto que eles escondem algo de mim?
Dra. Vitória Mendes: Eles quem?
Eu: Minha mãe, meu padrasto, minha meia irmã, meu namorado, meus amigos. Todos eles.
Dra. E porque você acha isso?
Eu: Eu não acho. Eu sinto. Toda vez que alguém fala sobre meu acidente eles ficaram desesperados, desnotiados, sei la. Eles fazem de tudo pra não falar sobre. Fogem do assunto. No dia que voltei pra casa, Ranna começou a falar sobre o acidente na escada, como se ela quisesse que eu soubesse de alguma coisa que realmente havia acontecido. Mas não deixaram ela terminar de falar. Eu até que nem liguei para o que ela queria falar, achei até bom que tenham interrompido ela, porque qualquer coisa que ela falasse era pra tentar me deixar mal, me atacar...
Dra. Vitória Mendes: E porque ela faria isso?
Eu: Porque ela gosta do meu namorado. Antes de eu chegar aqui. Parece que os dois eram bem próximos. Ela me fazia acreditar que os dois tinham algo. Mas ele me falou que eram só amigos.
Dra. Vitória Mendes: E o que foi que aconteceu?
Eu: Como eu não conhecia ninguém, Victor fez de tudo pra ser meu amigo. Eu era uma anti-social. Não era de fazer amizades com ninguém. Mas ele me mudou.
Dra. Vitória Mendes: E agora estão juntos?
Eu: Sim. Estamos namorando. Mas isso só aconteceu depois que eu voltei do coma. Ele se declarou pra mim. Acho que pelo fato de eu ter ficado feito uma morta viva por quase 5 meses, fez ele enxergar que me amava, que me ama. Quando eu estava em coma, parecia que eu estava vagando pelo hospital, eu também via coisas.
Dra. Vitória Mendes: O que você via exatamente?
Eu: Via minha mãe chorando, via outras pessoas também. Era como se tudo fosse um sonho. Talvez era um sonho, não tem como uma pessoa virar um fantasma né. Pra ficar vagando pelos corregedores de hospitais ou ruas. Só de imaginar me dar até medo.
Dra. Vitória Mendes: Dizem que quando alguém está em coma, é como se estivesse dormindo, num sono profundo. E sua alma fica por ai. Até encontrar o seu caminho, que é a morte do corpo dela, ou até ela voltar pro seu corpo.
Eu: Você realmente acredita nisso?
Dra. Vitória Mendes: É um fato. Não que eu acredite. E pode ser sim um apenas um sonho.
Eu: Mas era tão real. Eu lembro de uma música que o Victor cantou pra mim.
Dra. Vitória Mendes: Você pode ter ouvido alguém cantar e sonhou com ele.
Eu: Não. Eu não ouvi. Eu nunca tinha escutado aquela música. No dia que acordei, eu contei pra ele do que eu lembrava enquanto estava dormindo, e ditei o refrão da música pra ele e ele repetiu junto comigo. Não foi um sonho. Ele realmente cantou pra mim e eu vi ele tocando e cantando pra mim naquele hospital.
Dra. Vitória Mendes: Tudo bem. Ru acredito em você. Tome isso e se acalme. (Ela fala me dando um comprimido e um copo com água, eu já estava ficando nervosa com aquelas lembranças sem sentido)
Eu: Eu acho que já chega por hoje. Preciso ir. (Falei so tomando o copo com água)
Dra. Vitória Mendes: Tudo bem. A manhã o mesmo horário?
Eu: Claro. (Peguei minha bolsa e sair)
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- Oi filha. Como foi na sua terapia. (minha mãe fala assim que me ver entrando em casa)
- Normal. (Respondi sem olha-la subindo direto pro meu quarto)
- Oi Maninha. (Ranna fala ao me ver no corredor, mas ignoro entrando e batendo a porta do quarto)
Porque que ninguém consegue me ajudar a lembrar do que aconteceu antes do coma, antes do acidente. Porque não consigo lembrar desse maldito dia. Alguma coisa pior do que me contaram aconteceu e ninguém quer que eu saiba. Mas eu vou descobrir.
Capítulo curtinho né?
Bem meus amores, ultimamente estou com bloquieio para escrever, e resolvi postar logo esse capítulo que eu estava escrevendo pra vocês, para não ficar muito tempo sem capítulo novo. Por isso ele é curto, ainda não tinha terminado de escrever. Mas preferir postar. Não é justo deixar vocês na curiosidade né. Beijokas, até o próximo capítulo. ♡ ~
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Love and Friendship
FanfictionThammy é uma garota que se senti muito sozinha, que vive somente com sua mãe desde que seu pai morreu. A vida não tem sido boa pra ela, que além de perder o pai e não ter o carinho de sua mãe, descobriu a traição de seu namorado seu primeiro e único...