Capítulo 7

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Aquele dia fora muito estranho para Emma, coisas inexplicáveis acontecendo não somente com ela, mas com as pessoas em sua volta, muitas perguntas pairavam em sua mente e por diversas vezes, ela podia jurar, que acreditava em coisas absurdas,como pensar que Matt poderia ser um lobisomen.
Aquela noite trazia consigo uma nostalgia tremenda, seu pai quase nunca passará as noites em casa, e te-lo ali cozinhando com seu avental de super heroi, era algo que a remetia a infância.

—Filha você vai comer o melhor risoto do mundo. Repita ou tenha o seu dinheiro de volta. —Nathan estava feliz cantando Elvis pela casa.

—Ai pai é tão bom ter o senhor em casa cozinhando. Ja tinha me esquecido como era ficar assim com o senhor.

—Estou em débito com você ne filha, eu sinto muito ter estado tão ausente, mas a cidade ultimamente está um caos, são ataques de animais estranhos,morcegos, vítimas aparecendo com perdas de memórias, lobos. Enfim tenho tido mais trabalho que o esperado.

—O senhor disse lobos? — Emma tentava ligar algo a lobsomens em sua cabeça, mas nao queria alarmar seu pai. — Nao sabia que tinha lobos nessa região.

—Nao tem, eles devem estar vindo de alguma montanha desmatada ou a caça deles devem estar escassa, por isso estão migrando para outros lugares. Mas ja chamamos o controle de animais, sem alarmar a população.

—É deve ser isso mesmo. Mas o que eles vem fazendo?

—Assustando caçadores, matando animais da vizinhança e inclusive atacando pessoas que estão acampando nas imediações das florestas.

—Meu Deus... —Emma colocava a mão em sua boca, como ato de surpresa, cada vez mais a ideia de que Matt era um lobo, rondava sua cabeça.

—Mas não esquente com isso ursinha, todas as precauções ja estão sendo tomadas. Me conte como vão as coisas no colégio. —Ela via naquele momento uma brecha para falar da festa.

—Estão indo tudo bem. Tenho uma uma peça para encenar de Shakespeare, com um.. garoto. —Pigarreava para inibir o constrangimento.

—Uou.. Um garoto. Tem cena de beijo? Espero que não.—Empunhava a faca no ar, como para mostrar perigo.

—Pai..Nós iremos escolher a obra,ainda não sei se terá beijo. —Revirava os olhos em desaprovação.

—Que ótimo, posso te ajudar na escolha, que tal um peça de comédia? Já li alguns ótimos.

—Claro seria ótimo, mas podemos falar de outra coisa?

—Que seria?

—Então, o senhor sabe que amanhã é meu aniversário ne?!

—Sem rodeios Emma White.

—A Rachel vai fazer uma festa na casa dela pra mim. —Dito isso engole um pão pelo nervosismo.

—Festa? — Arqueava seu olhos em preucupaçao quando a companhia toca.

Nathan contornava a bancada ainda encarando Emma.

—Você nao se mecha,ainda temos um assunto inacabado. — Em reposta ela simplesmente bufava.

Ao abrir a porta, Nathan se depara com um rapaz de jaqueta de couro e calças pretas, seus cabelos um pouco bagunçado, mas nao podia negar, era um rapaz muito forte, e o fato de estar em sua porta estava o intrigando.

—Boa noite?!

—Boa noite.. Ham... Poderia falar com a Emma?

—Qual sua graça meu filho?

Asas de Sangue (em pausa, voltaremos logo!) Onde histórias criam vida. Descubra agora