Real life is a shit_ Joshler

The best day ever

Eu sinto falta de quando as coisas eram mais simples, quando o tempo parecia passar mais devagar, de um jeito bom, porque a ansiedade também faz o tempo passar mais devagar, mas de jeito torturante. Eu sinto falta de quando minha mãe cantava para dormirmos, mas agora estamos estressados, hoje eu quero ir embora, porque as coisas estão muito rápidas agora.
Todos parecem ter sentido o mesmo que eu, todos queriam fugir hoje, as crianças não querem ir pra casa.
—Nós devíamos sair hoje— sugeri, eles pareciam animados
—Depois da aula?
—Não, agora mesmo, vamos no meu carro—Brendon parecia animado ao dizer isso
—Eu não sei, cara— Josh aparentava insegurança
—Vamos, por favor— dissemos em coro
—Tudo bem, mas não pode demorar muito
O carro era rápido, a brisa beijava nossos rostos delicadamente, nós cantávamos blink-182 em sincronia, cantávamos Reckless Abandon com toda a verdade que aquelas palavras tinham, toda a verdade que nossos pais mostraram quando partiram nossos pequenos corações, éramos um bando de crianças fodidas com sorrisos sinceros. Nós saltamos em trampolins e tomamos sorvete. Pulamos amarelinha e chutamos tampinhas de garrafa, nossas vidas foram simples e boas por um momento, foi como um sonho bom daqueles que entortariam nossos lábios num sorriso sempre que lembrado.
Brendon deixou Josh e eu no começo de nossa rua, fomos andando lado a lado, senti os dedos quentes de Josh brincando com os meus, tudo valia a pena quando eu via seus olhos cor de chocolate-quente puxadinhos sorrindo, meu coração perde o ritmo por Joshua Dun.
Nós chegamos a porta da minha casa.
—Foi o melhor dia de todos, Ty.
—Queria poder eternizar esse dia.
—Ainda da tempo— ele disse e aproximou seu rosto, segurei sua mão com mais força, quando ele juntou nossos lábios calmamente, pude sentir as milhares de borboletas desgovernadas no meu estômago achando seu caminho, assim que seus dedos acariciaram meus cabelos minha mente se aqueceu, e eu podia jurar que o relógio havia parado, nós viramos história.

aquele momento que você cita a música e ela começa a tocar no aleatório