Capítulo 22 - Quem é você pequena?

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Bom dia, meninas e meninos! 

Tenho observado as várias mensagens e as perguntas atentamente. Então estou utilizando esse campo, como um meio de levar um pouco de informação a vocês. Como este livro está sendo escrito e postado, semana a semana (quando consigo manter os dias de postagens), a história fica dando a entender que está faltando algo. Mas acreditem, não está! Tudo está acontecendo do jeitinho que é para acontecer, a diferença é que o livro não está completo ainda, dando a aparência de alguns personagens terem sido deixados pelo caminho. Eles não foram... Esse livro é exclusivamente do Sadistic e quando chegarmos a Zahar, vocês entenderão o porque disso! Todos os livros farão um vai e vem entre o momento em que elas foram sequestradas, a nave e Zahar. Porque assim como eu disse anteriormente, cada um está vivendo a sua própria história. 

Miel é importante tanto para o livro 1, quanto para o livro 2... por isso, não pensem que ele foi esquecido. Ele está sendo cuidado por uma das mulheres que foi sequestrada e o motivo dela estar sumida, ainda será dito... mas ela aparecerá nesse capítulo! 

#BORALER



LIANKOV
 
— Tragam Byron também, vamos mantê-lo na Centrule Destroyed para recuperação. A humana vai comigo... — Ele disse, com um plano de repente se formando em sua cabeça. Já tinha passado da hora de dar prosseguimento aos seus planos...

— Humana, você vem comigo! Eu prometo cuidar de você. — disse dando um sorriso em direção aonde Sadistic estava, agitando-se do aperto de três dos seus melhores Guerreiros que tentavam de toda forma, mantê-lo parado. — Não, agora você não fará isso... Você nem pode dizer quem ela é, não é mesmo? Essa é a chance perfeita que eu precisava... — pensou — Sua mão alcançando possessivamente as costas de Leila. — agora, ela é a minha cobaia e você não poderá fazer nada a respeito.

— Vamos humana, eu tenho algumas respostas para lhe dar, se você me ajudar com algo... Você pode chamar isso de troca de favores, se quiser.

— Que tipo de troca de favores? O que você quer dizer com isso? — Leila questionou enfurecida. Ela não estava com raiva do loirão ao seu lado, mas estava descontando um pouco nele, devido a toda situação de stress que estava vivendo nos últimos dias. Ela estava cansada de todos aqueles Aliens que tentavam tirar algo dela...

— Eu preciso que você faça algo por mim... e prometo lhe dar informações em troca disso. Primeiro, precisamos ir para a Centrule Zar, logo após serei todo seu para qualquer coisa que você precisar. — Ele sorriu, tentando de certa forma acalmá-la.

Ele sabia que ela estava com raiva do fato de que Sadistic não se lembrava dela... Dava pra ver em seu olhar a decepção e o conflito da raiva se misturando, quando Sadistic perguntou quem ela era. Algo tinha acontecido entre os dois e ele estava disposto a descobrir o que exatamente. Se tudo saísse de acordo com os seus planos, ele se certificaria de que a profecia de Raghul tivesse fundamento.
Eles continuaram pelo corredor com Byron sendo carregado por Graston e Uriah. Quando alcançaram a porta da Centrule Zar, Liankov pediu que eles prosseguissem com Byron para dentro, enquanto ele instruía Leila sobre algo.

— O que eu vou te mostrar humana, não é para lhe deixar com medo ou algo assim. Isso é o que eu estava tentando lhe falar, quando estivemos juntos pela última vez. — Ele arqueou a sobrancelha, esperando ela dar sinal de compreensão.

— O que é? — Ela perguntou preocupada.

— É sobre o que houve com o seu cérebro. — Ele estendeu as mãos para cima pedindo a ela que mantivesse a calma.

— Mas você disse que... — Leila tentou dizer, mas foi cortada por ele logo em seguida.

— Não é algo grave, ou coisa assim! Prometa que não irá surtar, todas as outras reagiram bem a informação. Você só está assustada porque Sadistic lhe enfiou dentro de uma bolha protetora em seus braços. — Ele revirou os olhos ao dizer isso — Não houve nada comprometedor com o seu cérebro e eu vou lhe mostrar isso. Vamos, vou lhe dizer tudo o que te aconteceu... — Ele posicionou novamente as mãos em suas costas guiando-a para dentro.

