Miami- Flórida- 21/Dezembro/2007

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Camila Cabello:

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Camila Cabello:

Forcei meus olhos abrirem atordoada com o barulho ensurdecedor de sirenes sem parar, algumas vozes masculinas adentravam minha cabeça como marteladas até mesmo vozes femininas desconhecidas por mim.

Sentia um gosto metálico de sangue nos meus lábios:

- Senhorita fale conosco, você consegue lembrar seu nome?_ Era como se a voz estivesse vindo a quilómetros de distância e depois alcançava minha mente com força total me desnorteada.

-Ha-Hayley... Ha-Hayley..._ Repetir várias vezes o nome dela mesmo engasgando algumas vezes.

- Seu nome é Hayley?_ O homem falou mas balancei a cabeça em negação não por muito tempo, mais por tempo suficiente para me fazer entender.

- Preciso saber seu nome para contato familiar._ O homem tinha uma voz firme porém um rosto bem jovem, parecia ciente da minha falta de consciência no momento. Esperando com calma uma resposta.

- Karla Camila Cabello._ Falei respirando fundo em seguida.

- Pode informar quem estava naquele carro com você?

- Sim, minha namorada e minhas amigas._ Estremece
- Cadê elas?_ Tentei me levantar mas estava com um colar cervical

- Calma senhorita Cabello, elas estão bem._ Ele disse tentando me posicionar na maca hospitalar.
- Preciso apenas que tente o máximo continuar acordada._ Ele olhou o relógio.

Sem me dar conta do que estava fazendo comecei a murmurar a música que Lauren havia cantado mais cedo, e do nada um sorriso cobriu meu rosto entretanto o homem me encarava incrédulo.

{...}

- Doutora, onde estão minhas amigas?_ Ela já havia me analisado e estava parada em pé na minha frente anotando algo na caderneta.

- Elas estão fazendo exames._ Ela tinha um tom suave, mas firme.

- E minha namorada?_ A doutora ergueu uma sobrancelha e olhou pra mim.

- Estão fazendo exames senhorita Cabello._ Ela voltou a atenção para os papéis.

- Mas...Hayley..._ Fechei os olhos com força sentindo minha cabeça rodar.

- Tem duas garotas que acabaram de sair do exames._ Disse a enfermeira sem perceber que havia falado demais e acabou levando uma cutucada da Doutora.

Percebe que algo estava errado.
- O que aconteceu? _ Perguntei quase desesperada.

- O seu quadro é estável e estará liberada dentro de algumas horas._ Ela tinha os olhos fixos nos cortes da minha testa e supercílios.

- Não quero saber como estou, quero saber da minha namorada._Segurei no meu peito o colar que Haylay havia me dado quando nos tornamos amigas, no qual tinha duas meninas de mãos dadas e desde daquele dia ela não soltou minha mão.

- Senhorita Cabello, eu não posso dizer nada além do que já disse. E sua mãe estar á caminho._ Ela colocava um líquido de uma injeção no soro. - Agora por favor, descanse um pouco._ Ela apoiou minha cabeça na sua mão e a repousou no travesseiro mesmo contra minha vontade meus olhos se fecham.

{...}

- Mila minha filha, minha querida._ Ouvir a voz da minha mãe vindo de longe e acertando minha cabeça em cheio.

- Calma senhora Cabello, ela estar estável._ Era a voz da Doutora.

- A senhora é?_Minha mãe perguntou apertando a mão da Doutora.

- Doutora Cameron._ Respondeu apertando a mão da minha mãe.

Elas iam saindo do quando quando berrei - MÃE!_ Erguir as mãos, ela correu e me abraçou tão forte que sentir dor.

- Mãe a senhora tem que saber o que estar acontecendo._ Meu corpo doía, e meu peito ardia com a força que estava fazendo para não chorar. - Por favor mãe, ninguém me dar informações sobre ela._ Quando terminei de falar percebe o semblante da minha mãe.

- Filha você precisa se acalmar._ Ela alisou meu ombro creio que o único lugar que não haviam machucados. - Certo?_ Não a responde levantei da cama tão rápido cambaleando pelo quarto, tentei a todo custo me equilibrar sem sucesso caindo de joelhos no chão impercetívelmente branco.

- Camila me ouça._ Minha mãe tentou me abraçar, mas ouvir uma voz rouca, uma voz bem conhecida.

- Lauren!_ Exclamei alto arrumando em seguida uma força até então desconhecida por mim.

Corri ainda cambaleando até a porta segurando com força a marcaneta e abrindo a porta, assim que sair dei de cara com Lauren em uma cadeira de roda com faixas em torno do abdômen, a olhei por completo, e ela me olhou incrédula.

- Cadê ela? _ Falei só então notando que Lauren estava em transe, o rosto dela estava banhado em lágrimas parecia nem ao menos me ver. Ajoelhei na frente dela - Por favor, Lauren, cadê ela?_ Supliquei

- Ela morreu!_ Ela repetiu várias vezes - E foi culpa minha, culpa minha entendeu?_ Ela olhava fixo para as próprias mãos que estavam também enroladas em gases brancas.

Meu coração errou a batida quando a palavra "Morreu" adentrou minha massa cinzenta.
- Quem morreu Lauren?_ Sacudir o ombro dela, agora já me encontrava em pé com o terror da palavra me levantei de solavanco.
- Hayley morreu?_ Depois que falei sentir o peso da frase sobre mim, engolindo seco em seguida.

Seguirei firme no rosto de Lauren conectando nossos olhos, e ela sorriu debialmente, mas que porra, ela estar sorrindo do quê?
- Mas que merda Lauren, Fale!_ Soltei o rosto dela.

-Keana... a Keana morreu meu Deus, ela morreu!_ Ela entrou em transe de novo caindo em seguida de joelhos no chão.

- Meu Deus Keana._ Coloquei a mão sobre a boca como criança faz quando diz algum palavrão perto dos pais, era como se não falasse não ia acontecer. Não se tornaria real!

- Minha culpa..._ Lauren sussurrava em transe totalmente fora de sí.

- Sua culpa sua idiota!_ Segurei firme nas faixas de Lauren a erguendo. - Tudo sua culpa._ Batia com o punho no peito de Lauren sem para enquanto repetia a mesma frase - Sua culpa!_ Ela não se defendia, apenas chorava, sem querer acertei seu rosto. Ela me encarou e por um breve momento achei que revidaria, mas ela apenas deu um passo a frente e me abraçou.

- Eu vou cuidar de você._ Ela sussurrou com o queixo apoiado na minha cabeça, e começou a cantarolar.

Uma visão do acidente veio com força na minha cabeça Lauren me tirou do carro, e depois cantarolou essa mesma música, e um estalo na minha cabeça fez minha respiração pesar.
- Nós nos beijamos._ Sussurrei tocando os lábios com a ponta do dedo.

- Foi sem querer, estar tudo bem, era apenas para salvar minha vida._ Ela nem parecia ligar para o que tinha acontecido, claro, ela é uma traidora nata.

- Claro que não._ Sussurrei novamente, enquanto Lauren me segurava firme em seus braços.
- Ela estava presa no carro e EU beijando você._ Respirei fundo tentando me livrar dos braços de Lauren. - Eu sou uma vagabunda._ Olhei-a nos olhos e ela voltou a sorrir, mas por que diabos ela sorrir?

- Não Mila, você não é!_ Sorriu e tentou me abraçar.

- Fique longe de mim!_ Me soltei dela após empurrar-la pelo peitoral. - Ok! _ Murmurou erguendo os braços em redenção.

- Apenas fique longe de mim Jauregui!_ Berrei entrando no quarto sendo seguida por minha mãe que observava tudo quieta junto com a doutora e alguns enfermeiros.

Deitei na cama e fechei os olhos em total vergonha da minha mãe ter ouvido que Lauren havia me beijado, mas o que ela não sabia era que havia correspondido á altura o beijo.

-Aqui, só o bem entra, só o bem fica 🌈

Enquanto você dormia... (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora