Useless Barbie

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Sam's P.O.V.
Não sei como é que o Dean conseguiu esquecer a Piper e trocá-la por aquela bruxa. Com aquela Courtney era sempre: "Dean, faz-me isto", "Dean, olha para mim!" ou "Sam, vai-te embora!", "Sam, deixa-nos sozinhos!". Era tão irritante, e o pior é que o Dean cedia sempre a tudo o que ela queria. Parecia que nunca tinha ouvido uma porra de um não na vida inteira. Eu nunca esqueci a Piper. Sempre com esperanças que um dia ela voltasse, para eu finalmente dizer-lhe o que sinto. Mas nunca dá, porque ela só tem olhos para o meu irmão...

Piper's P.O.V.
-O jantar está pronto!-anunciou o Dean.
-Quem é que cozinha, a Courtney?
-Às vezes, e é horrível. Esta semana pôs-nos a todos a beber uns sucos detox nojentos só porque ela diz que está gorda demais, e nós ainda temos de levar com a porcaria da "dieta" dela! Depois ela queima tudo o que faz, e não sabe arranjar nada.
-Que Barbie inútil, que o Dean foi arranjar.
-Podes querer.
-Mas não te preocupes, eu voltei e vocês vão voltar a ter a tarte e as panquecas de chocolate.
-Finalmente! Fogo, um dia pego no colchão da Courtney a meio da noite e meto-o no meio da rua.
-Agora que falas nisso...-disse, com um sorriso malicioso. Ele riu-se e disse:
-O Dean ia matar-me, mas um dia fazemos isso.
-Claro!
Fomos para a cozinha e por acaso não tinha sido ela a fazer o jantar, mas o Dean tinha ido buscar uns X-tudo a um diner ali perto.
-Cidra de maçã, Piper?-ele perguntou, mas eu não podia. Eu e o Sam entreolhámo-nos e eu disse:
-Não posso Dean, mas obrigada.
Ele estranhou, mas também não disse nada. Passei a maior parte do jantar a falar com o Sam, visto que a Courtney estava quase em cima do Dean e não dizia nada de jeito. Cada vez a odiava mais.
-Com licença.-disse, quando acabei de jantar, e saí da mesa. No corredor, ouvi o som de passos atrás de mim, mais especificamente saltos altos. "Courtney"-pensei, revirando os olhos. Ela ia-se chegando mais perto, e puxou-me para dentro do quarto dela, encostando-me à parede. Bati com a cabeça com força e soltei um uivo de dor.
-O que é que tu queres?!-perguntei, irritada. Ela agarrou-me pelo pescoço e disse:
-Piper Singer... Voltaste dos mortos, é?!  Tu e o Sam odeiam-me, certo? E vieste aqui para quê, para me tentares tirar o meu Dean?!
-Querida, o galinheiro é noutro lado, deixa-me sair, recalcada!
-Não. Tu vais ficar aqui a falar comigo.
-Oh, claro. E o que é que tu tens de tão interessante para falar?! Até agora não vi nada.
-Ai, que piada... Hilariante. Pena que o papá Winchester não quer saber que tens aí o bebé dele, não é?!
-É lindo ouvir por trás das portas...
-Pena para ti que agora o Dean é meu e não quer saber de ti.
-Vais ter de reconsiderar isso.-disse o Dean, abrindo a porta, com o Sam atrás. Parecia saído de um filme.
-Baby?!
-Não é baby, é acabou. A saída é depois das escadas.
-Uhhh! Odeio-te, Dean!-ela guinchou, mas não fez o contrário. O Dean só continuou a falar quando a porta bateu.
-Dean, eu...-comecei. Ele levou um dedo aos meus lábios e disse:
-Não digas mais nada. Temos de falar.
-Eu deixo-vos a sós.-disse o Sam. Quando ele fechou a porta o Dean puxou-me para ele e beijou-me. Sentia tanta falta daqueles beijos.
-Agora... Que história era aquela do papá Winchester?
"Que lerdo"-pensei.-"Ainda não percebeste logo?".
-Dean... Eu tentei dizer-te, só não tive coragem. Tu vais ser pai.
Um grande sorriso formou-se nos lábios dele e ele puxou-me para outro beijo. Depois, agarrou-me na barriga e disse:
-Sabes, filho, o papá vai mostrar-te os AC/DC, vai ensinar-te como é que consegues ficar com miúdas tão lindas como a tua mãe, se bem que isso é muito difícil, e depois vais andar no Baby connosco.
Ri-me. Só mesmo o Dean, para dizer uma coisa querida dessas.
-Piper, pela terceira vez, namoras comigo?
-Sim.
-Eu amo-te. Não te quero perder mais e não te vou trocar por anormais como aquela. Agora somos só nós os três, eu e os meus dois anjos. O Bobby ficaria orgulhoso.

Go Little SingerOnde histórias criam vida. Descubra agora