capítulo 36

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Estacionei, meu coração apertado.

Tinha sido minha primeira briga com Ethan.

Suspiro, tirando o cinto de segurança, abrindo a porta em seguida, a casa é media, nem muito pequena, nem grande.

Eu havia colocado um vestido rodado com flores, e uma sandália de salto delicada.

Almoço em família!

Ou cobramília...

Pisei no chão com minha sandália de salto, delicada, com unhas feitas e pés bem tratados.

Sai do carro levando comigo minha bolsa de lado, fechei a porta trancando o carro.

Caminhei ate a porta, número 254, endereço dado por minha mãe.

Bati na porta, receosa, mas bati.

Esperei alguns segundos, nada de abrirem a porta, bati de novo. Escutei alguns passo vindo de dentro da casa, aprontei-me, arrumando os cabelos e endireitando minhas madeixas ruivas, apressei-me a mudar minha expressão e sorri ao ser atendida por Ashiley, a mesma me olhou surpresa e ao mesmo tempo um pouco desacreditada.

— Dulce! — Exclamou sem graça —  Que bom que veio... —  Sorriu me dando passagem para entrar em sua casa.

Adentrei o local, escondendo, ou tentando esconder minha cara de tacho e surpresa, a casa é simples, mas muito bem elaborada, os moveis em preto e branco, Ashiley me guiou para a sala de jantar, grande com uma grande mesa, passamos pela sala, a qual não pude xeretar, opa! dar uma olhadinha...

Ao entrar na sala de jantar, olhei para minha mãe sentada ao lado de Sirley, Patrick se encontrava na ponta. Mãe, a senhora não tem casa? Não sai das casas dos outros?

 Cumprimentei a  todos balançando a cabeça e sorrindo. Ashiley me guiou até a outra ponta, onde se encontrava mamãe e Sirley.

As duas velhas, opa! Senhoras me olhavam, talvez na tentativa de me intimidar.

O.K!

Eu fugi no meio do casamento dos dois e desapareci no mundo por dois dias, não é nada grave, talvez minha mãe queira me esganar, e dizer coisas do tipo: você me envergonha, me da desgosto... e blá, blá, blá.

Me sentei, colocando minha bolsa de lado escorada na lateral da cadeira, levantei o olhar encontrando todos os pares de olhos focados em mim.

  —  Por que me olham assim? —  Perguntei quase calma — Vocês me chamaram! — Suspirei. — Então falem logo de uma vez o que querem.

  Minha mãe me fuzilou com apenas um olhar, Sirley abaixou a cabeça envergonhada e o casal vinte, sem graça.

— Seu... Amigo, não vem? —  Patrick perguntou um pouco irônico.

— Não, ele não vem!

— Há...

Sorri irônica, curvando a cabeça para o lado.

— Eu quero que saia daquela casa — Minha mãe falou olhando-me com frieza.

— Hã? — Perguntei sem entender.

— Quero que saia da casa! —  Repetiu.

Minha cabeça deu uma volta de 360 graus, completos.

Ela vai mesmo me tirar a casa que ela deu.

— Não te ensinaram que é muita falta de educação pegar de volta aquilo que se deu? — Tentei falar normalmente, não posso demonstrar fraqueza.

—  Uma coisa que você não tem né Dulce, educação — Revidou.

— Claro que não, minha mãe não me ensinou — Respondi, me arrependi amargamente disso, eu não sou o tipo de filha rebelde que responde os pais, ",  em seguida levei um belo de tapa na cara, meu rosto virou-se completamente para o outro lado, virei rapidamente para minha mãe.

  — Foi para isso que me chamou? — Perguntei me recuperando. —  Pois deixo sua casa amanha mesmo. —  Falei me levantando.

— Não acabei moça —  Segurou meu braço.

— Peça desculpa a Ashiley e Patrick! —  Mandou.

— Desculpas? —  Perguntei rindo sem humor.

— O modo como saiu no meio do casamento. — Puxou meu braço me fazendo sentar.

Sério? 

Esse dia esta sendo o mais humilhante  da minha vida.

Minha Culpa? Sim!

— Não sou obrigada —  Respondi olhando diretamente para minha mãe  — E há — Me virei para o casal — Minhas felicidades aos recém-casados — Peguei minha bolsa — O presente chega em uma semana.




Melhores amigos de mentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora