Capítulo Seis

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Não sei o que aconteceu com o wattpad, só postou a metade do capitulo cinco ontem. Mas vai aí continuação.

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- Sinto muito - disse ela, inquieta. - Não queria me expressar dessa maneira. Só acho que um homem ou uma mulher que vive de forma tão permissiva jamais formará família e será fiel. Quero um casamento estável, com filhos, não uma interminável lista de parceiros.

- Filhos? - zombou ele.

- Sim. - Os olhos dela se suavizaram ao imaginá-los. - Um dia quero ter uma casa repleta de crianças, mas só depois que terminar os estudos.

- E Grange será o pai? Ela respondeu de imediato.

- Fomos apenas ao cinema, Will!

- Caso se envolva com ele, nunca a perdoarei - disse num tom incrivelmente frio.

- Bem, isso seria uma tragédia, não é? Imagine só, nunca ganharia outro presente comprado por Jarrett!

A respiração dele se tornava cada vez mais rápida. Os lábios estavam contraídos. Ele não tinha como responder, o que parecia deixá-lo ainda mais irritado. Deu outro passo na direção dela. Ela se afastou mais um pouco.

- Devia ficar feliz agora que estou fora de sua vida - afirmou ela, corando. - Nunca fui importante, Will. Só lhe atrapalhava e causava transtornos.

Ele parou em frente a ela. Parecia estranhamente frustrado.

- Ainda está me causando transtornos - disse, enigmático. - Não importa o que Marge tenha contado, ela e as meninas ficaram desapontadas porque não foi ao churrasco. Foi a primeira vez em sete anos que fez isso, e por causa de um homem que representa sofrimento tanto para Marge quanto para mim.

Ela franziu a testa.

- Mas por quê? Ela não conheceu Grange!

- Você contou o que meu pai fez - disse ele deliberadamente.

- Eu não queria! - confessou ela. - Mas ela afirmou que não se importava.

- Ela ficou arrasada. Mesmo depois de todo esse tempo vivendo com ela, não a conhece.

Ela sentiu-se ainda pior.

- Acho que também foi difícil para você quando descobriu o que ele fez - disse ela, inesperadamente.

A expressão dele era estranha. Parecia reservado e Inquieto.

- Jamais senti tanto desprezo por alguém - afirmou ele, com voz áspera. - E ele estava morto. Não podia fazê-lo pagar por ter arruinado minha vida/ Não pode imaginar o que senti.

- Tenho certeza de que ele se arrependeu pelo que fez - disse ela, lembrando do que Marge contara sobre a maneira como o pai passou a tratar Will. - Sabe que ele teria desfeito tudo, se pudesse. Marge explicou que ele tinha medo de perdê-lo caso soubesse a verdade. Era seu único filho, devia amá-lo muito.

- Não sei perdoar tão facilmente - disse ele. Ela sabia disso. Will não guardava rancores contra ela, mas lembrava que ele ainda evitava e desprezava pessoas com as quais havia se desentendido há anos.

- Você se acha-se tão perfeito que nunca comete erros? - perguntou ela.

- Jamais - respondeu ele, sem sorrir.

- Seu dia vai chegar.

Os olhos dele se estreitaram enquanto a observava.

- Vai continuar saindo com Grange? - Ela engoliu em seco.

- Sim. É minha decisão final.

Ele lançou-lhe um olhar frio e sacudiu a cabeça.

- Foi você quem escolheu.

Virou-se e saiu da sala. Ela o observou partir com curiosidade. O que ele queria dizer com aquilo?

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Avassalador -AdaptaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora