Capitulo VIII Decisões Complicadas

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     Carla e eu ficamos tranquilos sem notar que o tempo estava passando e que tudo a nossa volta parecia calmo, só notei que o tempo passou quando acordei e vi a lua no meio do céu, acordei Carla e fomos em direção a aldeia. Durante o percurso notei que a noite tinha sons completamente mais aterradores do que os que ouvimos durante o dia, Carla tentou explicar-me sobre esses sons.

– São animais ferozes! Alguns até mitológicos!

– Essa floresta parece estar cercada de magia negra.

– Segundo um escritor e biólogo que viveu no limbo esse local já foi bom um dia, mas a ambição e a maldade tomou conta do limbo e tem transformado luz em trevas e isso não parou mais.

– Então quer dizer que tudo se transformou nessa floresta, as coisas eram boas aqui?

– Não sei! Quem disse isso foi um biólogo e escritor, não eu! – disse rindo.

– E o líder do seu país não faz nada em relação as pessoas que se perdem aqui? Tipo mandar equipes. . . – disse sendo interrompido por ela.

– De buscas? – dando uma longa gargalhada – O nosso adorável ditador quer mais que se ferremos para que ele continue lá em cima onde ele esta.

– Nossa! Ninguém nunca tentou derrubar ele?

– Até conseguiram criar um movimento que pedia a independência da Méssia! Mas eles foram oprimidos e lançados aqui na mata, que ultimamente tem crescido sem parar, já engoliu duas cidades vizinhas. Méssia era um do nosso país e que ficava ao norte dele, pelo menos fazia parte de um poderoso reino até a guerra começar. 

– Alguém precisa derrubar esse tirano, ele manda as pessoas pra cá sem nenhum remorso!

– Acho que viver no Limbo te deixou esquecido, você veio de uma época em que a guerra reinava soberana e haviam lideres iguais os que tem aqui! – disse colocando o dedo na minha testa.

– Não fiquei esquecido! Só vi que o sistema funciona muito diferente aqui do que no mundo de onde vim.

– Mesmo assim continua tirano e autoritário, uma guerra contra o nosso ditador nos colocaria numa situação sangrenta e não conseguiríamos derrubar ele.

– Olha lá! – apontei para um local aberto na mata.

– O que pode ser aquilo?! – Carla me puxou para ir com ela para o local.

– Acho melhor voltarmos para a aldeia antes que nos percamos dos outros.

– Não precisamos nos preocupar quanto a isso, eu tenho o caminho memorizado na minha mente maluca! – disse pegando um mapa e abrindo-o – Na verdade eu tenho um mapa, o líder da aldeia me deu.

– É melhor virmos aqui durante o dia.

– Tudo bem! Concordo com você em partes, não vou vir aqui agora por que esta de noite, mas amanha não escaparemos – virou-se de frente para mim e voltamos a caminhar, fomos até a aldeia, chegamos lá bem tarde.

     Quase todo mundo estava dormindo quando chegamos, Carla estava com vontade de aventurar-se mais e queria retornar em breve para o local que achamos, tinha algumas arvores diferentes das que já tínhamos visto até ali e não só isso, havia uma entrada diferente naquele local, até eu mesmo senti uma força estranha vindo de lá, só estava com certo receio por conta das coisas que podiam sair de lá, Carla me arrastou para ir até lá, me lembrei de Jahi, ele gostava de se aventurar assim. Carla tinha um espírito aventureiro e sabia o que queria da vida dela, isso a tornava uma garota muito atraente.

Presos no LimboOnde histórias criam vida. Descubra agora