Miami- Flórida- 22/Dezembro/2007

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- Peça perdão ao mundo, mas se não houver resposta, se auto perdoe

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- Peça perdão ao mundo, mas se não houver resposta, se auto perdoe.



Lauren Jauregui:

O cheiro de rosas do campo reconfortava, mas não dava ao meu coração a tranquilidade e o perdão necessário para bater livremente. E o perdão dela jamais iria vim, não dela. Teria que me perdoar e bom, isso também não seria possível.

Estava agachada observando a lápide de perto, posicionei as flores corretamente e depois dei mais uma olhadinha nas alianças colocando uma no meu dedo e a outra ainda na caixinha depositei em cima da lápide de Keana.

- Não acha que é um pouco tarde para isso Jauregui?_ Erguir o rosto para fitar quem estava falando.

- Camila?!_ Falei observando a de baixo pra cima.- Não é, se o objetivo é mostrar para sí mesma que não é tão culpada assim._ Disse percebendo o silêncio descomunal entre nós duas.

- Então você vai deixar uma aliança para alguém que não pode usar?_ Ela tinha um sorriso cínico nos lábios. - Uau, e você vai usar também? Ah claro que vai. Porque é bem mais fácil ter um relacionamento com alguém que já morreu._ Camila tinha veneno escorrendo pela língua e ela queria me atingir a qualquer custo.

- Okay, eu já entendi. E por que não veio ao velório?_ Me levantei com um pouco de dificuldade, apenas para ficar na altura dela.

Camila tinha os olhos fixos na lápide. - Estava com a Hayley e acabei perdendo a hora._ Se agachou e colocou um buquê de rosas ao lado das minhas tulipas, passou os dedos de forma delicada em cima da foto da lápide. - O que eu perdi?_ Ela ficou em pé bem na minha frente, podia ver os olhos dela brilhar com algumas lágrimas que surgiam.

- Apenas a senhora Issartel que me acertou um tapa daqueles na cara._ Virei um pouco o outro lado do rosto sabendo que ainda estava vermelho.

- É perdi coisa boa._ Sorriu.

- E a Hayley ainda estar em coma?_ Observei a expressão facial dela mudar de uma hora pra outra.

- Ah claro, ela ainda estar em coma. E você diz como se "Sim, ela foi comprar cigarros e já volta"._ Ela passou as mãos nos fios de cabelo.

- Ah claro a coitadinha da Cabello ataca novamente, pelo menos ela ainda estar viva._ Encarei-a tão fortemente, e ela não evitou nosso olhar um segundo sequer.

- Sim, vamos fazer uma enquete para saber quem estar mais fodida._ Ela deu um sorriso de escárnio.

- Isso Camila, torne isso uma competição._ Respirei fundo tentando manter a voz em um tom mais calmo possível.

- Quem tornou isso uma competição foi você, e quer saber tenho certeza que Keana nunca perdoaria você!_ Ela desfilou veneno e saiu andando entre as catacumbas alheias pisando em algumas flores.

- Você não deveria fazer isso._ Exclamei praticamente correndo atrás dela.

- Quer dizer o que devo fazer agora Jauregui? Vá a merda!_ Ela berrou chegando perto do carro.

- Olhar só você não é a única que estar sofrendo com essa merda._ Segurei no anti-braço dela antes que ela alcançasse o carro.

- Por que tudo tem que ser sobre você, suas traições, sua namorada e toda essa merda que você faz questão de dizer que é sobre você._ Se soltou dos meus braços.

- Eu não quero discutir Camila, quero saber o que vai fazer daqui para frente._ Me aproximei dela.

- Você vai mesmo para faculdade, apenas preciso saber se estar bem. Eu prometi que cuidaria de você._ Segurei em uma das mãos dela.

- Você prometeu? Prometeu o que? E pra quem?_ Batia o pé impaciente.

- Promete a Hayley, ela me fez jurar._ Fiquei sem jeito lembrando do dia, ela me encarou furiosa.

- Por que você não a salvou se ela estava falando ainda?_ Começou a bater em mim com o punho me impulsionando para trás.

- COMO EU IRIA SALVAR? COMO IRIA SALVAR HAYLEY ESTAVA PRESA NAS FERRAGENS! _ Gritava sentindo um pouco de dor das tapas. - Eu não tenho super-poderes Cabello, e se tivesse tinha salvado..._ Respirei fundo. - Keana._ Completei a frase.

- Você nem lembrava de Keana, queria apenas me beijar._ Ela abriu a porta do carro.

- Claro, porque tudo que sempre quis na vida era beijar você. _ Sorriu com escárnio. - Ah é sarcasmos caso não tenha percebido._ Nossos olhares se conectaram e porra aquela energia de novo.

- Foda-se Jauregui! _ Ela entrou no carro mostrando o dedo do meio arrancando o carro me deixando a ver navios.

O celular vibrou no meu bolso.
- Quem pode ser agora..._ Resmunguei tirando do bolso da jaqueta.

- Alô... Jauregui?_ A voz soou do outro lado. - Precisamos conversar._ Respirei fundo sentindo o peso do assunto vim sobre mim.

Enquanto você dormia... (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora