Imprevisível (Concluído)

Capítulo 21

— Ethan! — Chamei o seguindo pelas escadas. — Ethan, espera!

Ele olhou pra trás me fazendo parar na metade da escada, seus olhos eram escuros. Não tinha mais aquele brilho à uma semana.

— O quê você quer Ally? — Gritou passando as mãos no cabelo em um ato nervoso e nem me esperou responder e já estava caminhando para seu quarto, então voltei a subir as escadas e no último degrau pisei em falso e meu pé virou me fazendo cair até em baixo, mas na metade da escada já estava tudo escuro pra mim.

E T H A N

Me virei para ver Ally caindo das escadas, um pânico tomou conta de mim então corri até ela jogada na frente da escada.

— Não, não, não.. — Falei enquanto descia as escadas. — Ally! Ally acorda por favor! — Segurei seu rosto e pude sentir as lágrimas queimarem minha bochecha. Droga! Isso é culpa minha, eu não devia ter agido dessa maneira com ela. Eu fiquei com muita raiva quando ela disse que iria "conversar" com o Fred. Porra, eu literalmente pirei. Nesse momento, eu não consigo ver seu peito subir e descer sinalizando que ela está respirando, e estou tremendo tanto que mal consigo verificar.

Coloquei um braço embaixo de suas pernas e outro atrás das suas costas. A levantei e tentei parar de chorar enquanto gritava meu pai e Vanessa e andava até a garagem.

— O que está acontecendo Ethan? — Meu pai apareceu com aquela cara de sono e quando viu Ally em meus braços e analisou meu rosto, sabia que nada estava bem. — O que aconteceu? — Seus olhos arregalaram e ele pareceu finalmente acordar.

— Eu... Ela... — Eu gaguejava e as palavras não saiam. Que droga!

— Ela está desmaiada? — Meu pai perguntou se aproximando.

— Ela caiu da escada. — Foi tudo que consegui falar e uma Vanessa totalmente atordoada apareceu na sala, ela se aproximou chorando e tentou pegar Ally dos meus braços, mas eu não vou largar ela. Não agora, não nesse momento.

— A gente precisa levar ela para o hospital. — Falei me direcionando para a garagem e a colocando no banco de trás e vi meu pai no banco do motorista e decidi ficar ali com a Ally, e quando a Vanessa apareceu no banco de trás e puxou a Ally para seu aperto eu não pude falar nada, mas minha vontade era apenas eu ficar ali com ela.

O caminho para o hospital pareceu uma eternidade. E eu a cada segundo, me sentia mais e mais culpado, quando chegamos e Ally foi levada para longe, eu não tive outra escolha a não ser esperar na sala de espera. Alguns minutos depois, meu pai apareceu e eu nem consegui me mover do lugar. Tinha medo do que ele iria dizer.

— Você está bem? — perguntou ao se sentar ao meu lado.

— Ally está bem? — Respondi com outra resposta sem conseguir o encarar.

— É, ela está. O médico disse que pode demorar um pouco pra ela acordar porque bateu muito forte com a cabeça. — Então suspirei aliviado. Não totalmente, mas 40%.

Alguns minutos se passaram novamente.

— Ethan, posso te fazer uma pergunta?

— Ok.

— O que está acontecendo entre você e a Ally? — Ele perguntou coçando a garganta e balançando a perna pra cima e pra baixo, em um ato totalmente nervoso.