Don't be depressed.

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Depois de muito batalhar contra si mesmo, Jimin se levanta da cama. Dessa vez não para apenas ir fazer suas necessidades, mas sim para fazer algo que o tirasse daquele espectro que ele estava.
Jungkook não aparecia a praticamente uma semana, e Jimin não entendia o porquê de ele não aparecer logo quando Jimin estava pronto para vê-lo.

O garoto anda até o banheiro, se despe e vira o registro do chuveiro, sentindo a água morna cair em suas costas. Tenta ao máximo prender as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos, mas desiste. Era mais fácil chorar no banho e se fazer acreditar que era apenas a água do chuveiro o lavando o rosto.
Jimin encara as cicatrizes de seus cortes e passa sua mão delicadamente por cima.

Doía tanto acreditar que ele era merecedor da dor.

Após sua higiene pessoal, sai do banho, se secando calmamente, e agora, já sem chorar, coloca suas peças de roupa e sai do banheiro. Suas mãos gélidas pegam o seu maço de cigarro e seu celular, e então ele se direciona para os fundos de sua casa, se sentando no banco de lá.
Ele encara seu jardim, e a parte dele que estava sem grama, sendo apenas terra. Só de pensar que havia alguém enterrado lá, ele sentia arrepios.

Ele liga o isqueiro e acende seu cigarro, dando tragos fortes, enquanto encarava a parte morta do seu gramado. Estava literalmente tudo morto, até o que estava embaixo da terra. Jimin desbloqueia seu celular e o encara por alguns segundos, até lhe vir a imagem de sua mãe na sua cabeça. Fazia tanto tempo que eles não se viam, e esse afastamento havia o abalado imensamente. Ele suspira e envia uma mensagem para sua mãe, que não falava a praticamente um ano.

"Oi mãe. Sei que não nos falamos a um tempo e que a senhora está muito ocupada cuidando de seu novo filho... mas eu precisava mesmo conversar com você. Você é a pessoa mais importante da minha vida, está difícil ficar sem você... acho que ainda não me acostumei com essa ideia de ser adulto mesmo com 24. Ainda está morando em Sinchon? Não é tão longe do meu bairro... eu poderia te visitar. Fala comigo quando ver essa mensagem. Te amo."

Termina de digitar e suspira fundo, deixando o celular ao seu lado no banco, e então acende outro cigarro. Agora ele fumava com mais calma, refletindo a cada trago observando a fumaça dançar quando a soltava. Jimin apenas havia começado a fumar porque amava ver fumaça, mas depois de um tempo o que era apenas algo para ele admirar a fumaça, se tornou num vício. Sim, foi uma forma completamente burra de se viciar e ele sabia disso.
Havia tantas coisas acontecendo que Jimin não tinha nem mais cabeça para fazer o que ele amava: fotografar as coisas como só ele sabia fazer.

Os pensamentos de Jimin foram interrompidos por um forte cheiro de queimado, que não foi tão importante para ele no momento já que ele podia estar confundindo com o cheiro da fumaça do cigarro; mas quando ele olha para trás, vê fumaça saindo de dentro da sua casa, junto com uma luz amarelada.
Os olhos do menino se arregalam, e então ele apaga o cigarro e entra correndo, vendo que sua casa estava cheia de fumaça. Em desespero, o mesmo vai para sua cozinha, vendo que em cima do fogão aceso, havia uma panela pegando fogo, tão altas eram as chamas as mesmas já tinham tocado na cortina que agora pegava fogo também.

Em desespero, Jimin vai até a área de trabalho correndo, e pega o extintor de incêndio, ligando-o e jogando por cima de todo fogo, que ia se apagando rapidamente.

Mas não havia nada em mais estado de carbonização do que sua própria alma, que queimava por dentro e não havia nada para parar. Jimin já era quase pó por dentro.

Jimin abre as janelas de sua casa, esperando a fumaça sair de dentro de sua casa esporadicamente, sentado no chão da cozinha, com as mãos em sua cabeça, se lamentando completamente por tudo em sua vida. "Eu não pedi para nascer..." pensa o garoto, culpando-se por existir.
Quando a fumaça finalmente sai de sua cozinha o mesmo se levanta, olhando tudo em volta.

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