Byron já estava deitado em uma das máquinas esperando por atendimento. Ele não gemia de dor, mas Liankov conhecia a expressão que ele fazia. Lidava com Guerreiros diariamente e os conhecia bem demais para reconhecer a máscara de fingimento que Byron colocava na frente dos amigos.

— Espere aqui! — indicou a Leila uma cama ao lado de uma espécie de computador gigante. — Preciso medicá-lo, ele parece estar sofrendo.

Leila olhou para o outro homem que ele indicava e não conseguia ver como ele estava identificando o sofrimento no rosto dele. O cara chamado Byron sorria e, parecia contar aos seus amigos uma história engraçada, porque eles estavam rindo tanto, que dois deles se seguravam um no outro, para não cair ou coisa assim.

— Acredite em mim, ele está sofrendo. — disse ao perceber a expressão de dúvida da humana —
Já volto! — Ele saiu em direção aonde Byron estava e com apenas um olhar os outros dois estavam fora de seu campo de visão.

Byron se deitou, e ela conseguiu visualizar o motivo dele estar sofrendo, quando o Loirão apalpou em algum lugar próximo a suas costelas e ele fez uma careta feia, mordendo os lábios para provavelmente não rosnar como Sadistic fazia. Quando ela se deu conta de que tinha pensado em Sadistic, se bateu mentalmente, porque quase se entregou para um Alien que agora fingia não a conhecer.

— Ainda vou tirar isso a limpo! Oh se vou!!! — pensou desgostosa, estalando os seus dedos mentalmente. — Agora chega de pensar nisso... Foco FOCO Foco!

Exigiu a seu cérebro que prestasse atenção em qualquer outra coisa, que não estivesse relacionado a Sadistic. Por isso, resolveu prestar atenção ao que o Loirão fazia, enquanto estava compenetrado em atender seu paciente.
 
BYRON
 
— Porra, mas que merda Liankov! Dá pra parar de me apalpar ou vai ficar nessa o dia todo? — Ele gemeu novamente, quando mais uma vez, Liankov lhe apertou.

— Eu preciso verificar se há algo quebrado, ou apenas algumas leves escoriações. — mediante o olhar de Byron, resolveu se explicar melhor — Estou utilizando as mãos, pois estou priorizando o aprendizagem em campo sem o uso das máquinas. Veja bem, te explicando a grosso modo, algum dia posso estar em meio a uma zona de Guerra e não ter acesso a Garya ou alguma máquina Neonathon, então preciso aprender a me guiar sem o uso delas. — Ele deu um sorriso encorajador, pois sabia que Byron estava sofrendo e tentando não o socar, enquanto ele o apertava.

— Tudo bem, mas você precisa me convidar para um café se vai ficar me apalpando e sorrindo para mim dessa forma. — Ele urrou um pouco, quando Liankov encontrou um ponto próximo ao seu quadril que enviou um choque por toda a sua coluna. — Calma aí Curador, se tocar mais baixo que isso, teremos um "GRANDE" problema para resolver aqui.

— Ora, vejam só... você aí fazendo piadinhas infames, enquanto corre um sério risco de perder uma perna. — Liankov fez uma carinha triste para dar ênfase a sua notícia.

— O que? Perder uma perna? Do que você está falando? Eu sou jovem demais para perder uma perna... Eu sou jovem demais para morrer... — Byron começou a querer chorar e a gritar, enquanto Liankov começou a rir descontroladamente com o drama do seu paciente.

— Eu estava brincando, não é só você que sabe contar uma boa piada por aqui, meu amigo! — Ele respondeu rindo.

— Mas que piada horrorosa foi essa? Porra, você não sabe contar piada. Você quase me matou, caralho! — Byron respondeu dramáticamente com uma mão no coração — Eu poderia ter morrido de verdade com essa notícia, sabia?

