Capítulo 13

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— Esta com hemorragia abdominal, precisamos de um tomografia cerebral,pupilas dilatadas, rápido.—Emma somente olhava as luzes do teto passar e imaginou estar em um hospital,sentia algumas dores,mas tinha muitos tubos ligados a ela impedindo de se mover.

—Olá querida sou a doutora Megan,você sofreu um acidente,mas vai ficar tudo bem,precisamos ir para cirurgia, seu pai já está a caminho.

—Xirurchia?—Ao falar Emma sentia uma grande dor e dificuldade para falar.

—Nao querida, nao fale, seu maxilar parece estar fraturado, se forçar so piorará a lesão.—Como ela chegou ali? Acidente? Foi entao que depois de se esforçar ela lembrou da garota que a fez capotar o carro, e num ímpeto corria os olhos ao redor para que pudesse vê-la ali, mas nada além de médicos e enfermeiros.

—A benina...

—Que menina?

—A benina xestava na estrada.

—Certo, vamos avisar aos policiais, agora fique calma. Iremos subir e preparar você.-Um filme passava pela sua cabeça, seu pai devia estar desesperado e precisava avisar Devon.

Colocaram a maca em um quarto com cheiro de álcool e várias mãos cortavam suas roupas e enfiavam agulhas em todos locais que possuiam veias, limparam o sangue e numa agilidade desumana a transferiam para uma sala com muitos aparelhos.

—Emma nós agora iremos te dar anestesia e voce irá dormir, entao fique tranquila que nos veremos em breve.-Ela podia sentir o líquido queimando sua veia e suas pálpebras pesarem,ela lutava para mante-las abertas, mas estava sendo em vão , mas antes que pudessem fechar completamente, ela pode ver com clareza um arquear de asas daquelas pessoas na sala, eram grandes e imponentes e o sorriso de doutora Megan contrastava com suas asas imensas e assim ela foi vencida pelo sono.

—Emma....... Acorda... Assim não dá para brincar.... Eii....—Emma abria os olhos e estava numa cama no corredor do hospital, vestia uma camisola branca, mas nao estava ligada a nenhum tubo.

Assim que recobrou a consciência por completo, se levantou e foi atrás de ajuda,vários enfermeiros passavam por ela, mas nao lhe davam atenção, ela implorava mas ninguem a ouvia, até avistar no fim do corredor a garota do acidente.

—Ei garota, espere.—Emma corria o maximo que podia, mas ela parecia inalcançável.

Até Emma passar por uma salinha pequena e ver seu pai andando em círculos e puxando os cabelos.

—Nao.. de novo nao... Foi minha culpa eu dei o carro. Minha ursinha...—Suas lágrimas era de dor e Emma corria para  abraça-lo mas nada acontecia, ele parecia fugir de seu toque.

—Pai nao foi sua culpa, eu estou bem, olha... Pai..—Mas ele continuava a chorar incessavelmente.

—Ele nao ouve e nem vê você.—A menina na porta a tirava do transe.

—Você, foi por sua causa que estou assim, quem e você, por que fez isso?

—Eu sou a tara, sou uma amiga. —Ela dava de ombros,como se aquilo fosse banal.

—Amigas não provocam acidentes.

—É eu sei. Não foi por querer.—Ela abaixava a cabeça em sinal de arrependimento.

—Ele nao me vê, entao eu morri? —Emma já podia sentir o gosto amargo de ter feito essa pergunta.

—Oh não, ainda não, seu espírito só desprendeu do seu corpo,sua energia e muito forte para nao vagar por ai.

—Energia? Quem é você? O que esta acontecendo?

—Ja te disse meu nome é Tara.

—Nao me interessa seu nome, quero saber o que houve para que ficasse atrás de mim.

Asas de Sangue (em pausa, voltaremos logo!) Onde histórias criam vida. Descubra agora