Defrost with coffee.

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Boa leitura! ''

O frio da manhã já ia de encontro com a pele suavemente esbranquiçada de Jimin. Existiam dias que o garoto definitivamente apenas gostaria de ficar assistindo algum programa de televisão, enquanto bebe uma xícara de café, o que na verdade, era exatamente o que Jimin estava a fazer no momento.
"Dois assassinatos ocorreram na madrugada de sexta-feira", era a única coisa que havia nos noticiários ultimamente. Céus, isso era horrível.
Jimin olha para o lado, vendo seu celular, observando a tela rachada do mesmo, fazendo com que ele lembrasse de cada segundo daquele dia. As lembranças só não o assustavam mais do que a possibilidade de o mesmo acontecer novamente.
Sua televisão, sem nenhuma explicação, desliga, fazendo com que o garoto suspirasse profundamente.
Sério?— Jimin pergunta para si mesmo, lutando contra si mesmo para levantar daquele sofá.
E então, um som alto, extremamente alto, soa atrás de si, fazendo com que o menor rapidamente olhasse, vendo Spencer em cima de sua cômoda, derrubando tudo que havia ali. Num suspiro aliviado, Jimin nega com a cabeça, soltando uma risada fraca, agradecendo mentalmente. Seu coração ainda estava acelerado, e suas mãos estavam fracas, provavelmente com o grande susto que o menor havia acabado de levar.
Num ato, ainda que preguiçoso, o menor levanta-se de seu sofá, quase que arrastando-se até a televisão, pressionando o botão de ligar, vendo que ela nem ao menos dava um sinal de vida, e então o garoto suspira profundamente, pensando que talvez seja algum tipo de mal contato em sua tomada, andando até a mesma, vendo que o fio de sua televisão, que deveria estar plugado em sua tomada, estava no chão, um tanto longe da tomada.
Jimin para de andar, e então ergue suas sobrancelhas, observando aquilo com um tanto de estranheza, indo rapidamente até o fio, encaixando-o na tomada. O menor olha em volta, observando cada mísero canto daquele local. Ele sentia um medo enorme. Bem, era compreensível após de tudo que aconteceu, afinal, agora qualquer coisa estranha ele achava que seria culpa do...culpa de Jeon.
Suspirando profundamente, tentando ao máximo não pensar sobre o assunto, o garoto anda até seu sofá, sentando-se no mesmo, observando sua televisão, repetindo mentalmente para si mesmo que não era nada.
Não é nada.
Não é nada.
Não é nada.
Não era nada.
Não era nada até o pequeno garoto sentir algo gelado a envolver seu pescoço.
Seu pescoço é pressionado por mãos geladas, as quais o dono das mesmas estava atras do sofá, segurando friamente o pescoço de Jimin, com uma força descomunal. Jimin tenta soltar um grito, fazendo com que sua voz saísse em um fio, quase que inaudível, já que seu pescoço estava sendo pressionado com força demais para que sua voz saísse normalmente.
Sua mãe nunca lhe ensinou a deixar a porta de sua casa trancada, Park Jimin?— a voz sussurra em seu ouvido, que agora já havia virado completamente conhecida para Jimin, soa, fazendo com que ele claramente soubesse quem era. Por que, Jeon?
Jimin leva uma de suas mãos para as mãos que seguravam seu pescoço, tentando fazer o máximo de força para tirá-las de lá.
Seus pulmões já clamavam por ar, já que sua respiração estava sendo impedida, e então o corpo de Jimin começa a perder a força lentamente. Gradualmente, ele conseguia ver tudo a sua volta de modo mais embaçado, perdendo a consciência de seus atos.
E então Jimin olha para sua frente, vendo o jarro de flores que havia ali. O menor tenta esticar seu corpo, usando o resto de força que restava em seu corpo já fraco, segurando o jarro, e num ato rápido, batendo-o conta o corpo da pessoa que o segurava atras de si, fazendo com que o jarro se despedaçasse em diversos pedaços de vidro. Com o choque do jarro com o corpo da pessoa, as mãos soltam-se de seu pescoço, fazendo com que Jimin caísse no chão, inspirando e espirando rapidamente, tentando normalizar sua respiração, que estava extremamente descompassada.
Jimin olha para o homem alto, com sua camisa branca ensanguentada, e de modo claro, um pedaço não tão pequeno de vidro cravado do lado direito de seu pescoço. O homem, ainda impedindo que seu rosto seja revelado por sua máscara, leva sua mão lentamente até o caco de vidro que estava em seu pescoço, e então o segura, puxando-o de forma lenta, quase tortuosa, deixando Jimin o olhar de modo perplexo.
Eu fico imaginando como seria se eu te enforcasse enquanto eu estivesse te fodendo. Você sendo completamente e inteiramente dominado...oh Jimin, você seria completamente submisso a mim.— o homem diz, soltando uma risada, fazendo com que Jimin se arrastasse até o canto da sala, ficando encolhido ali, observando o homem de longe. Seu corpo inteiro doía, e seu coração estava tão acelerado que até mesmo parecia que o menor ia morrer ali mesmo.
Jeon anda em passos lentos até o garoto, deixando com ele um pequeno envelope, e então, levando uma de suas mãos para os cabelos do menor, entrelaçando seus fios em meio a seus dedos, puxando-os levemente, fazendo com que Jimin o olhasse.
Você é um ser humano fascinante, Jimin.— o homem diz, andando em passos calmos para fora da casa do garoto, e antes de sair completamente do local o olha.
—E tranque sua porta, alguém perigoso pode entrar.— ele diz, fechando a porta atrás de si, saindo do local.
Os minutos se passavam, e Jimin continuava ali, na mesma posição que ele estava, encolhido no canto da sala.
Jimin não derramava nenhuma mísera lágrima, ele estava concentrado unicamente e exclusivamente com seu olhar fixo no chão. Desde que Jeon saira de sua casa, ele ainda não havia conseguido normalizar sua respiração, e seu coração continuava acelerado; claro que não da mesma forma, mas ainda sim, acelerado.
O garoto estava estático, e o único movimento que ele conseguira fazer naquele momento, foi pegar a carta que estava ao seu lado, e abrir o envelope -que estava com a marca do sangue da mão de Jeon- pegando o papel que havia ali dentro, e ainda receoso, começando a ler.

