Emanuel Hallef

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Se você quer mesmo voltar,
como está aí, jurando de pés juntos,
as coisas serão diferentes...

Sem julgamentos,
sem regras.
Só nós.

Eu não vou mais tolerar que você
me trate como as outras que viveram
antes na sua vida. Eu não sou elas.
Não posso ser elas. E o que fiz por você
todos os dias em que estivemos
juntos, deveria ter te feito saber disso, não?

[você me tinha até demais].

Por todo o tempo em que você passou fora,
eu redescobri algumas coisas sobre
auto-se-amar. Eu entendi que eu devo, sim,
ter as rédias de um relacionamento
e que não, não preciso me ajoelhar
perante homem nenhum. Ninguém é único.
O universo não se limita a você.
O mundo é descomunal e há milhares
de coisas — e pessoas dispostas a amar —,
que me esperam por aí.

Eu já estive só, jogando fichas com
os meus demônios. Eles são tão solícitos.
Eu voltaria para a mesa de bar em
que estive com eles sem problema nenhum.
Eles me ensinaram a ser humana.

Você não sabe como é alguém chegar
e fazer você se sentir especial.
E depois dizer que estava confuso,
e ir embora como se não houvesse nada.

Enquanto eu nunca teria tido a coragem
e nem a cara de pau de fazer isso com você.
Eu transbordo amor, sabe o que é isso?
Não sentimentalismo barato.

Então se quiser ficar, fique.
Mas fique sabendo que eu já sou outra mulher.
Se torne abstrato, mas se torne algo.
Porque de nada já estou cheia.

Escrito por Emanuel Hallef

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