Capítulo 04 - Banquete Mortal

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Eles chegaram no laboratório e foram novamente examenar o corpo de Jacques. DuPont falou:

— A gente precisa encontrar alguma pista, alguma secreção a mais no corpo, e aquelas manchas vermelhas nos dedos das meninas? Seria aquilo o que um alergia?

— Não sei, mas eu confisquei os  esmalte que todas usam. — lembrou Pollard o tirando do bolso.

— Já havia me esquecido disso! — disse DuPont pondo seus óculos — Vamos testas esse esmalte em algo?

— No papel, que tal? — sugeriu Pollard.

— Não, não. Precisamos ter alguém de cobaia. — respondeu DuPont seguido por um silêncio.

— Ah! Não... eu não vou passar esse treco no meu corpo... testa no seu! — troçou Pollard discordando do colega.

— Haha! Não era disso que estava falando! Eu preciso de... Allan... que tal nós tentarmos... no morto?

— O QUÊ? Apollon... mas isso é... é antiético!

— ANTIÉTICO! Faça me o favor, Allan, tem coisa mais antiética que ir em cabarés? Para de frescura e vamo passar esse esmalte no pé dele!

— Oh meu Deus! Será que eu pedi pra estudar para passar esmalte em mortos? — refletiu Pollard fazendo sinal de oração.

— Cale-a-boca, Allan! Envés de ficar ai brincando vem me ajudar a passar o esmalte no defunto.

DuPont passava o esmalte em todos os dedos do pé do morto. Já eram 4 horas da tarde, e após eles terminarem de colorir as unhas com esmalte suspeito, DuPont e Pollard começaram a conversar:

— Pronto, Pollard, passei um esmalte diferente em cada unha...

— Isso é ridículo. Mas olha, a gente vai ou não no banquete da Lady Donati?

— Óbvio que a gente vai. Ganhar comida de graça e ainda avançar na investigação. — troçou DuPont rindo.

— Então, isso que eu estava falando no carro, a gente chega no banquete a noite, e sentamos na mesa com o resto dos convidados — declarou Pollard com ansiedade — aí então, um de no nós pede apra ir ao banheiro, e nessa ida passamos na cozinha e vemos os alimentos do armário da cozinha e coletamos amostras.

— Exatamente, mas qual de nós vai? — indagou DuPont.

— Não sei a gente escolhe na hora.
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Eva estava lavando o chão da mansão dos Brissot, quando alguém bate na porta e entrega-lhe uma carta! "Do... Cabaret Moulin Rouge... para... Sra. Brissot.", pensou ela. Ela subiu as escadas com a vassoura esaboada na mão.

— Dona Mirelle, Dona Mirelle! — gritou Eva para a patroa.

— Fala logo, cruz credo! — respondeu Mirelle deitada no sofá do quarto pensando na vida.

— Chegou uma carta para a senhora.

— Está bem, Eva, agora volta pro jardim do Éden e me deixa em paz. — a madame respondeu pegando a carta — Vamos minha filha, saia! Que saber o que tem na carta né sua curiosa futriqueira. Imagina, eu pago a empregada para ela cuidar da minha vida.

— Não, não, senhora! Eu já estou saindo. — murmurou a empregada.

— Não, agora você vai vir aqui, leia a carta em voz alta para eu me destrair.

— A... Sra... Mirelle... Brissot... está... convidada... para...

— Credo em cruz! Se não for pra ler direito, então não precisa ler! Me dê essa maltida carta, logo. — ordenou Mirelle a empregada que lia mal.

Cabaret: A Morte Chama Para DançarOnde histórias criam vida. Descubra agora