— Você está ótimo! — disse dando leves tapinhas no ombro dele —Não tem nada quebrado... Mas têm algumas escoriações e luxações, nada que não possa ser remediada com um comprimido azul de revitalização. Entretanto, para me certificar, deixarei você na máquina e programarei para Garya fazer uma varredura completa que indicará se a minha análise está correta. Deixarei um comprido ao seu lado e após dez minutos de varredura, Garya indicará a você para tomá-lo.

Liankov programou a máquina habilmente, observando que Leila estava de olho em tudo que ele fazia. Ele sabia que ela exigiria algumas respostas e estava disposto a dá-las, mas estava ainda mais empolgado em obter algo dela em troca. Quando ele terminou os ajustes, foi até a porta, onde Uriah e Graston estavam literalmente babando por Leila, enquanto ela nem direcionava o olhar para eles. Liankov os enxotou de lá, indicando Byron na máquina e pedindo que eles fossem avisar a Valiancy a situação do seu amigo e que retornassem mais tarde para saber como ele estava. Quando a porta se fechou, ele andou novamente até Leila, pronto para entregar algumas de suas respostas...
 
LIANKOV
 
— Podemos prosseguir com a nossa conversa anterior. Eu creio que você está curiosa para saber o que houve com o seu cérebro e está na hora de lhe responder sobre isso. — Ele disse se posicionando próximo a uma tela — Garya, amplie a imagem anterior do cérebro da humana um. — uma imagem em 10D apareceu na tela com contornos em azul neon.

— Ual! — foi o que Leila conseguiu dizer mediante aquela imagem. Para ela, aquilo parecia um grande raio x muito do bem feito. Na terra, nem mesmo uma tomografia aparecia com aqueles contornos e cores tão realísticas como se mostrava naquele cérebro. O azul neon circulava em volta, como se demarcassem alguns limites que ela não sabia identificar do que se tratava.

— Esse é o seu cérebro! — Ele disse girando a imagem, com um leve gesto em frente a tela. — E esse é o seu implante "Tellemocular" — disse como se não fosse nada demais, apontando para uma parte atrás do seu cérebro. E isso...

— Você está brincando comigo? Tem algum tipo de droga de Chip em meu cérebro e você me fala isso com essa calma toda? Por que colocaram esse chip em mim? É algo para me controlar? Não, controlar não é... — disse respondendo a sua própria pergunta — Senão eles teriam usado essa função antes, quando tentaram me pegar a força. Então me explique melhor, o que isso faz? Dá para tirar de mim? — Leila disse tudo em um fôlego só, respirando profundamente, segurando para não gritar e expor a sua agitação interior.

— CALMA! Eu disse para você que não precisava se preocupar.... Você nunca se perguntou, como consegue entender a nossa língua? — Ele questionou, atento a sua reação.

— Não! Do que você está falando... você fala a minha língua! — respondeu pensando que ele a estava tentando enrolar para não contar o que de fato tinha acontecido com o seu cérebro. Mas repentinamente ela se perguntou como de fato os Aliens a compreendiam tão bem. Não tinha sido uma de suas principais preocupações entender sobre o dialeto deles, pois ela os entendia perfeitamente bem. Era como se ela não estivesse em uma nave com seres de outro planeta.

— Não, nós não falamos... Falamos uma linguagem diferente da sua! Você não entenderia o nosso dialeto, nem mesmo se estudasse a linguagem. Nós nos comunicamos por meio de sons... você poderia chamar isso de musicalidade ou algo assim na Terra. Temos estudado os costumes e linguagens dos povos há anos, a partir disso, desenvolvemos um programa capaz de atualizar a linguagem em uma membrana para implante. Você disse algo sobre chip... não sei ao certo como isso seria no seu planeta, mas a membrana é algo muito mais complexa... É algo feito a partir células desenvolvidas no meu laboratório. Ainda não sei como os Bork's conseguiram isso, mas de fato, irei descobrir. — Liankov pensou que a humana poderia estar em choque, por isso acrescentou rapidamente — Essa membrana não tem o poder de lhe controlar, apenas lhe dar conhecimento sobre a nossa linguagem... e isso definitivamente, não lhe fará mal.

— Certo... Então vamos por parte, você está me dizendo que eu tenho um implante no cérebro, feito a partir de uma camada celular que não é minha, que não me fará mal e que me dá teoricamente uma nova informação sobre um dialeto que eu desconheço. Porque é mais fácil para mim, acreditar que tem um chip em minha cabeça e que a qualquer momento, alguém apertará um botão e eu vou me tornar um robô, ou coisa do tipo! —
Ela disse agitando a cabeça fervorosamente, como se tentasse negar a ideia de que ela poderia ser controlada com aquilo, ou que aquilo pudesse ser usado contra ela de alguma forma.

— Ciborgues de fato existem... Temos um planeta conhecido que... — Ela não o deixou terminar de falar, cortando-o bruscamente.

— Informação demais... Você pode me provar que está dizendo a verdade? Que isso é apenas algo para que eu possa entender o dialeto de vocês? Porque, eu estou verdadeiramente preocupada e estou respirando muito fundo para não surtar agora.

Liankov de repente teve uma ideia, uma que o ajudaria a obter o que queria e estava disposto a dar a ela a informação e uma prova do que ela queria para isso.

— Muito bem, venha comigo e eu lhe provarei que o que estou dizendo é verdade! — Ele poderia muito bem provar a ela que estava dizendo a verdade ali, mas a ideia de estar com ela em sua cabine para resolver algumas de suas curiosidades, lhe pareceu bem melhor. — Vamos! — segurando-a pela cintura, ele saiu da sala, mas não sem antes olhar para Byron que o seguia com um olhar atento em suas mãos possessivas ao redor da humana. Ele apertou um pouco mais os dedos ali, quando ela tentou se desvencilhar dele, a porta abriu e eles saíram seguindo o corredor a esquerda, até sumirem dentro de outra porta que fez um clique sonoro quando se fechou.
 
BETÂNIA E MIEL

— Ninguém nos viu! — Ela disse olhando para o pequeno embrulho em seus braços.

Fora fácil escapulir pelo corredor sem alguém dar falta dela, afinal, ela era a mulher que segurava um bebê. Ela conseguiu observar o que acontecia de longe, através de uma brecha no corredor. Ela viu os Aliens ao redor de suas amigas, os seus olhares atentos, e conseguia ver claramente o interesse e a resposta evidente delas, para alguns deles. Como Psicologa, ela sabia reconhecer as pessoas, mesmo sem se aproximar e conversar claramente com elas. Por isso, Betânia se recusava a sofrer algum tipo de lavagem cerebral, como aquela a qual as suas amigas estavam sofrendo.

Se era o ar, o ciclo ou a síndrome do estolcomo, ela não estava disposta a descobrir, permaneceria o mais longe possível e seguraria firme em seu pequeno pacote que se mantinha enrolado e alheio a tudo a sua volta.

— Você é tão sortudo, pequeno! —
disse tocando em seu pequenino rosto, circulando os dedos suavemente por suas bochechas rosadas. Ele sorria em seu sono, como se estivesse sonhando com algo e isso de certa forma a deixava feliz, ao menos um deles, não seria de alguma forma afetado naquele lugar.

Uma movimentação no centro da nave começou a se formar, quando uma porta abriu e ela avistou um outro ser entrando. Ele era loiro e muito musculoso pelo que ela conseguia ver, mas não ficou muito tempo parada lá, já que ele estava se inclinando para avaliar as suas amigas. Ela não ficaria de forma alguma a mercê de qualquer Alien e não seria consultada por um com toda a certa.

Betânia tinha convicção de que algo estranho estava acontecendo, mesmo que não pudesse analisar completamente o que era, sua intuição pediu que ela se afastasse. Ela escolheu vagar pelos corredores da nave, até que encontrou uma sala que ela nomeou de "Salão do Boxer", pois tinha uma espécie de peso de metal pendurado no teto, mas ela não tinha certeza que usavam aquilo para bater, porque o negócio parecia aço puro. Não só parecia, como ela comprovou o fato, quando se aproximou mais do peso sob a corrente.

Ela não podia acreditar que batiam naquilo, mas definitivamente parecia uma espécie de saco de areia. A sala era toda fechada e trabalhada em aço puro e vidro, não havia muita coisa por lá, exceto uma espécie de sofá que também era revestida em aço. Quando ela se sentou, teve uma surpresa agradavel ao perceber que a parte superior daquela espécie de sofá era mais macia do que ela imaginava.

Betânia também não pode deixar de olhar para fora, ela ainda não tinha acreditado em tudo que lhe tinha acontecido. Alguns dias antes ela estava na Terra e agora, estava no espaço em uma Nave, Deus sabe para qual lugar ela estava indo. De fato olhando pela janela, ela pensou no quão incrível aquilo era. Descobrir finalmente que existe vida no espaço, que eles a sequestram e ela definitivamente não entendia o por quê, que eles não tinham nada a ver com o que retratavam na terra e além de serem 100%parecidos com os humanos, eram 99,9% mais bonitos.

Com isso, ela conseguiu sorrir... não sabia porque estava classificando os seus sequestradores/heróis como lindos. Devia ser algum tipo de magia... como na história dos vampiros que usavam a beleza e a sedução para acabar com suas vítimas. Ela se preocupou de repente com suas amigas, mas resolveu que de imediato elas teriam que resolver sozinhas qualquer problema. Ela não poderia ficar andando com Miel por aí, não antes de tomar algum tempo para si e organizar sua mente e sua energia.

Algumas horas se passaram sem que alguém tivesse invadido a sala ou coisa assim. Ela apenas ouviu alguns passos no corredor e alguns rugidos que ecoaram até lá pelo duto que ela suspeitava ser de ar (como ar condicionado), com esses barulhos Miel acordava e ela ficava brincando um pouco com ele, até que ele se rendia ao sono novamente devido a fome. Betânia sabia que ela precisava sair e encontrar algo de comer para ele, antes que ele acordasse novamente.

Enchendo-se de coragem, começou a procurar pelos corredores, quando deu de cara com uma porta se abrindo. Ela rapidamente se escorou na parede a direita temendo ser vista, não havia como se esconder se quem saísse seguisse na sua direção. Prendendo a respiração ela ficou firme contra a parede apertando Miel nos braços e, esperou não ser notada, quando o mesmo loiro virou a direita, segurando Leila pela cintura. Ela teve um vislumbre dele dessa vez e não pode evitar de sentir um arrepio percorrer sua pele. Ela sentiu um formigamento em sua perna e quase caiu, quando percebeu que estava começando a parecer com suas amigas, mas ela não podia evitar. Ela observou quando eles entraram em uma porta no final do corredor e não pode se ajudar quando suas pernas a levaram para lá.


LIANKOV E LEILA


— Pronto humana, aqui podemos conversar melhor a respeito de qualquer dúvida que você tenha sobre o seu implante. Fique a vontade! Pergunte... ele disse fazendo um gesto com a mão para que ela prosseguisse. Quando ela não disse nada e apenas olhava ao redor com uma cara que ele diria irritada, ele apenas fez um gesto para chamar a sua atenção, o que fez com que ela acordasse de seu transe...

— Porque estamos nessa cabine? — Ela perguntou cautelosamente, pois não queria ser precipitada em achar que ele de alguma forma fosse começar algo como Sadistic tinha feito.

— Bom, porque Byron está instalado lá na centrule, porque o meu programa vocal pode ser controlado daqui e porque nós podemos ficar mais confortáveis. Ele respondeu lhe dando um olhar que ela achou que queria dizer mais do que realmente tinha dito. Se aproximando de seu criado mudo, ele pegou um aparelho que se parecia com um notebook só que do tamanho de um tablet. Ele chamou Leila com os dedos, e bateu suavemente na cama para que ela se sentasse ao seu lado.

Ela ainda estava parada no lugar, não sabendo se poderia confirar nele, mas disposta a dar a ele o benefício da dúvida. No seu pulso, ela sentia o peso daquele super relógio de Sadistic e tratou de aperta-lo firmemente lá, como se tentasse usar aquilo como proteção.

— Eu não vou fazer nada que você não queira! — Ele disse olhando-a intensamente e, ela se perguntou se aquela não tinha sido uma frase de duplo sentido. — Você me pediu uma prova sobre o seu implante celular e eu tenho como fazer isso, mas você precisará me dar algumas informações que eu preciso... Estamos de acordo?

— Informações? Que tipo de informações e por quê de mim? —
Ela questionou incerta do que estava sendo negociado ali.

— Escuta, você precisa confiar em mim... Eu preciso de umas informações sobre a sua anatomia, você tem que saber que eu não te dessorarei ou coisa do tipo... no máximo precisarei de umas amostras de sangue, entre outros exames. — Falou sinceramente, pois era de fato uma das coisas que ele queria dela.

— Eu não posso prometer isso, não sei o que você tem em mente sobre sua medicina. Todos os filmes de extraterrestres não terminam bem quando o assunto é humanos e abdução. — Sua mente era invadiada por filmes como contatos de terceiro grau e ela estremeceu por dentro por pensar naquilo.

— Eu não sei como é um filme de extraterrestres, mas sei o que você está pensando. Não será feito nada com o seu DNA. Eu sou um pesquisador... Um cientísta, talvez você prefira me chamar assim. Eu preciso descobrir umas coisas e espero que você possa me ajudar com isso...
— em sua mente, ele estava mais do que certo que ela cederia aos seus carprichos assim que começasse a colocar o seu plano em andamento.

— Leila pensou um pouco no que diria... Ela precisava tentar manter algum tipo de acordo para que ele contasse o que ela precisava, então resolveu jogar o seu jogo.

— Tudo bem! Mas eu preciso de algum tempo para me preparar... —
já que isso nunca irá acontecer — Então, agora você pode me dizer como isso funciona?

Liankov olhou para a humana, ele via que ela não estava sendo verdadeira em suas palavras, mas se aquilo era um jogo, ele iria lhe mostrar que era muito melhor que ela naquilo e poderia levá-la facilmente, pois sabia esperar pela hora certa.

— Tudo bem! Temos um acordo... 
— ele disse digitando algo em seu computador de mão, encarando-a profundamente — Quando eu contar até três, desligarei a frequência da membrana, não posso deixar muito tempo, pois desativará todas que estão na nave... Ele não esperou ela falar algo, apenas começou a contagem e no três apertou um botão que desligou a frequência.

Liankov deu um olhar predador para Leila. Ela estava prestes a dizer algo, quando ele se levantou da cama e começou a tirar a camisa. Ela congelou no lugar por duas coisas...
1- Ela não entendia nada do que ele dizia;
2- Ele estava tirando a camisa;

Liankov sabia pela sua expressão de puro horror que ela não entendia nada da sua boca, por isso, aproveitou o fato para falar tudo que lhe vinha a mente. Ele precisava desabafar tudo aquilo, ou ficaria louco... seu pai não estava ali e não havia ninguém na nave que era de fato seu amigo, como Valiancy era com Sadistic. Ele era uma espécie de lobo solitário e corria seus riscos sozinho. Virando-se para Leila, ele passou as mãos nervosamente pelo cabelo e começou a narrar sobre as suas suspeitas e os seus desejos...

Leila estava mais perdida que cego em tiroteio, não entendia uma linha do que o Loirão estava falando. Ela tentava a todo custo prestar atenção para retirar algo daquilo, mas não estava dando certo a sonoridade era extranha. Aquilo soava como uma ópera de um barítono, era como ele tinha descrito anteriormente, uma músicalidade que não poderia ser entendida por ouvidos humanos.

Ela poderia tê-lo achado maravilhoso em outros tempos, mas o seu peito nú não fazia nada a ela, só lhe dava mais angústia olhar para ele, como se algo em seu interior se retorcesse dizendo-lhe que estava fazendo algo errado. Tudo era confuso, mas o mais confuso era tentar entender porque ele tirou sua camisa, até que ele se aproximou dela e tentou agarra-la pela cintura, dessa vez ela reagiu... ninguém a tocaria assim...

Ela gritou, empurrando o peito dele que se desiquilibrou o suficiente para dar espaço a ela para chutar as suas bolas. Ele se agarrou ali com as mãos, se encaminhando para a cama e apertando o botão para ativar novamente a fala.

— Porque fez isso humana? — Ele choramingou...

— Eu não sou humana, meu nome é Leila! — Ela disse olhando para o relógio em seu pulso, uma ideia se formando em sua cabeça. Se ela fosse comandante, gostaria de ter o controle sobre todo o lugar e...

— Por que fez isso, Leila? — Ele questionou novamente.

— Quem você pensa que é para me agarrar assim? — perguntou indo em direção a porta e se afastando mais dele.

— Eu disse a você o que eu queria... Eu — Ele tentou dizer, mas foi cortado por ela...

— E eu estou dizendo a você agora... Vá a M.E.R.D.A! Você entendeu isso? Com o relógio para cima ela disse apenas um nome que a fez se mover com raiva para fora, quando a porta se abriu com um clique rápido... SADISTIC

Ela estava com raiva antes e continuava com raiva agora, não sabia o que esses Aliens filhos da mãe tinham para achar que ela pararia na cama com um deles. Ela daria uma grande lição no chefe deles e isso serviria de exemplo, mas antes ela se encarregaria de tentar entender a história do Byron. Ela seguiu pelo mesmo corredor e entrou na centrule novamente para confrontar o Alien que invadiu o banheiro em um momento íntimo e aí dele, se falasse que estava espionando, ela mesmo se encarregaria de matá-lo com suas próprias mãos...

BETÂNIA E MIEL

Leila passou como um furacão pelo corredor, a porta estava prestes a se fechar, mas a curiosidade de Betânia foi maior... suas pernas se moveram a frente da porta e ela ficou em choque com o que viu. Se ela se sentiu atraída por ele antes, estava literalmente babando por ele agora. Ele estava sem camisa e exibia um pacote de seis bem definidos em seu abdomen, cabelos espessos e loiros e um sorriso lindo e ao mesmo tempo maníaco no rosto. Ele pareceu ter sentido o seu olhar viajar por seu corpo e parar onde as suas mãos seguravam. Ela podia jurar que via um volume ali e ele segurava como se Leila tivesse...

Seu coração se apertou pensando aquilo e ela se pegou de repente sendo racional. Se perguntou porque estava agindo daquela forma, como se ele e Leila tivessem feito algo errado... Então ela o olhou de volta e viu algo em sua expressão que ela não conseguiu definir o que era. A porta estava quase se fechando totalmente quando ele questionou...

— Quem é você? Liankov tinha a certeza de não ter visto aquela mulher na nave, ainda mais de ter visto o pequeno embrulho que ela parecia estar carregando.

— Ninguém! — endurecendo o seu coração e trancando qualquer tipo de emoção que tinha aparecido, ela se virou e correu o máximo que podia, antes que a porta pudesse se abrir novamente.
 

 
๑۩۩.. ..۩۩๑

E

spero que vocês tenham gostado do capítulo, mesmo com o atraso. Estou escrevendo alguns contos, trabalhando e papeando no grupo do whatsapp quando tenho tempo. Agora mudando um pouco a direção do assunto...

No dia 20/07/2017 morreu um cantor que marcou a minha adolescência e creio eu, a de muitos... O tema é bastante delicado, mas preciso citar aqui. Eu espero com as minhas histórias, poder alcançar os corações e levar alegria a todos que se dispuserem a acompanhar. Assim como uma canção, espero poder trazer a vocês emoções que só um livro consegue atingir. Levar a tona emoções e sentimentos através dos personagens podem curar uma alma e acariciar um leitor que esteja em sofrimento. 

Nós sabemos o quanto as emoções podem nos influenciar para o bem ou mal... Eu espero que Sadistic seja um acalento para vocês... Então não desistam dele! 

E Insistam em lutar pela vida sempre! Por maiores que são os seus problemas, maiores serão as batalhas... Mas no final, GRANDIOSAS serão as vitórias.

#VIVALAVIDA

#LIGUE 141

#♡Insistir♡

#♡Insistir♡

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SADISTIC - PRISÃO DO AMOR - VOL 1Onde histórias criam vida. Descubra agora