Peter on
Eu abri os olhos, na minha frente estava minha mãe, parecia bem preocupada.
— Filho você está bem? Por que fez isso?
— Fiz o quê?
Levantei a cabeça, nossa como doía, eu estava deitado no chão, passei a mão na testa pra encontrar a dor, senti um molhado, olhei para minha mão, estava suja de sangue. Foi aí que percebi o que tinha acontecido.
Eu tinha me jogado contra o espelho.
— Meu Deus, tá doendo muito, eu ainda tenho que ir ao psiquiatra?
— Claro que sim, mas primeiro você vai ao hospital, o que você tava pensando garoto?
Olhei para o meu pai disfarçadamente para que minha mãe não percebesse, ela continuou ali, parado na porta do meu quarto com a cara fechada como se fosse um segurança.
— Anda levanta. — falou minha mãe. — Pegue o carro amor, nós já vamos descer.
Quando meu pai desceu, e eu ouvi o som da porta da garagem, agarrei imediatamente minha mãe e comecei a chorar.
— Mamãe você tem que se separar do papai. Mãe, ele te traiu! Te traiu com a tia Constance mãe, eu sei, eu vi mamãe.
— Ei, ei, ei... Peter, a pancada foi muito forte você deve estar delirando.
— Não estou não mamãe, eu juro.
— Chega. Você, mais do que nunca, precisa ir no psiquiatra.
— Já estão prontos? — perguntou meu pai aparecendo na porta.
— Estamos sim, venha filho. — falou minha mãe estendendo a mão para que eu segurasse.
Dentro do carro, o tempo comecou a fechar, e logo começou a chover. Ao chegar no hospital a enfermeira fez um curativo na minha testa e disse a minha mãe que foi só um susto, nada com que se preocupar, o desmaio foi só uma consequência já que eu teria batido com força no espelho.
— Que bom — respondeu minha mãe.
— Mas mesmo assim, é melhor ficar por perto, ela pode delirar, okay?
— Okay. Vamos Peter.
Meu pai começou a dirigir, e sem demorar muito, chegamos no hospital psiquiátrico.
Minha mãe saiu, e antes que eu pudesse segui-la, meu pai me puxou pelo braço.— Já sabe não é?
Fiz um movimento bruto e ele me soltou, saí do carro e fiquei parado em frente aquilo, era bizarro, parecia até abandonado, olhei para trás a fim de ver o carro, e percebi, que o hospital ficava em frente de um convento.
O hospital.
O convento.
Olosko!
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Esse Corpo Não É Meu
ParanormalHistória escrita em parceria com a @llivialopes Eu sou só uma humana Eu sangro quando caio E eu me quebro e me despedaço Suas palavras na minha cabeça, são como facas no meu coração Você me iludiu e então desmoronei Porque eu sou só uma humana. @m...