Após 11 anos em coma seus olhos vão abrir vagarosamente se adaptando a luz que adentra intensivamente suas córneas, porém, a claridade nos seus olhos é o último dos seus problemas. Sua vida virou de cabeça pra baixo ao ponto de sua preferência seria...
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Lauren Jauregui:
Passei entre os bancos e sentir uma dor abdominal horrível me fazendo quase gritar de dor. A ponta da minha jaqueta foi puxada era Camila, não havia muito luz no local mas era possível reconhecer sua silhueta.
Mas, cadê Keana?
Passei meus olhos pelo lugar e pode observar o cinto de segurança dela pendurado, meu coração acelerou, e sem nem sequer perceber lágrimas desciam pelas minhas bochechas.
Um gemido de dor chamou minha atenção, Camila estava pendurada de cabeça para baixo assim como eu estava segundos atrás. - Cabello, vai doer um pouco, mas precisamos sair daqui._ Segurei firme na mão dela.
Quando soltei o cinto de segurança o corpo dela caiu em cima de mim, me fazendo gritar de dor. - Aaai meu Deus!! _ Exclamei ainda com Camila em cima de mim
- Desculpe, mas cadê a Hayley?_ Ela engasgou algumas vezes e notei que o supercílio inchado e a boca sangrava um pouco. - E-ela já estar lá fora._ Mentir sentindo pena do estado dela.
Mesmo contra a vontade dela arrastei-a para fora do carro, coloquei Camila no braço como se segurasse um bebê, suas pernas ao redor da minha cintura. - Camila, eu não aguento..._ Antes que pudesse terminar a frase cair ajoelhada no canteiro da pista.
Ela soltou as pernas e deitou na grama ainda sem força pra ficar em pé fitei-a trazendo aquela maltida energia que exalava em meu corpo sempre que nossos olhos se encontravam como aconteceu na lanchonete, na praia e agora de novo.
Sobre nossas cabeças caía uma chuva fininha que não molhava mas nos deixava com frio.
- Lauren, você estar sangrando muito._ Ela rolou um pouco para ficar proximar o suficiente para me analisar.
- Estou com frio._ Sussurrei ouvindo meus dentes bater um no outro.
- Me abraçar._ Ordenou Camila puxando meu corpo para encaixar no dela, ainda observei seu rosto, o supercílio sangrava e a boca também o rosto estava coberto de sangue mas isso não a deixava feia, apenas misteriosa e sombria porém ainda muito bela.
- Você estar muito ferida._ Levantou a mão que pingava de sangue. - Não durma, Lauren._ Ela deu tapinha de leve na minha bochecha ao perceber meus olhos fechando. - Por Deus Lauren mantenha esses lindos olhos abertos._ Alertou. Coloquei meu corpo sobre o dela na tentativa de aquecê-la. - Você estar sagrando._ Ela levantou a mão coberta de sangue - Não durma._ Ela dava alguns tapinhas em meu rosto para me manter acordada.
- Cante! Faça algo que ama, você precisa sobreviver. _ Dessa vez falou alisando meu rosto, e bem fiz exatamente o que ela pediu sussurei baixinho a música ((Crazy- Aerosmith)).
Meus olhos iam se fechando lentamente até que sentir as mãos de Camila repousar sobre meu rosto. Quando os lábios da Latina tocou o meu, sua língua encostou suavemente sobre a minha em um carinho delicioso.
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Era com se estivesse em uma sessão de reanimação cardíaca meu coração acelerou quase errando uma batida. Uma mão dela segurava firme minha nuca e a outra adentrava minha roupa pressionando meu ferimento.
- Foda-se!_ Sussurrei entre os lábios dela aumentando a velocidade e a intensidade que meu lábios avançavam nos delas quase que desesperadamente ela correspondia me apertando ainda mais contra o seu próprio corpo.
Estava tão gostoso que já estava quase achando que estava no céu, quando Camila sorriu com os lábios ainda encostado nos meus, isso mesmo, um sorriso lindo me trazendo de voltar a terra.
Voltamos a beijar, porém ouvir algumas vozes se aproximando. - Senhor, tem duas garotas ali._ A voz masculina adentrou meus ouvidos ao mesmo tempo que Camila se apertou ainda mais seu corpo no meu, tentei apertar-lá mais firme infelizmente faltou ar e minha cabeça deu várias voltas escurecendo assim minha visão.
