Capítulo 30

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JL...

Depois de um tempo, alguns meninos entraram e levaram o corpo do Rogério para ser preparado para o funeral.

-Mano o Caique ta soltando fogo pelas venta, ele queria ser o sub e não se conforma que a Agatha vai tomar conta disso tudo.

-Ele não tem que opinar em nada Tadeu, ele só obedece, como eu vou contar isso pra elas?

Ele me olhou e deu de ombros, algum tempo depois tinha muita gente da casa do Rogério e eu estava aflito esperando a Agatha e a Mercedes chegarem.

-Parabéns Agatha você é a nova dona do morro, a primeira dama da Paraisópolis.

Escultei a voz do Caique e me virei, a Agatha estava assustada e a Mercedes tentando manter a calma, acho que ela já sabia o que viria.

-Sai daqui Caique, você vai acabar fazendo merda, deixa que eu falo com elas.

-Fala o que JL?

-Eu mesmo falo, o seu papai morreu, e como prêmio de deixou como dona disso tudo, ignorando todos os que trabalharam com ele.

O desgraçado soltou a bomba encima da Agatha sem qualquer preparo, minha vontade era de matar ele, mas o meu anjo preciso de mim

-Tadeu leva os meninos pro quarto.

Ele tirou o Lucas do colo da Agatha e subiu com ele e com a Alice, a Mercedes chorava e o meu anjo estava paralisada.

-Amor fala comigo.

Ela começou a chorar e eu olhei para o Caique que ainda estava ali.

-SOME DAQUI CAIQUE.

-Era eu quem devia assumir o posto de sub.

-Ninguém está se importando com isso Caique, respeita a nossa dor e some daqui.

A Mercedes gritou e ele saiu calado, a Agatha foi ficando branca, até desmaiar, corri até ela e a peguei no colo.

-Leva ela pro quarto de hóspedes.

A deitei na cama e a Mercedes voltou com álcool, fui aproximando do seu nariz até ela começar a voltar os sentidos.

-Agatha você está bem?

-Me diz que foi só um sonho e que ele está bem?

Eu e a Mercedes nos olhamos e ela entendeu, a Agatha começou a chorar desesperada, não gostava de ver ela assim e sabia que ela poderia voltar a ter as crises e justo agora que a Nana voltou pro sítio.

-Olha pra mim!

Ela me olhou e eu comecei a respirar fundo incentivando ela à fazer o mesmo, ela foi fazendo até se acalma.

-Eu não acredito que isso aconteceu, estava tudo tão bem.

-Eu sei minha filha, mas a vida é assim, todos se vão, mas nós precisamos ser fortes.

A Mercedes estava sendo muito guerreira, podia ver de longe o seu sofrimento, mas ela estava ali de pé pela Agatha...

De Princesa À PatroaOnde histórias criam vida. Descubra agora