Efeito R

Capítulo 6

*Gente, a partir de agora a narração será diferente, porque eu vivo me confundindo e misturando os dois pontos de vista (narrador-personagem e narrador) e tenho que revisar umas 5 vezes para ter certeza que só a Hazel está falando. Aí é bem mais fácil haver um narrador não personagem, facilita muito. Espero que melhore para vocês também! Tudo para o bom ocorrer da história. 

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Elas andaram em torno dos portões por aproximadamente 5 dias. Se alimentaram do mesmo que os andarilhos (exilados ou expulsos por crime ou dívida) comiam nas margens do mar. Peixe cru e raramente cozido. Água, mesmo que filtrada (era um filtro bem ......) era salgada.

Claro que, com o bom coração que tinham, ajudaram muitas pessoas que também eram - de certa forma - vítimas de um governo sujo e corrupto, vítimas de uma Scarlet pessoal.

Todas aquelas noites não passaram em paz. Hazel, em especial, sentia os olhos brilhantes da srta. Stangard a vigiando durante o escuro que assombrava, mas ela se sentia segura. "Eu sei que está aqui. E você sabe quem eu posso ser para você" era o que ela sussurrava toda noite para o escuro. Como se Scarlet e ela estivessem ligadas, uma a outra, ela sentia sua sombra sobre ela até durante os dias cinzas e nublados no lado de fora de Trinis, onde o mundo parecia mais apagado.

Com essas duas semanas que se passaram, o poder de Hazel se aperfeiçoou. Agora ela sabia e podia controlar ele, do seu jeito. Ela descobriu que podia fazer o que quisesse e como quisesse. Alicia desenvolveu sua habilidade com química, era uma alquimista prodígio ,e telepatia junto com Eloisy. Elô também sabia lidar bem com telecinese e tortura mental (caso fosse necessário combater inimigos). Mas, sabendo de tudo o que podia acontecer com poderes tão fortes, o trio fez um juramento em memória de sua família e para elas mesmas, que jamais, veja bem, jamais usariam o poder para o mal. Era o que pretendiam, pelo menos.

Para o bem sua glória e ascensão, para o mal a sua ruína, era o que diziam.

Aí você deve se perguntar "por que raios as três, já que eram 'super poderosas' não se teletransportaram para dentro, como o fizeram para fora quando tiveram que sair do distrito?" É bem mais complicado que isso, caro leitor. Além de todo o trajeto até ali ser uma multidão de andarilhos e mendigos, o que por si só já tornaria um teletransporte muito arriscado (estavam disfarçadas. Podia sim existir a possibilidade de haver espiões lá, também disfarçados), se tentassem usar o poder para entrar, seriam descobertas de alguma forma pelos milhares de guardas que mantinham o posto em toda Trinis. Pelo que ouvia do lado de fora, as coisas estavam pesadas. TODOS já tinham consciência de que Trinis estava "ameaçada" por seres mutantes, e poderia ser destruída.

Há alguns dias no caminho, receberam notícias das demais meninas que foram descartadas do distrito 7: algumas tinham sido mortas para testes. Algumas voltaram á família, mas foram descartadas também, por muita discriminação. As poucas outras que conseguiram um lugar para viver, estavam com a família. Haviam muitas do lado de fora, e era assim que as notícias corriam.

Chegaram enfim - depois de dias percorrendo os arredores dos muros - ao pequeno e minuscioso buraco que as levaria direto para Algogiz.

- *Espero que seja o fim dessa aventura. Se conseguirmos, ao menos, viver em paz, mesmo que tenhamos de mudar tudo o que somos, saíremos ganhando. - Você talvez pense Elô ou Hazel, mas era Alicia quem dizia isso. As outras duas se olharam, tristes por ver a amiga que era o sol na vida de duas luas, se tornar um breu total.

- *Não acho que acabe aqui, seria fácil demais.. e tudo que aprendemos pode se resumir em "se está fácil está errado". E há algo sempre errado em Trinis. Mas agora, não temos planos, então apenas nos concentremos em entrar. Ver nossa família. Lembrar de quem um dia fomos. - Hazel dizia mais para si mesma que para as meninas.

Enquanto avançavam nos túneis secretos, discutiam sobre tudo o que aconteceu nos últimos 10 anos. Tomando cuidado para nunca serem ouvidas, já estavam mais que acostumadas a conversar mentalmente - apenas - e mal se lembravam do último bom diálogo que tiveram sem restrições.

Depois de horas e horas - não que soubessem disso - chegaram ao portão e entraram, enfim, em Algogiz. Observaram cada detalhe da sua terra, onde o sol brilhava incessantemente e o céu não era tão belo assim. Mas cada cantinho estava muito diferente! E, claro, nem era preciso dizer isso. Tomando o cuidado necessário para não serem reconhecidas, caminharam primeiro em direção à casa de Hazel. Sua vó seria a única pessoa dentre as três famílias que poderia compreender tudo e ser de grande ajuda.

Isso se ela ainda estivesse lá. Ou qualquer outro familiar das três garotas.

Desesperadamente, viram que suas famílias tinham desaparecido. E mesmo perguntando para pessoas ao redor, não se tinha notícia.
O desespero tomou conta da alma das garotas. Elas ficaram frias e arrepiadas quando escutaram as botas de guardas andando firme em direção à elas. Não tinham mais como fugir, dentro de Algogiz e em Trinis as coisas eram piores que no distrito: tudo tinha mudado! As pessoas andavam com o medo que nunca sentiram e, como uma ditadura, eram aprisionadas por suas ações.
Gelaram. Tremeram. Mas não fugiram do destino que estava há poucos passos delas.

- Podemos ajudar? -perguntou um dos guardas, fardado e mal humorado. Sínico, na verdade.

- *Posso dizer uma palavra feia agora? Por que eu acho que a gente tá...

Hazel não deixou Eloisy terminar a frase. Não era um palavrão que mudaria a situação. Ela apenas sufocou o guarda (tudo isso mentalmente, veja só) enquanto fazia passes para que Alicia e Elo fizessem o mesmo com os outros 4 que sobraram. Menos de 10 segundos e o silêncio já reinava. A poeira em volta das três meninas mutantes estava esvoassante, vingativa.
Elas não tinham tempo para fazer nada além de sair dali.

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Oi gente!
Primeiramente desculpa por demorar para postar e acabar mandando um capítulo curtinho... Meu Notebook morreu de vez e eu estou sem grana pra comprar um novo. E sem tempo também. E com problemas pessoais. Coisas que atrapalham toda uma vida 😑😑😑😑😑😑

Segundamente, estou de volta, de qualquer forma, e não sei se é pra valer. Vou levar assim até o fim do ano, e ver o que dá. O livro caiu bastante e estou bem desanimada por isso, então me ajudem..

*Não esqueça de VOTAR e COMENTAR ;

Bjs de luz!