Capítulo XVI : FIM?

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    AlgumasSemanas Depois...    



Lucas estava sentindo umas pontadas de dor, seus ferimentos havia sido muitos graves e se não tivesse chegado a tempo ao hospital a essa altura estaria preso dentro de um caixão soterrado com outros corpos num cemitério, Charlotte estava pálida porém sentia-se feliz por Lucas estar bem e longe de perigo, lentamente seu irmão mais velho foi abrindo os olhos e a primeira coisa que viu foi o rosto exausto de Charlie que parecia que não dormia fazia dias.

- Que aconteceu?

Lucas perguntou tentando se sentar sobre a cama do hospital.

- Conseguimos resolver o caso, fiz o relatório e enviei para nossos superiores.

- Faz quanto tempo que estou desacordado?

- Há quase um mês, os médicos disseram que você teve muita sorte.

- E os outros? O que aconteceu com os outros?

Naquele momento a expressão de Charlotte havia mudado, lágrimas ameaçaram a descer sobre sua face mas ela tentava se negar a derrama-las.

- Eddy e Weslley morreram, encontramos uma sobrevivente mas ela está bem, enquanto ao Irmão de Katie foi encontrado torturado no porão da própria casa.

- E o que aconteceu com Katie?

- Foi julgada pelos crimes e foi parar num manicômio para tratamentos psicológicos, ela estava perturbada. - Lucas não disse mais nada, apenas ficou em silêncio pela perda de seus amigos, após alguns minutos se passarem Charlotte quebrou o silêncio - tem mais uma coisa que preciso te dizer.

- O que?

- Enviei uma carta para nossos superiores e você irá se aposentar, irá ter uma vida normal fora dessa loucura toda.

- VOCÊ FEZ O QUE?

- É isso mesmo, vai se aposentar e ter uma vida normal.

- Mas e você?

- Não se preocupe comigo, fui disiguinada para treinar um novato.

- Que legal - disse Eddy fazendo caretas - mau saí e já me substituíram.

- Pare de fazer drama, o médico falou que você terá alta daqui a duas semanas, trate de ficar bem.

- Prometa que irá me visitar?

- Claro que prometo, agora preciso ir, recebi uma nova missão.

- Ainda não estou conformado com o que você acabou de fazer.

- Então trate de se conformar.

Charlotte se levantou da cadeira e se despediu de Lucas, virando as costas para ele sai pela porta o deixando na cama do hospital, lentamente Lucas fecha os olhos tentando imaginar o que aconteceria daí para frente.

* * *

O telefone começou a tocar, era por volta das 19:51 e os passos apressados se aproximava de forma desesperada, Matheus, um homem de 32 anos de idade atendeu ao telefonema, não conseguia mais esconder a preocupação por sua mulher que fazia pouco tempo de dez horas que não aparecia em casa.

- Alô?

Perguntou e no outro lado da linha uma voz feminina que lhe respondeu, Matheus não dizia nada, era como se seu corpo estivesse paralisado ao ouvir detalhadamente o que a moça dizia, e tudo o que ela dizia, era como se o estivesse acertando milhões de socos em seu estômago. Após a linha ser encerrada Matheus tentava negar que o que havia acontecido era mentira, que não passava de um trote.

O barulho das crianças sorrindo e brincando o tiraram de seus devaneios, o que expressava preocupação agora expressava alegria.

- Quem era papai?

Alicia, uma linda garota de oito anos de idade perguntou, Matheus ficou sem jeito de dizer na frente de sua filha, colocando a mão sobre a cabeça da garota e esboçando um sorriso apenas respondeu-lhe que não era nada.

- Papai - Ariel chamou se aproximando - cadê a mamãe?

- Mamãe está num hospital.

- Ela ficou doente papai?

- Ficou Alicia - comentou Matheus - Mas ela ficará bem, enquanto isso vamos brincar de esconde-esconde?

As crianças pularam de alegria e rapidamente começaram a correr dentro de casa procurando por um lugar para se esconder, Matheus começou a contar enquanto Ariel se escondia atrás de um armário enquanto Alicia subiu as escadas e entrou dentro do quarto dos pais, procurando um lugar para se esconder se deita ao lado da cama e rola para baixo dela.

Abaixo da cama Alicia encontra uma caixa com um desenho de pentagrama sobre a tampa e logo abaixo do desenho um nome de uma pessoa estampada com letras cursiva a quase que medievais, o nome da pessoa nada mais nada menos que Katherine Soares, a mãe de Alicia e Ariel. Antes de Alicia abrir a caixa debaixo da cama algo a agarra pelos pés e a puxa para fora da cama, a pegando pela cintura a levanta para cima.

- Te achei!

Matheus gritou enquanto rodava a filha a fazendo rir, a cada oportunidade que lhe era oferecida Alicia olhava para baixo da cama como se algo a estivesse chamando, a sensação de que algo a observava naquele pequeno espaço escuro a deixava um pouco assustada e ao mesmo tempo curiosa sobre o objeto que encontrara.

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A Bruxa da Casa ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora