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E todo dia, a cada dia e um pouco mais eu tiro você de mim. Não é mais automático te dizer como foi o dia, como algo foi ruim, ou foi bom, ou foi confuso. Já não há olhares intrigados com minhas gargalhadas depois de alguma mensagem tua, ou estranhamento ao meu suor e rubor no meio de uma tarde fria... aos poucos vou me afastando mais, e me tornando mais fria, mais prática, mais cética. Vez ou outra te vejo quando fecho os olhos... mas logo passa, logo abro os olhos  e vejo o que tem de ser visto, vejo um lugar que preparei pra você e que você nunca estará. Ouvi uma daquelas músicas, e como é possível uma só música, em tão pouco tempo, atingir territórios tão diversos: do frio na barriga ao nó da garganta? Aos poucos não haverá nós...

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