Capítulo 3

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E T H A N

Depois do que houve na festa, Ally não trocou uma palavra sequer comigo durante o trajeto de volta pra casa. Quando atravessamos o portão, eu parei o carro e travei as portas antes que ela pudesse sair.

Ela se encostou no banco, fechou os olhos, cruzou os braços e bufou impaciente. Quando ia abri minha boca pra falar, ela me interrompeu.

— Eu não tenho nada a ver com você e com quem você pega, dorme ou sei lá o que. — Ela continuava de olhos fechados. — Mas não achei que você era tão idiota, ao ponto de deixar aquele cara me tocar! — Abriu seus olhos e me encarou.

Eu realmente fui um babaca quanto a isso, mas... na verdade, eu nem sei o que pensar.

— Agora por favor, abre a merda dessa porta. — Não consegui fazer o que ela pediu, então ela tirou seu sinto e se movimentou em minha direção, procurando o botão para destravar a porta do carro.

— Eu não podia simplesmente bater no meu amigo. — Segurei seu braço a forçando me encarar.

— Podia sim! — Falou como se fosse o obvio. — Mas nem tudo de resolve com socos Ethan. — Então puxou seu braço de meu aperto.

— Não tinha motivos pra fazer isso, te conheci hoje. — Eu já não conseguia acreditar nas minhas próprias palavras.

— Você é um idiota.

— Não me xingue.  

Ela estava muito perto, seu hábito era quente e com cheiro de menta, a observei de perto e percebi que se eu não parasse de a olhar, isso iria dar merda.

Encostei a cabeça fechei os olhos, quando senti ela se afastando abri os olhos para vê-la saindo, quando ela bateu a porta com força e entrou em casa, achei que não tinha condições de ficar aqui. Ainda era 2:00 da manhã, ainda tinha muitas festas acontecendo por ai.

Liguei para Sasha e perguntei se ela estava a fim, primeiro ela reclamou, porque estava dormindo. Mas falei umas coisinha pra ela, e ela animou rapidinho.

— Oi gatinho. — Falou da porta do carro.

— Oi Sasha.

— Não quer subir? — Perguntou mordendo seu lábio inferior.

Dei um sorrisinho e estacionei o carro, desci e entrei na casa de Sasha. Quando chegamos em seu quarto, fui direto ao ponto.

Sasha é boa no que faz, e sei que ela também gosta do que faço, caso contrário, não estaríamos transando sempre que estamos sem nada pra fazer a cinco meses. Mas nada sério, eu não fico apenas com ela, não sou homem de uma só mulher. Isso é óbvio.

Quando caímos na cama cansados, ela esperou que eu dormisse ali. Mas não estava no clima. Nunca estive e nunca vou estar. Me levantei e fui pegando cada peça de roupa minha espalhada pelo quarto de Sasha.

— Não vai ficar? — Sasha perguntou se levantando vindo em minha direção.

— Não. — Não dei tempo dela vir atrás de mim como da ultima vez e fui direção à saída da casa, entrei em meu carro e fui pra casa.

Imprevisível (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora