Capítulo 2

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*imagem: parte do livro Caçadores Celestiais, da linda EloMikael*

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Hoje é o dia do Teste de Habilidades. Somos mutantes, é o que dizem.

-Está ansiosa? Ei!! HAZEL!!! - É assim, desse jeito maravilhoso, que Eloisy me tira da transe. Estava pretenciosa, precisava buscar uma forma de fazer algo. Não saímos muito, como citei anteriormente... Essa era uma das raras vezes que veríamos o céu.

No distrito as coisas eram cinzas, com exceção do céu mais lindo do lado sul... Era roxo e rosa. Parecia uma aquarela pintada, surreal.

Foi com meus 12 anos que me foi revelado todo o motivo de estar aqui. Me explicaram que depois da guerra, os pais e as mães que deram á luz deveriam ser observados de longe. Quando as crianças não tivessem mais eles, ou apresentassem mudanças estranhas, deveriam vir para cá. O motivo? A radiação contaminada tinha destroços do meteorito 6-7, que deslizou para cá há 20 anos. Eles usaram para tentar contaminar os soldados, mas acabou em nada. Na verdade, deu ruim para os filhos deles, né?

-Atenção! Portões liberados, hoje é o dia dos testes. Formem fila, ordem, decência e disciplina. Cada lote deve se dirigir em ordem numérica até o pátio.
Lote. Era isso que éramos para eles. Meros números, e o único interesse em nos estudar e entender era que poderíamos ser úteis na guerra. Interesse, entende?

- Estou apreensiva. O que acham disso tudo?? Pode ser uma cilada. - Alicia podia ser bem boba às vezes, mas nunca exprimia seu medo à toa. Se ela estava com medo, deveríamos ficar.

- Não sei o que esperar. Nunca fiz um teste. Não queria nem estar aqui, mas não há o que reclamar quando você está na situação há DEZ anos. Acostume-se. - disse apreensiva para as girls. - além do mais, eles precisam de nós! Não seriam otários suficiente para nos machucar e colocar em risco todo o nosso potencial bélico. Né?

- Talvez. Mas e se nos testes constatarem que somos descartáveis? Inúteis? Sei lá! Nunca usamos os poderes, e não sabemos como o fazer. Eles não entenderiam que não soubessemos nem controlar a nós mesmos. - Eloisy estava ainda mais nervosa. Éramos fortes demais por ter aguentado tudo até aqui, mas às vezes é melhor ser frágil e admitir que não há saída.
Nos entre-olhamos. Nossos olhos lacrimejaram. Caminhamos lentamente até o pátio, e encontramos os outros lotes lá, enfileirados como prestes a serem abatidos. Era uma cena estranha, constrangedora. Eles estavam nos deixando apenas com as roupas de baixo para entrar no tubo. Era o início de uma grande história.

A luz piscando no canto do teto indicava que o interfone (ligado à câmera de vigilância) iria transmitir a qualquer momento. E ia mesmo. A voz robótica começou:

- Queridas, por favor, sejam ágeis. Lote por lote entre em cada tubo e permaneçam em postura até que todas o tenham feito, para que comece o TH.

Tubos. Eles eram GRANDES tubos, basicamente, ligados a canais e fios e eletricidade. Sabe se lá o que faria tudo aquilo. Todas as garotas, seminuas e tristemente envergonhadas, entraram uma a uma em cada tubo.

Pronto. Já estavam todas dentro. Agora ninguém podia ver uma a outra porque era algo fechado e metálico. Creio que todas ouviram o barulho. Algo abriu, uma porta, um portão, um tubo. Aquele barulho típico de filmes de ET's sabe? Estranho define tudo depois disso.

- Olá lotes. Olá números. Eu sou Scarlet Stangard.

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Meio curtinho, mas é que estou com bloqueio criativo. OH CÉUS fui pressionada também pela EloMikael,  que eu amo, tá aqui seu capítulo.
Sem mais, votem comentem <3. Amo vocês!

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Efeito ROnde histórias criam vida. Descubra agora