Capítulo 11

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Devon segurava Emma em seus braços como uma pluma, tirava os cabelos de seu rosto e ainda podia-se ver o resto do brilho se apagar, só então ele se dá conta que Jason apontava para ele uma arma.

—Quem é você? —Ele continuava com Emma em seus braços e apesar de estar na mira, não tinha medo.

—Largue-a vampiro,agora. —Jason estava decidido a recuperar Emma, como se Devon fosse uma ameaça eminente.

—Como sabe que sou um vampiro? Por que Emma está desmaiada? —Agora ele já a deitava próximo a um arbusto e se dirigia para seu adversário.

—Vá embora senão quiser que eu o mate, aproveite minha misericórdia,em consideração a Emma. —Devon procurava algo em Jason que o denunciasse, algo que pudesse distinguir.

Foi então que num golpe certeiro, Devon se colocava em centímetros do rosto daquela nova figura e expirava o ar, mesmo preucupado com Emma, sabia que aquele homem lhe traria problemas futuros . Foi quando algo lhe chamou a atenção, o cordão de um tordo em seu pescoço.

—Caçador,merda.—Devon voltava para Emma que esboçava os primeiros sinais que iria acordar.

—Devon... —Ela sussurrava seu nome tão docemente que fazia suas entranhas vibrarem.

—Eu disse para se afastar dela. —Em contrapartida Jason estava irredutível quanto manter os dois longes.

—Eu não irei machucá-la, ela não sabe da minha condição, provavelmente nem a dela mesma,se me matar terão dificuldades de sair daqui, e os lobos podem voltar ou a legião do demônio que você exorcisou, prefere deixá-la morrer? — Ele sabia que se atingisse Jason com a preocupação sobre ela, ele talvez o deixassem ir. Entretanto, Jason jogava a arma fora e se aproximava mais ainda de Devon fazendo suas respirações se fundirem.

—Leve-a em segurança, mas saiba que irei caça-lo até no inferno se for possível, minha linhagem nunca permitiria um vampiro sair ileso de minha mira,e se ela chegar sem um fio de cabelo eu prometo que sua morte será a mais dolorosa, nem que seja a última coisa que eu faça nessa vida. — Suas testas se colavam como quem fosse dominar primeiro o território.

—Tenta a sorte... — E em sua agilidade,Devon ja possuia Emma em seus braços saindo da floresta o mais rápido que podia,ela as vezes se movia, mas ainda não estava lúcida.

De volta a seu carro ele a colocava no banco e pedindo muito para que a acordasse, pois nao saberia o que dizer para o seu pai.

—Vamos Emma acorde, por favor.. — A única resposta era o silêncio, mas ele sabia que deveria tomar alguma providência.

—Se você não acordar em um minuto te darei o meu sangue e ao menos que queira ter caninos enormes, acorde.. —Passado alguns segundos Devon ja se preparava para rasgar sua mão quando Emma acordava e tomava ciência de onde estava.

—Onde estou? Cadê os lobos? Devon... Devon.. —Ela se aproximava dele quando um estralo em sua face o fez saltar para trás,tamanha era a intesidade do tapa que acabará de receber.

—Você me bateu? —Ele sabia que fosse qualquer outra pessoa a desferir esse tapa, a essa altura ja estaria morto.

—Onde você estava? Você nem mesmo acabou de prometer para mim que não iria me deixar e na primeira oportunidade me larga sozinha? Olha o que aconteceu, Eu tive medo, eu vi coisas que se contasse você não acreditaria, e agora me trás aqui como se nada tivesse acontecido? Porra Devon. —Pela agilidade que ela se levantava, as dores no tornozelo ja passará,lembrava do creme aue Jason passará e ate mesmo do próprio.

—Emma me perdoe, eu... eu não estava perto de você para protegê-la. —Pela primeira vez ele a segurava pelos braços e a olhava nos fundos dos olhos.

Asas de Sangue (em pausa, voltaremos logo!) Onde histórias criam vida. Descubra agora