CAPÍTULO 02

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BRUNA

Fiquei em silêncio encostada na porta com receio que ele pudesse abri-la, mas só o que ouvi foi o silêncio. Fechei os olhos e dou um pulo quando a maçaneta da porta girou, afastei assustada olhando-a sendo aberta. O meu alívio foi visível quando Graziela entrou.

— Ah, é você? — murmurei com um sorriso nervoso.

— Quem você pensou que pudesse ser? — Perguntou franzindo testa.

— A Francine!?

— Você está assim, nervosa, porque achou que era a Francine que estava abrindo a porta?

— Si... sim.

— Sério?

— Me assustei Grazi. Foi só isso.

Com a porta que ela deixara aberta estiquei o pescoço para o corredor.

— O que aconteceu, Bruna?

Olhei-a na hora.

— Aconteceu? Nada.., porque? Aconteceu alguma coisa?

— Você está muito estranha.

Ela me avaliou curiosa, coloquei ambas as palmas das mãos em cada lado do rosto e me senti quente.

— Eu já estava indo — Falei rápida.

— Já era hora. Vem, que vim te buscar.

— Espere! Vou colocar uma roupa.

Grazi balançou a cabeça e puxou-me pela mão.

— Vamos logo!

Saio para o corredor e meus olhos varrem rapidamente no final dela, onde ele estava a poucos minutos. Não havia ninguém, era como se eu tivesse sonhado, e nada daquilo existiu. Mas sabia que não poderia me enganar, meu corpo ainda sentia as emoções da presença daquele homem.

— Até que enfim — Fran disse assim que entramos no quarto.

Sorrio para ela tentando esconder o meu nervosismo, Grazi corre para o banheiro e logo volta com três taças e uma garrafa de vinho. Revirei os olhos ao sentar na cama e pegar umas das taças que ela me estendia.

Bebi o meu primeiro gole, não era forte, e sim bom, doce, e não ficaríamos bebadas com aquela garrafa, tentei relaxar, expulsar certas imagens na minha mente, mas não estava sendo fácil, quase impossível.

— O que você tem, Bruna? Parece aérea — Fran perguntou nos servindo mais de vinho.

— E não é, Fran? — Grazi confirma.

— Estou cansada, juro! — Me defendo.

Deitei na cama apoiando a taça no abdômen e a minha camisola que já era curta subiu bem acima da coxa, Grazi levanta a barra do tecido e descobre a minha calcinha.

— Imagina se o meu irmão a pegasse no corredor usando isso Bruninha?

Corei instantaneamente. Fecho os olhos por um momento.

— Nem posso imaginar — Murmurei.

***

O quarto estava claro pela luz da manhã que entrava pela janela, eu me sentia toda dolorida pelo modo que havia passado a noite, aos meus pés estava Graziela dormindo, e ao meu lado Francine com umas das pernas em cima da Grazi. Passei as mãos no rosto ainda para afastar a nuvem de sono, ficamos até as quatro da manhã acordadas e nem percebi quando peguei no sono. Levantei da cama e apanhei o celular da Grazi que estava sob a mesinha de cabeceira. E para a minha surpresa só eram 6hrs da manhã. Coloquei o celular no lugar e Fran resmungou da cama com olhos bem fechados.

PERIGOSA OBSESSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora