- Eu não sei se fico feliz por te ver bem ou se te mato por me deixar preocupado todo esse tempo.- Tyler diz ainda no abraço e eu rio.
- Me perdoe, é que você ja tem tantos problemas para resolver e eu não queria te preocupar com os meus.
- Problemas? Olha pra você! Toda chique nas roupas de grife.- ele ri
- Isso tudo aqui é uma longa história. Estava morrendo de saudades! - digo ainda sorrindo.
- E eu de preocupação. Onde você esteve?
- Menina, vamos? - Flora nos interrompe.
- Ah, essa é a Flora. Com certeza um anjo que minha mãe me enviou.- apresento ela ao Tyler.- E esse é o Tyler, meu único e melhor amigo.
- Amigo? Que ilusão, achei que eram um casal.- Flora fala e eu coro no mesmo instante e Tyler ri.
- Se ela quiser, eu quero.- Tyler brinca e eu fico mais vermelha ainda.
- Não perca a chance, Bia.- Flora fala me catucando.
- Haha, que engraçado vocês dois! - digo tentando disfarçar minha vergonha.
- Estou brincando.- Tyler diz
- Eu não.- Flora fala e eu olho pra ela que começa a rir.- Bia, temos que ir. Aparece na nova casa da Bia.- Flora diz se referindo a Tyler.
- Não faço ideia de onde seja.- Ele diz.
- Liga pra Bia depois e ela te passa o endereço.
- Flora... eu não tenho nem celular.- digo
- Eu passo o meu telefone novamente e você me liga assim que puder.- Tyler diz pegando um papel do bolso, anota o número e me entrega.
- Até mais! - digo e o abraço mais apertado. Ele retribui.
- Até.- ele diz e beija minha testa.
Saio em direção ao carro onde Flora já se encontrava, entro.
- Moço bonito esse Tyler. - ela comenta.
-Não começa.- A encaro e ela ri.
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- Flora, eu não aguento mais andar Nova York inteira.- digo cansada e cheia de bolsas.
- Ainda falta comprarmos seu celular.- Flora diz e eu paro no meio da rua e espero ela parar para me olhar. - O que foi?
- Você não vai fazer isso.- digo
- Vou.
- Não vai.
-Vou, e não discutimos mais isso, vamos.- ela pega meu braço me fazendo andar.
Andamos mais um pouco, Flora de teimosia comprou um celular pra mim que custava o olho da cara, quero só ver o James quando vê a fatura desse cartão.
- Flora, está quase na hora de Pegar Alissa e Brian na escola.- digo e ela verifica no relógio.
- Vamos pro carro por essas bolsas na mala e pega-los.
Ja dentro do carro, sento olhando para janela e observo a beleza que Nova York obtém a mesma que não pude prestigiar antes. Passamos por vários e vários enormes prédios, havia um que de certa forma era engraçado para mim pois tinha meu sobrenome no letreiro do prédio, "Miller"
Sinto falta da minha mãe, sinto tristeza por meu pai ter me deixado a vida inteira e raiva pelo mesmo motivo. Respiro fundo e tento não me abalar com as lembranças de um passado muito distante.
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Lar, Amargo Lar
RandomLar, doce lar. A maioria das pessoas tem uma família que os amam, nessa história a situação é diferente... Aos 4 anos perdeu sua mãe Aos 6 seu pai a colocou em um internato Aos 8 enfrentou coisas que nenhuma criança queria Aos 15 ganhou seu melhor a...