Olhei a garota por um tempo e percebi que já não estava tão assustada como antes, depois de contar tudo o que aconteceu, pareceu se sentir um pouco mais confiante. Ainda assim uma ponta de curiosidade me perseguiu depois de ela descrever o homem, que mais me parecia um assassino de Serial Killer.
- Então espera, se esse homem só pegou os que estavam na sala, isso significa que ele é tipo um assassino de impurezas?
- Eu não sei - Disse, voltando a tremer, e dando pequenos goles na água .
- Pra onde foi toda a sujeira que você disse?
- Eu também não sei, só me lembro de ter apagado assim que vi a mensagem de sangue na parede, seja quem for, limpou tudo e me deixou lá.
- E esse gato morto fedorento aí nas suas mãos? - pergunto mais uma vez e vejo Ela dar um sorriso fraco colocando o cadáver no chão.
- Estava vivo quando eu peguei.
- Mas se você estava desmaiada como que pegou o gato? Ele não voou Até o segundo andar voou?
- Não, é que..
Imaginei que talvez a garota estivesse drogada, e inventando tudo, só para dar explicações sobre a bagunça, então logo falei.
- Tah, tah, gostei da história, mas é melhor você aproveitar os últimos.. - Mais um dos vidros se quebram, fazendo com que o barulho corte minha voz. - Droga! Vai sobrar só pra mim esses vídros. - Resmungo, já esquecendo o que iria dizer.
A menina arregala os olhos, e novamente começa a chorar.
- Eu vou dar uma olhada. Não precisa se preocupar, isso sempre acontece - Suspiro, deixando a morte dela para depois.
- Não tem nenhum lugar onde eu possa ficar escondida? - pergunta chorosa.
- Ahn.. Deixa eu ver - Começo a pensar em algum lugar onde ela sufocaria. - Já sei!
Puxo-a pela mão, e a faço levantar, tirando o tapete do chão.
Vendo que logo em baixo havia uma pequena porta de madeira que dava para o porão de mantimentos da escola.
O lugar era pequeno, apertado e abafado, ótimo para mortes lentas, e ótimo para esconderijos.
Ajudei-a entrar, vendo que a esperança brilhava em seus olhos.
Logo coloquei o tapete por cima, e caminhei porta a fora, olhando para os lados, tentando ver se alguém ainda estava ali quebrando os vidros da janela com alguma pedra.
Não vi o que havia planejado, mas vi algo completamente diferente e doentio que realmente me impressionou.
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Psicopatiando ao lado da Morte
ParanormalEu estou nos braços da morte, sentindo propriamente o medo que nunca havia sentido. Fugindo do inferno que tenta me engolir, para queimar em suas chamas de fogo eterno. Tento me esconder, mas faço apenas com que tudo se perca, em meio a escuridão...