Capítulo 17

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Na noite anterior...

O único som que se ouvia naquele beco sujo e fétido era do ronco dos mendigos que ali dormiam e o salto de Tâmara.
Ela lançava olhares fulminantes para todos os lados esperando ser surpreendida por algo ou alguém a qualquer momento.
Depois de ir até o final naquela escuridão parou em frente a uma pequena porta que parecia ser de uma humilde casa, mas ao levantar a mão para bater, eis que passa atrás de si um homem com uma garrafa na mão, chamando a atenção.

—Ei goxtosaa, vamos fazer nheco nheco neném?Eu sei que ce goxtaa.—As palavras embolas e sua falta de equilíbrio sugeriam que ele estava bêbado e desnorteado.

—Hum jantar mais cedo não seria má ideia.—Tamara estralava o pescoço como quem iria correr uma maratona, se voltava para o bêbado a suas costas com um sorriso sarcástico.

—Traz esse rabão gostoso pra cá pitanguinhaa.

—Qual seu nome senhor?

—Coldy... não pera... Mariz... Não acho que é Dylan, isso Dylan..

—Dylan eu em outra oportunidade, mandaria você correr para ter que caça-lo e sentir seu medo a quilômetros e me deliciar com seu sangue quente, mas hoje vim visitar uma velha amiga então terá que ser rápido.

—Ela goxxta de sexo selvagem, uma rapidinha então gracinha...—O bêbado já ia desabotoando a calça e colocando seu instrumento para fora, Tâmara descia lentamente até seu órgão e lá mesmo o abocanhou e fez com que aquilo se tornasse um simples canudinho para seu deleite.

O homem se agonizava e se contorcia de dor, mas não ousava se mecher, ajoelhada em seus pés e sugando todo seu sangue através de seu orgão, fazia seus olhos saltar para  fora.
Os moradores daquele lugar somente fechavam as janelas sem prestar um único socorro ao homem, nem mesmo espiavam para ver o que aconteceria em seguida, pânico, era o único sentimento que reinava ali.
Com sua roupa de couro preto exuberante Tâmara se levantava limpando os vestígios de sangue em sua roupa e boca.

—Péssimo dia para beber né Dylan.—Ela apoiava em seu ombro, lambendo os dedos e o empurrando para baixo para se sentar, estava em choque e começava a gemer baixinho.

—O que disse? Olha até que foi uma rapidinha bem prazerosa né não Dylan? Diz ai..—Ela virava o rosto em sua direção esperando ele dizer algo, mas somente seus olhos desesperados mostravam sua vontade de sair correndo dali.

—Que foi? Não gostou? Poxa ingrato você hein. Mas agora preciso ir, barriguinha cheia estou bem disposta, a noite está linda, valeu pelo banquete. Mas antes...—E como se fosse um papel ela apertava com uma das mãos o pescoço daquele homem, quebrando todos os ossos ali existentes.

—Boa noite seu pudim de álcool, aff sujou minha bota de camurça.—Ela se levantava e voltava para a primeira porta que estava prestes a bater, mas antes que continuasse, uma velha de pele enrrugada, cabelos e olhos brancos surgia na soleira da porta,vestida com trapos, olhava por cima do ombro de Tâmara encarando o cadáver ali no chão.

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⏰ Última atualização: Jun 29, 2017 ⏰

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