"Os cães conseguem ouvir várias vezes mais que os humanos, mas no caso deles, eles ouvem tudo, diferente de nós humanos, que adoramos "ouvir" apenas o que nos convém. Oh, não me leve à mal,  mas o que mais me convém é ouvir seu choro, ainda que misturado com seus sussurros. Sons altos me causam tontura, às vezes posso dizer que causam-me até mesmo algum tipo de náusea.
Quando te vi pela primeira vez, à cerca de um ano atrás, eu vi mais do que seu corpo perfeitamente desenhado, que com certeza é algo que atrai pessoas que apenas querem usá-lo, eu quase senti sua alma; e não, não sou nenhum médium, mas sim um psicopata, e ironicamente, "sei como lidar com as pessoas", já lidei com muitas.
Eu quero deixar claro que não estou apaixonado por você, e também não te amo, e já destaco que também não me importo com você, eu te mataria em menos de cinco minutos sem nem mesmo pestanejar; então não me romantize. Não se apaixone por mim, não goste de mim, não tenha nenhum afeto por mim.
Eu sei como você é, já hackeei o sistema de seu computador e de seu celular, e me dei o trabalho de ler o que você escreve em seu bloco de notas; eu sei de você por dentro e por fora. Sei que você já leu um livro onde ocorreu uma síndrome de Estocolmo, sei que você gosta de romantizar coisas que não são tão comuns, mas não pense em fazer isso comigo, não seja um idiota. Por isso digo que lhe conheço por dentro e por fora; não do sentido que eu tenho vontade de te sentir, mas ainda sim, sei de você por dentro e por fora.
Para finalizar esta carta, eu irei te dar algo para fazer, e não é um pedido, é uma ordem. Estamos no outono, e então eu quero que você pegue a câmera que te dei, e vá até um local onde há uma grande árvore. Amarre uma corda em um dos galhos, como se fosse uma forca, e então tire uma foto daquilo. Você me entregará a foto brevemente, então trate de fazer isso rápido.
Tenha uma boa noite, e não se esqueça: me obedeça, baby; seu Sir não se preocuparia em te ver sangrar até a morte, e pelo visto, ainda que sua vida seja patética, você não parece querer morrer? Certo?
                                     Atenciosamente, JK."

Oh, droga! Se a porra do medo por acaso bater em sua porta, ofereça a ela uma dose de café; porque chá te da sono, e acredite, você não vai querer dormir com ele, e muito menos conseguirá.
Um gélido temor passará por suas veias e quase, quase mesmo, congelará o calor da vida, então faça um favor, e entregue a dose de café bem quente.

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DESCULPA PELA DEMORA, EU ESCREVIA E APAGAVA TODA HORA.
AAAAAAA 5K COM SÓ 5 CAPÍTULOS
GENTE, ISSO TÁ CRESCENDO MUITO RÁPIDO
AMO VOCÊS DEMAIS SOCORRO AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

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