Ao cair da noite eu me encontrava no meu quarto sentada na cama. Meu novo quarto era do dobro do tamanho do quarto do internato e era um luxo puro, nem consigo acreditar que é um quarto de empregada.
Escuto uma batida leve na porta e falo pra entrar. Era o James.
- Licença...er..- Ele tenta lembrar meu nome. Dou uma risada baixa e ele fica envergonhado.
-Beatriz.- digo
- Eu sabia.- ele diz descontraído e entrando mais no quarto.- Só queria avisar que pode descer para comer, Flora saiu com Alissa e Brian.
- Estamos sozinhos? - pergunto e ele concorda com a cabeça. Sinto meu rosto ficar vermelho, oque está acontecendo?
- Isso é um problema? - ele então pergunta.
-De jeito nenhum.- digo.
- Te espero la em baixo. Não erra o caminho.- Ele sorri e sai.
Solto o ar que nem percebi que segurava, esse homem está me causando coisas que não consigo entender oque é mas espero não me prejudicar.
Desço ainda meio perdida mas consigo encontrar a sala de jantar e James também estava la. A mesa já estava arrumada, para duas pessoas.
- Pensei que eu comeria na cozinha.- digo entrando.
- Por qual motivo? - ele me encara.
- Sou apenas a Babá e fui aceita a algumas horas. - Ele ri.
- Não fazemos este tipo de distinção aqui. Sente-se.- ele diz apontando para a cadeira na frente dele. Puxo a mesma nervosa e me sento.
- Está gostando da casa? - ele pergunta. E eu só consigo concordar com a cabeça. - O gato come sua língua as vezes? - Dei uma gargalhada não muito alta mas logo em seguida parei pois ele me olhava.
- Você fica linda sorrindo. Sorria mais.- fico vermelha.
- Obrigada.- digo baixo e ele sorri.
- Vamos comer.- ele diz e eu concordo.
Jantamos no absoluto silêncio, algumas vezes trocamos olhares discretos mas que me deixavam um pouco vermelha.
Acabamos de Jantar e eu insisto para ajudar a tirar a mesa e lavar os pratos.
- Está tarde pra você ficar trabalhando, não acha? - ele diz me dando o último prato pra secar.
- Eu não me importo.- me viro pra colocar o prato no armário. Quando volto ele estava mais próximo de mim.
- Que bom que você está disposta a trabalhar, ele fala em um quase sussurro.
Sinto meu rosto quente e com toda certeza estou toda vermelha, ele sorri.
-Está com vergonha, Beatriz? - Ele debocha.
- É melhor eu ir para o meu quarto.- digo nervosa e me viro pra sair da cozinha mas ele me puxa de volta e acabo presa nos seus braços. Ele me olhava no fundo dos olhos e eu ficava cada vez mais nervosa.
- Boa noite, Beatriz.- ele sussurra sem ao menos tirar os olhos de mim. Ouvimos o barulho da porta e ele me solta rapidamente e eu ainda meio desnorteada com a situação ainda o olhava.
- Boa noite.- ele disse novamente e saiu, me deixando ali na cozinha com mil e um pensamentos.
Fui até a Sala e acabou que não era ninguém na porta, devia ser algum barulho qualquer, subo e me direciono ao meu quarto que era praticamente de frente para o dele.
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Lar, Amargo Lar
RandomLar, doce lar. A maioria das pessoas tem uma família que os amam, nessa história a situação é diferente... Aos 4 anos perdeu sua mãe Aos 6 seu pai a colocou em um internato Aos 8 enfrentou coisas que nenhuma criança queria Aos 15 ganhou seu melhor a...