Talvez eu te Ame

3. flores mortas

Sobrevivi a primeira semana com o Lucas e me senti orgulhosa por isso, mas por outro lado ainda ficava sem graça de me vestir ou tocar em certos assuntos com ele.
Como por exemplo, sexo.

Ele tentou uma aproximação amigável, sugeriu de assistirmos a mais programas juntos e passou menos tempo trabalhando também.
Eu sabia que isso devia ser complicado pra ele, afinal de contas ele disse que é redator chefe na empresa dele.
Que aliás é concorrente do meu pai, e nem assim o velho deixa de gostar dele.
Oque prova claramente que deve ser o único, e talvez por isso minha mãe não goste dele. Por que meu pai sim.

No sábado de manhã Lucas acordou antes de mim e saiu para resolver coisas no escritório, eu me organizei para não passar o dia entediada de novo e como sempre que estou com ele acabo me esquecendo das coisas que gostaria de perguntar, então resolvi fazer uma lista com os tópicos mais intrigantes.

— mas antes preciso de um papel..- vasculho o quarto atrás de algum caderno ou agenda.

Não encontrei nada, nem mesmo uma caneta, e como Lucas não tinha um escritório dentro de casa, achei que ele também não devesse ter esse tipo de coisa.
Desci para a sala de estar e comecei a olhar os livros que ficavam numa pequena estante no canto, pensei que talvez fosse encontrar algo para poder fazer minhas anotações, mas tudo oque achei foi nosso álbum de casamento.

— hmm..- o retiro da estante e vou para o sofá matar um pouco da minha curiosidade.

Me sentei com as pernas cruzadas e deitei o livro enorme sobre o colo, abri e me deparei com uma foto linda do Lucas na recepção da igreja.
Ele estava de branco e olhou diretamente para o fotografo na hora, a foto ficou linda.

Sorri olhando pra ele e pensei com dor no coração.

É uma pena não conseguir me lembrar disso.

Passei para as fotos seguintes e fui me encantando com todas elas, ate chegar em uma que estava com ele sorrindo.
Nós estávamos juntos e Lucas estava me dando o rosto para beija-lo.