Capitulo 6 - Purgatório

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As lembranças de tudo o que fiz me vieram à cabeça como tiros, me fazendo sentir um pouco de remorso, mas que logo foi esquecido, apesar de eu não ter mais coração. Dei uma olhada rápida para trás, e andei em frente, olhando para meus próprios pés, me perguntando se naquele plano eu poderia voar, até que atravessei a parede sem perceber, indo parar diretamente em um corredor de paredes e azulejos brancos que uma única lâmpada iluminava, com sua luz piscante, que deixava tudo numa plena escuridão de segundo em segundo com uma carta envelhecida posta na parede, presa por um prego enferrujado.
Me aproximei, e de longe pude sentir o cheiro de café, que exalava do papel.
As letras estavam bem alinhadas, mesmo que estando escrita por um líquido vermelho, ainda úmido no papel.

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Olá!! Você assassino,  estrupador e Psicopata

Hoje estamos com uma oferta muito especial para você!!
Está curioso?!

Então vamos !!!

A luz se apagou novamente, deixando tudo num completo escuro. Até que a imagem do antigo corredor sumiu, dando agora a vista de um escritório, onde havia uma única cadeira de frente para a mesa.
As paredes, e o chão estavam tingidos de vermelho, assim como o teto, e aquela sala, me dava uma leve impressão de não ter fim.
Até que uma música começou a soar baixo ao longe, seguido por passos fortes.

- Juro que Imaginei sua morte muito mais emocionante Claire - Disse a voz serena.

Olhei para trás, e para os lados, e não vi ninguém. Então olhei para cima, e vi  um ser quase igual ao outro, só que esse, tinha os Olhos negros, e corpo flamejante, com um odor terrível de enxofre.

-  Assisti sua vida desde o comecinho, até agora, para ver você morrer assim?!  Você matou sua mãe, pra no fim.. Se suicidar desse jeito. Dentro da escola, tudo era azulejado, não tinha nada inflamável, dava para ter aguentado Até alguém apagar seu fogo. Oh! Menina burra.

- Meu fogo? Não, era daquele Homem com mascará de coelho lembra? - Respondi.

- Dele não, era SEU, a fogueira tava quietinha, bunitinha lá, queimando, matando as crianças, até que uma retardada foi lá, e assinou o contrato pós-Morte. Mas enfim, vamos ao que interessa. - Ele sentou sobre a mesa, cruzando as pernas, agora humanas, que estavam vestidas por uma calça jeans preta, e remexeu nas papeladas em suas mãos.

Puxei o canto dos lábios em um sorriso, enquanto o observava.

- Que Demônio moderno...

- Sempre minha querida.

Observei o lugar, distraída, até que vi uma porta Branca, presa na parede, com uma placa de prata logo em cima, com letras escritas por ouro.

  "Céu"

Abri a boca, intrigada, não havia pensado que realmente existiria céu, já que quando viva nunca me dei bem com os pastores que gritavam para  A platéia de homens e mulheres que pagavam só para ouvi-lo.

- Aqui está... Sua lista de mortes. - Disse quebrando o silêncio, e jogando toda a papelada na mesa que continha vários nomes.

- Mas Eu Não matei todos esses.

- Ahh, Matou sim, quer que eu refresque sua memória? Então vamos lá. - Pegou duas folhas, logo começando a lê-las. - Em uma tarde chuvosa de quinta-feira, em meio a estrada do interior, uma jovem de 19 anos havia acabado de fugir da casa de seu namorado, após ser espancada por ele, que rasgou suas roupas com brutalidade, e sem pensar, ainda com medo, a garota correu, pedindo socorro para qualquer um que passasse, mesmo Vestida somente por uma jaqueta de couro preta. John Parou o carro assim que a viu com o corpo quase que nu, e logo tirou o cinto deixando a vista... Não! Espera, esse não é seu mesmo.

Revirei os olhos, já imaginando o que aconteceria com a garota de jaqueta.

- Wow

- Esse é um dos meus contos eróticos, Adoro violação -  Disse sorrindo, dando a ver seus dentes afiados e sujos.

- Okay.. Agora pode me dizer o que estou fazendo aqui?

- Ah! Você está no Purgatório minha querida, à espera, de ser julgada. E eu só estou aqui com você porque sou seu fã!

- Um demônio sanguinário é meu fã? - perguntei apertando os lábios.

- Não sou um Demônio, sou uma entidade muito menor, e sim, sou seu fã!! E só para saber, você só não está na ala de tormentos, porque eu queria lhe ver pessoalmente.

- Tudo bem então... - Ergui uma sobrancelha, me perguntando o que ele seria, sem me importar com a tal ala de tormentos.

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Ooi pessoal, o que estão achando??
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Estou ansiosa para saber :3

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