Ela programou o relógio para despertar às 04h00, quando sua filha chegaria do interior. O relógio despertou e nada da filha. Uma hora depois o telefone toca. Um acidente com o ônibus tinha vitimado dezenas de pessoas, entre as quais, a sua hóspede. O sentimento de perda e impotência era cada dia maior no peito da viúva. Ainda mais quando todo dia às 04h00 o relógio desperta sem estar programado e a campainha toca. Ela acorda e reza. Até que certa noite, tomada pela coragem, resolveu abrir a porta. Não viu ninguém, mas sentiu uma energia entrando pela casa e indo diretamente para o quarto que tinha sido preparado para receber sua filha. A porta do aposento se trancou por dentro, permanecendo fechada ainda hoje.
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A INSANIDADE EM TREZE ALFINETADAS
HororOfereço ao leitor três estocadas com treze contos minimalistas (nanos, micros e minis) onde cada um se torna uma alfinetada na noção de sanidade. Histórias fora da curva da normalidade pinçadas dos microcontos inspirados durante o Prêmio Escambau de...