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Obs: esse é um capítulo com a visão do JIMIN. Curtam o capítulo sz
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Tateei os braços em busca de Alice, porém ela não estava lá. Abri os olhos devagar, tendo como paisagem aquele dia nublado que se estendia até onde eu podia ver. Olhei em volta e notei que não havia sinal dela lá. Suas coisas estavam todas lá, menos ela.

Ouvi o barulho da porta se abrindo, me animei na hora pensado que ela já tinha voltado. Para minha infelicidade era uma enfermeira.

"Bom dia! Como o senhor está?"-disse enquanto fechava a porta.

"Acho que bem. As feridas não estão mais doendo."

"Isso é bom"-falou enquanto anotava algo numa prancheta.-"Pelo que vejo aqui amanhã já terá alta?"-esperou minha confirmação. Eu balancei a cabeça positivamente e ela prosseguiu.

"Bem, o médico quer ter certeza de que tudo corre bem antes de sua saída, então você terá que fazer uma bateria de exames. Talvez demore um pouco..."

"Ah, sério? Tudo bem então."-Dei um meio sorriso. Ela puxou do corredor uma cadeira de rodas e fez  sinal para que eu me sentasse. Eu desci da cama e me sentei.

Começamos a passar pelos corredores, onde por uma das janelas pude ver Alice com várias caixas empilhadas no braço, dentro da área infantil. O que ela estava fazendo lá? Ela fazia algumas caretas por conta do peso, o que me fez rir um pouco. Tinha tanta sorte de ter alguém como ela...

Depois de algum tempo. A enfermeira me largou num banheiro pequeno e disse para eu me vestir, me esticando uma roupa azul. Droga! Por que aquilo é tão aberto na parte de trás? Com pesar, tirei meu moletom e botei aquilo.

Me botaram dentro do que parecia ser uma cápsula e me disseram para ficar parado. Já fui numa dessas antes quando bati a cabeça numa porta perseguindo Suga, que tinha roubado meu livro favorito.

  Depois do tal exame, me levaram tirar sangue, além de um médico que me pediu para ver meus ferimentos de bala novamente. Depois de perguntas constrangedoras sobre minha saúde e outras coisas, aquela tortura finalmente acabou.

Quando voltei ao quarto, já estava arrumado, mas Alice não estava lá. Havia só algumas caixas de jogos em cima de uma mesinha de canto. Não vi seus pertences, então assumi que deveria ter saído para fazer alguma coisa. Fiquei triste por um momento, a solidão não fazia bem a ninguém. Com exceção da enfermeira que entrava e saía para trazer alguns remédios e meu almoço, mais ninguém veio.

Comecei a pensar sobre nós dois. O que eu faria se descobrissem? Ou melhor, o que eu faria quando descobrissem? A empresa não podia mais me proibir, já estávamos fazendo quase 8 anos como grupo. O problema seria a mídia e as fãs. Conhecia poucos idols que conseguiram manter um relacionamento e se casar.

Logo meu pensamento foi até os meninos. Sentia tanta saudade! Tomara que estejam se virando bem sem mim. Também recebi uma mensagem de minha irmã mandado "melhoras" para mim.
   Ela é tão especial! Ela tem aqueles olhos grandes, que mal cabem no rosto pequeno e delicado, o que me faz querer abraçá-la e dizer que tudo ficará bem.

Também fiquei triste por Jin. Logo ele faria 30 anos, seria o primeiro membro a ir para o exército. Só de pensar nisso senti algumas lágrimas querendo cair. Não sei como ele se sairia lá, eu nunca teria a chance de experimentar. Por conta de um problema de saúde, minhas chances de servir ao exército foram por água a baixo. Decidi que já era hora de parar de pensar nos meus problemas.

Depois de olhar no relógio, que marcava exatamente 16h,Comecei a ficar preocupado. Não era normal Alice ficar fora tanto tempo sem dar notícias. Liguei para seu telefone, caía na caixa postal sem parar. Liguei imediatamente para Jin, pedindo que ele tentasse ligar para ela. No fundo pensei que por milagre ele seria atendido, mais uma vez, sem sucesso.

"Ela não atendeu, há algum problema?"-questionou.

"Ela saiu de manhã e ainda não voltou. Estou preocupado por não ter notícias dela!"

"Ok, sem pânico. Talvez não seja nada.. Não é não é porque ela está desaparecida por quase 12h que seja algo sério. Não é como aqueles filmes de TV que a mocinha é sequestrada e.. ok eu vou parar de falar."

"Você não está ajudando!"

"Não conhece alguém que possa saber onde ela está?"

"Quem saberia?"

"Uma enfermeira, talvez. Se ela saiu do hospital, com certeza alguma câmera viu."

"Agora sim você me disse algo de ajuda."

"Disponha."

Eu desliguei o celular e corri até onde achei ser uma sala de segurança. O homem que estava lá tomou um susto e perguntou o que eu fazia lá. Sem muita paciência, expliquei que era caso de vida ou morte e precisava que ele me mostrasse as câmeras de hoje de manhã. Ele fez o que pedi sem contestar... privilégios de gente famosa.

Procuramos pela câmera externa do hospital até vermos o momento que ela pegou um táxi. Tirei um foto com o celular e o agradeci.

Tive tempo de colocar meu moletom de volta, junto com uma máscara para começar a procurar por ela. Novamente fugindo do hospital.

Comecei a procurar pela placa em todos os táxis, primeiro os que estavam estacionados na frente do hospital. Depois, por aqueles que passavam por ali. Fazia sinal para que os táxis que passavam parassem por ali. Perguntava se tinham visto a Alice, mostrando uma foto dela, ou se sabiam a quem pertencia o táxi com aquela placa.

Quando quase perdi as esperanças, passou por ali um táxi, com a placa igual ao da foto. Eu fiz sinal para que parasse.

"Você não vai entrar,garoto?"

"Não. Eu preciso fazer umas perguntas rápidas."

"Seja breve, estou quase no final do expediente."

"Você viu essa moça aqui?"-mostrei-lhe a foto.

"Vi sim, eu a transportei."

"Onde ela foi?"

"Informação não vem de graça."- ele esticou uma mão.

Por sorte achei algumas moedas no bolso, ele parecia decepcionado.

  "Ela me pediu que a levasse até uma loja de conveniências."

"Você pode me levar até lá?"

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The Teacher •Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora