A Lenda das Três Bruxas

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Pov: Katelyn Argent
Casa dos Argent
7:47

Acordo de manhã com uma dor nas costas terrível.

Eu estava deitada toda torta na cama. Me estico para pegar meu celular e ver o horário. 7:47. Atrasada mais uma vez. Hoje nem vou me dar o trabalho de sair do quarto...

Me lembro da noite passada. Eu estava triste e Isaac ficou comigo a noite toda, tentando me distrair. Ele foi fofo e gentil. Coisa que ninguém nunca tinha sido comigo.

Respiro fundo e vou pro banheiro. Faço as coisas de rotina e me troco.
Vou até a caixa que meu tio me deu quando estavamos na França, e tiro um livro de lá. Era um dos livros que foi passado como herança da nossa família.

Abro o livro. Ele tinha paginas velhas e amereladas. Me ajeito na cama e começo a ler.

França, 1896
Lobisomens são nossos maiores inimigos. Prata os fere, assim como Wolfsbane. Todos os lobisomens são maus.

Fecho o livro. Não. Nem todos os lobisomens são maus.

Acabo pensando em Isaac, e o como ele é legal comigo.
Suspiro.

Me levanto e saio do quarto. Desço e meu tio estava na cozinha com Gerard.

-Não vai pra aula?-ele pergunta.

-Não.-respondo seca indo até a geladeira e pegando o iogurte.

-Já acabou com seu draminha?-diz Gerard. Me viro para encara-lo.

-Cala. A. Boca.-digo pausadamente e sorriu.

-Essa é a educação que sua mãe te deu?-ele provoca.

-Que educação que ela me deu, Gerard? Até onde eu me lembro, você e ela só que queriam me transformar na caçadora PERFEITA, sem pensar no que eu sentia, no que eu queria. -digo com raiva.-Vocês dois não prestam.

-Katelyn, vai mesmo deixar ele brincar com você desse jeito?-Diz Isaac aparecendo ali.

-Alguém chamou o lobinho na conversa?-diz Gerard. Isaac atravessa a cozinha e para do meu lado.

-Não, não chamou. Mas não vou deixar você arruinar a Katelyn.-ele diz e sorri falso.

Gerard se levanta e sai da sala.

-É, não da pra dar moleza pra ele.-diz meu tio bebendo um gole de café.

-Porque colocou ele aqui?-pergunto me sentando.

-Porque ele é meu pai, Kat. Por pior que seja. E ele é útil.

-Sabem de algo?-pergunta Isaac se sentando na minha frente.

-Gerard nunca viu nada parecido com isso antes.-diz meu tio.-Mas, tem uma lenda.-ele diz pegando um livro e o colocando na mesa.-A lenda das três bruxas.

-Nunca ouvi falar.-digo.

-Não é pra ser conhecida.-diz meu tio.-Pois se o que está escrito é verdade, vamos ter muitos problemas.

-E qual é a lenda?-pergunta Isaac tentando ver algo no livro.

-"As três bruxas. Diz a lenda que existiam três irmãs. Alanna, Brenda e Caitlin. Sua mãe era uma bruxa muito poderosa, porém, muito cruel.

"Um certo dia, a mãe das menininhas resolveu usar o imenso poder delas em um ritual para ficar mais poderosa. Mas, a força das três garotas acabou quase matando a mãe. E então, as bruxas ancestrais resolveram puni-las. Alanna ficou conhecida como "medo" pois causava nos outros um medo que levava a morte. Brenda ficou conhecida como "raiva". Causava uma raiva extrema nas pessoas, e as levava a fazerem coisas horríveis. E Caitlin ficou conhecida como "culpa" . Causava uma culpa tão grande nas pessoas que cruzavam seu caminho que as levava a loucura. As três bruxas foram mortas aos seis anos, por sua mãe, Esther.

Diz a lenda que as bruxas andam por aí procurando por sua mãe morta, e quem as ajudar a encontrá-la, ganha aquilo o que mais deseja no mundo. Para invocar as três bruxas, é preciso..." -meu tio le, mas para- A página que explica como invocar as garotas está rasgada. Quem as invoca tem poder sobre elas.

-E como encontramos essa bruxa, Esther?- pergunto.

-Eis a questão. Ela está morta.

-Mas, a pessoa que está atrás dela quer controlar elas ou ajudar elas a encontrarem a mãe?

-Isso eu não sei. Nem se a lenda é real, ou se esse é o nosso problema.-diz meu tio e suspira.

O celular de Isaac toca, e ele o tira do bolso.

-É uma mensagem de Stiles. Lydia estava certa, foram atrás de Theo e Corey.

-Levaram eles?-pergunto.

-Não, Derek conseguiu os deter.

-E o que era?-pergunta meu tio.-Que os atacou?

-Corey levou uma pancada na cabeça e não se lembra, mas Theo disse que era um homem de paletó que sumiu num piscar de olhos.

-Estranho.-digo.

A campainha toca e eu me levanto.

-Deixa que eu atendo. -digo.

Ao abrir a porta, meu sorriso vai de orelha a orelha.

-Dean. Sam.

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