I keep falling down, if you could only save me

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Harry não queria, mas fora ele quem se afastou de Louis, sentindo-se totalmente envergonhado e confuso sobre o que deveria fazer ou falar agora, por isso preferiu apenas erguer seus olhos verdes para o outro e soltar um pequeno sorriso sincero. Se ele mal soubesse que aquele simples sorriso já fora mais do que suficiente para Louis, com certeza suas bochechas pegariam fogo.

— Vem, — o mais velho disse levantando do banco. — nós temos que entrar, está frio aqui fora e você está tremendo...

O encaracolado apenas assentiu e assim que se colocou de pé Louis rodeou um de seus braços sobre o ombro do outro, trazendo-o para de encontro ao seu peito e para dentro de seu casaco. Louis agradeceu pelo casaco ser longo o suficiente para acolher os braços de um Harry encolhido contra seu tronco, com as bochechas mais vermelha que o normal. A flor presa nos cachos de Harry estava sendo amassada por conta de sua cabeça prensada sobre o peitoral do garoto que lhe abraçava, mas nenhum dos dois pareceu realmente se importar. Caminharam por corredores que saberiam que estavam vazios, querendo ignorar o máximo possível de pessoas, enquanto conversavam sobre coisas banais sobre como fazia frio no local, como ambos adoravam a neve, como Harry ficava bonito corado, porém, a última parte foi comentada apenas por Louis já que o outro negava com todas as suas forças.

Não foi surpresa quando Harry apontou para o corredor que representava o dormitório masculino da Área A, já que Louis já tinha certeza de que ele demonstrava sintomas de depressão, tanto quanto havia visto as marcas em seus pulsos quando agarrou os mesmos. Ele queria perguntar como o mais novo havia parado ali, como todos os abusos começaram, se ele havia tentado se matar por conta do que ocorria ou se havia algo mais, porém, sabia que se tentasse perguntar sua voz falharia ou, pior ainda, ele assustaria Harry, que sairia novamente correndo. Louis lembrou-se de quando era criança, quando ele tentou pegar um pequeno ovinho de pássaro em sua mão, apenas para matar sua curiosidade, aliás, ele era uma criança e estando fora do campo da visão dos pais, ninguém poderia impedi-lo. Sim, ele escorregou sem querer, deixando com que o ovinho caísse sobre seus pés e ele pisasse no mesmo. Ele não tinha intenção de causar nenhum mal, mas não pode segurar. Assim como ele não queria causar nenhum mal a Harry com suas perguntas, mas não sabia que faria mesmo assim.

— Você pode me prometer uma coisa?

Louis perguntou, sorrindo abobado para o encaracolado. Harry já estava dentro de seu quarto enquanto Tomlinson tinha seu corpo apoiado sobre o batente da porta, com um sorriso de canto nos lábios e focalizando seus olhos azuis apenas nos verdes do garoto a sua frente. Harry mordiscou os lábios, protestando contra si mesmo por achar o outro tão bonito. Com todas suas curvas, seu rosto fino, mandíbula definida, lábios rosados e seus inquietantes olhos azuis, suas mãos, seus braços, até mesmo o pescoço de Louis parecia terrivelmente atrativo. E o mais novo não tinha certeza se era certo pensar assim sobre o garoto, mas ele não podia impedir.

— P-prometer? — perguntou confuso, erguendo as sombrancelhas e franzindo a testa. Louis gargalhou baixinho, fazendo o outro ter certeza que tudo que ele fazia parecia ingênuo demais aos olhos azuis do mais velho.

— Sim, uma promessa básica, eu prometo! — ele aconselhou, rodando seu dedo sobre um cacho de Harry que caia sobre sua testa. —Você vai prometer?

Era tão errado e grotesco quando Benwosck acariciava os cabelos de Harry, dizendo o quanto eles eram macios e cheirosos, enfiando seu nariz sobre as mechas para respirar fundo e dizer o quanto mais baixo era bonito. Harry sempre paralisava de medo quando as mãos dele tocavam seus cabelos, menos com Louis. Com ele era macio, certo, era uma carícia gostosa. Harry chegou até fechar os olhos e ronronar como um gatinho. Aquilo, com toda certeza, fez Louis rir, acariciar ainda mais os cachos de Harry e deixar um beijinho em sua testa.

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