Na Paris de 1920, um trágico crime acontece no cabaré mais badalado da cidade, o Moulin Rouge. Allan Pollard, um detetive no começo da carreira, enfrenta seus colegas de trabalho para conseguir ficar com o caso. Mas no meio da investigação, ele desc...
— Senhoras e senhores, sejam bem-vindos ao Moulin Rouge!
O cabaré Moulin Rouge foi fundado aos pés da Colina Montmartre em 10 de outubro de 1889 por Joseph Oller e Charles Zidler que desejavam oferecer um lugar de divertimento popular a um público diversificado. Henri de Toulouse-Lautrec e Auguste Renoir se tornaram famosos por suas apresentações na casa.
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Durante os primeiros anos do Moulin Rouge se sucederam noites festivas regadas a champanha onde dançarinas célebres se apresentavam. Foi nessa época que nasceu a célebre quadrilha que conhecemos pelo nome de French Cancan. Bebidas eram servidas enquanto os clientes eram convidados a assisitir aos espetáculos, ou a dançar na pista. Com uma arquitetura pouco convencional e uma decoração extravagante, que conta com um elefante instalado no jardim, o Moulin Rouge atraía a sociedade que buscava diversão.
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Naquela noite nublada e chuvosa de meio de outubro precedia o fim da vida de alguém. O cabaré Moulin Rouge estava lotado de homens fumando e bebendo com vedetes a mesa. Os homens largavam suas mulheres em casa para ir em bordeis e cabarés se divertirem com prostitutas de luxo.
Em uma das mesas estavam quatro homens e e duas vedetes para cada um. Um deles era um senhor gordo que aparentava estar na casa dos 50, ele dizia com o charuto na boca:
—...Por isso que digo, os novos tempos estão sendo deploráveis - tossiu o homem - mulheres se vestindo de diferentes modos, parecendo homens com cabelos curtos e vestimentas largas...
— Ah me desculpe Sr. Duchamps, penso que quanto mais as damas estiverem a vontade com si mesmas melhor a estadia aqui no bataclan e em casa. — disse o homem na ponta da mesa, nome dele era Vittório Beaumont, filho do maior acionista da bolsa de valores da França — Aliás, as donzelas poderiam contar sobre vossas vidas também?!
As vedetes deram risadas sutís e uma loira alemã se atreveu a falar com seu sotaque nada natural:
— Me chamo Amélie, fugi de Munique após a guerra. Cheguei em Paris e cai aqui no Moulin Rouge...
