Capítulo 4

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*Coloquem nos comentários que poder gostariam que as meninas tivessem (tipo: Alicia-voar/ Hazel-punhal), mas sejam bem criativos! 

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Alicia, Eloisy e eu nos olhamos. Aquele silêncio não durou muito tempo.

- Caramba. – foi só o que Alicia conseguiu expressar. Assim eu me perguntava o que estava acontecendo com todas nós, desde então. Alicia não era mais uma boba apaixonada e feliz, que expressava tudo o que lhe era permitido. Ela se tornara alguém que guardava as coisas e esperava pelo pior. Eloisy estava num grau de desespero que eu sinceramente não acho saudável. A nossa amiga calma e "razão mais que emoção" estava terrivelmente virada de ponta cabeça. E eu? Bem. Eu já não sei quem sou mais, e não é de agora. Faz 10 anos que tive que virar uma Hazel diferente e isso me custou ser feliz. Até porque, não há como ser feliz em um distrito cercado de gente mal intencionada e câmeras prontas para te incriminar.

- O que fazemos agora? – Alicia interrompeu minha reflexão.

Não foi preciso o pronunciamento de mais nenhuma menina. O queridíssimo interfone já estava pronto para dar alguma ajuda.

- Meninas! O estágio 2 ocorrerá na Ala norte do pavimento. Sigam com decência e silêncio. Senhorita Scarlet aguarda vocês.

O salão era enorme e seria bem complexo e desgastante explicá-lo aqui. Além do mais, temos uma história para contar. O que posso dizer era que no distrito 7, um ENORME, veja bem, eu digo ENORME pavilhão com enormes e inúmeras salas e quartos e um montão de coisas. A Ala Norte ficava um pouco longe de onde estávamos, e como quase nunca saimos, pudemos dar uma boa olhada pelas grandes e poucas janelas redondas dos caminhos que percorremos.

Para um lugar escondido e afastado da cidade, o distrito 7 tinha janelas chamativas demais. Mas como citado anteriormente, era bem capaz que fosse algo como a casa de Alicia. Veja por dentro, mas nunca de fora. Era o que ela diria nessa situação.

- *É seguro dizer algo, nesses corredores? – Ali perguntou no nosso grupo mental.

- *Talvez não. Não tenho a menor dúvida de que eles jamais deixariam três meninas super poderosas andando sozinhas às espreitas de um lugar assim. Cheio de segredos, armas, coisas que quero descobrir. – Era minha vez de opinar.

Eloisy não se pronunciava nem mentalmente, o que deixava claro (como a conhecemos bem) que sua opinião era idem à minha.

Até que depois de horas andando, talvez duas talvez cinco (já citei que o tempo é incapaz de ser contado aqui? As coisas que passam rápido na verdade estão lentas, e vice-versa. Nunca se sabe o que é um dia ou seis horas), chegamos à grande porta cromada acinzentada da Ala Norte. Hesitamos, mas sobrepusemos juntas as mãos sobre a porta (como aquelas portas de saída de incêndio, era a sua "alavanca" no lugar de uma maçaneta normal).

Entraram de supetão no enorme salão. Ele era vaziamente branco, sem nada para detalhar.

No mesmo instante, desceram grandes máquinas e se fincaram no chão. Elas tinham ligamento metálico e pareciam robôs. Robôs?

- *Deu merda. – Alicia grunhiu.

E de algum lugar, saiu uma Scarlet Stangard medonha, agora vestida de preto e esbanjando um sorriso maligno. Eu diria que ela virou uma Scarlet do mal (se em algum momento da nossa curta relação ela foi boa) disposta a nos estrangular com um olhar e um belo sorriso. Mas antes fosse isso, e teríamos alguma chance. Era, talvez, pior.

- *Posso emprestar sua frase, Haz? – Eloisy soltou a primeira frase (não das melhores) depois do evento na sala dos tubos.

- Olá garotas! Essa é uma das melhores partes, pelo menos para mim. Esses robôs, vocês devem estar se perguntando, vão acertar a gente a qualquer momento. E estão certíssimas, sinto lhes informar. A missão de vocês no estágio 2 é lutar contra eles e destruí-los. Boa sorte.

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