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Com cuidado, nós abrimos a porta e demos dinheiro para que os guardas se mantivessem calados e saímos. Andamos até a porta dos fundos do hospital, quando saímos Jimin ergueu as mãos e disse eufórico:

"Eu sou um ninja!"

"Pode até ser, mas precisa ser discreto se não quiser chamar atenção."

"Onde você quer ir?"- perguntou.

"Que tal comermos e depois irmos no cinema?"

"É uma boa ideia, mas você vai ter que pedir as coisas por mim porque, sabe, estou disfarçado."

"Eu sei, melhor chamarmos um táxi então."

Com o celular, chamei um táxi e pedi para nos levar até o shopping.
No rádio, estava tocando uma música brasileira, funk,das antigas.

"Wow, essa música é diferente."- comentou.

"É um tipo de música famosa aqui."- expliquei.

Segundo o motorista, o shopping não era muito longe, então peguei meu  celular e aproveitei para responder as mensagens do Mark e da Asuka.

A maioria das mensagens eram perguntas sobre onde eu tinha me metido e por que não atendia. Fui franca e disse que tinha ido numa viagem de emergência por causa do Jimin.

Ele fazia a mesma coisa, estava com a cabeça inclinada, olhando algo no celular. Eu o cutuquei de leve.

"O que está fazendo?"- disse.

"Falando com a minha família, tranquilizando minha mãe..."

Quando chegamos ao nosso destino, nós descemos e eu paguei.
  Nós optamos por comer fast food, assim poderíamos sair do refeitório lotado.

   Nós pegamos nossos lanches e andamos até acharmos um banquinho para dois, num corredor sem muita movimentação.

        Depois de comermos, nos dirigimos até a parte onde ficava o cinema, escolhemos um filme de terror, segundo Jimin, esses filmes tinham menos diálogo e mais sustos, ou seja, ele poderia entender melhor.

      Pegamos um lugar no fundo da sala e enquanto esperávamos o filme começar, começamos a conversar.

"Nunca achei que fosse vir num lugar assim com você."- Murmurei para mim mesma.

"Sonhos se tornam realidade."

"... Você se acha muito.."

"Mas mesmo assim você gosta de mim."- fez aegyo, colocando as mãos sob o queixo, fechando os olhos até se tornarem risquinhos.

O filme mal tinha começado e uma música medonha havia começado, já podia sentir o frio passando por minha espinha.

Em dado momento do filme, parei para observá-lo, isso tinha virado hábito, eu involuntariamente parava e ficava fitando-o. Ele estava sem a máscara e sem óculos, pois o lugar era escuro o suficiente para se dar esse luxo.

Foi então que ouvi um estrondo e pulei da cadeira, tomando um susto colossal. A música medonha tinha retornado, coloquei a mão no peito tentando acalmar os batimentos.

Percebendo meu evidente desconforto, ele pegou minha mão e a colocou sobre a sua, segurando-a. Ele me olhou e deu um sorriso caloroso, me acalmando, passamos o resto da sessão desse jeito. Eu pedia mentalmente para que aquele filme horrível não acabasse e que aquele momento congelasse para sempre.

***
Nós já estávamos de
Volta ao hospital, voltamos ao quarto.

Jimin vestiu suas roupas de hospital e voltou para a cama, como se nada tivesse acontecido.

"Você quer que eu fique aqui com você?"- disse eu.

"Não é necessário, a poltrona é muito desconfortável, não quero que fique com dores por minha causa."

"Nesse caso ficarei com você até que eu não possa mais me manter acordada, só então irei embora."

Somos ambos magros, o que possibilitou que eu me deitasse ao lado dele naquela cama desconfortável e típica de hospital.

Na TV passava um reality show de comédia e o quarto foi preenchido com o som, mas meus pensamentos pareciam estar mais altos.

Ouvi Jimin dando um gemido de dor.

"Você está bem?? Tem algo de errado com suas feridas?"

"Não, eu sabia que elas doeriam, ocasionalmente."

Eu não sabia se aquele seria o momento certo, mas a curiosidade me mataria.

"...Jimin?"

"Hum?"- ele estava vendo a TV.

"..."- eu respirei e tomei coragem.-"o que eu sou para você?"

Ele me olhou e engoliu em seco.

"O que você quer dizer?"- questionou.

"Eu quero saber como você me vê, eu.. tenho sentimentos por você."

"Que tipo de sentimentos?"- seus olhos estavam bem abertos e me encarava sem desviar um minuto sequer.

"Eu.."- fui interrompida no momento que nossos lábios se tocaram, num beijo calmo e sem pressa.

Ele colocou uma mão sobre minha cintura e passou a outra sobre minha bochecha, acariciando meu rosto com seu polegar.

Senti um arrepio tomando conta de mim, algo derretia dentro de mim, era como se só existisse nós dois, tudo que importava e tudo que existia foi resumido ao mais simples, sincero e profundo sentimento que compartilhávamos naquele momento.

Nós não nos importamos de deixar o beijo voraz, ambos estavam hipnotizados por aquilo, só paramos quando não restou fôlego algum.

Nós abrimos os olhos e começamos a nos fitar, muito a ser dito, mas ao mesmo tempo não sabíamos o que falar.

De súbito, me levantei e fui embora, envergonhada com a situação.

Voltei ao hotel e me joguei na cama, tentando acalmar a cabeça. Toquei os lábios com os dedos e sorri comigo mesma.

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Votem se estiverem gostando 🌟
Oioi \o/ os últimos 3 capítulos  foram escritos um depois do outro, ent se tiverem erros de gramática, eu vou estar revisando depois.

De qualquer jeito...

FINALMENTE TEVE BEIJO.
QUE LINDO.

Aproveitem enquanto podem rs

The Teacher •Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora