Marca do castigo.

72 3 3
                                    

Na parte da tarde do dia seguinte foi o enterro de Park Jimin. Coloquei meu terno preto e fui ao local me encontrar com Yoongi.

-"Jeon. Como?"
Ele se mantinha surpreso.

-"Senhor Yoongi, saiba que meu chefe é muito inteligente."
Sorri olhando as pessoas chegarem.

-"Ah droga!"
Uma de suas mãos tentaram tampar seu próprio rosto.

-"O que houve?"
Observei o homem alto e esbelto vindo até nós.

-"Vejo que conseguiu o que queria."
Seus olhos cerrados metralhavam cada detalhe da alma de Min.

-"E quem seria..?"
Seu rosto se virou para mim.

-"Jeon Jungkook."
Estendi minha mão para um aperto gentil.

-"Prazer."
Ele a segurou.

-"Suponho que tenha trabalhado com ele, certo?"

-"Sim senhor."
Sorri e me virei para Yoongi que ainda se posicionava quieto.

-"Vou voltar para Jin, ele não está nada bem. Converso com você depois Min Yoongi."
Suas palavras sérias fizeram seus passos de despedida serem mais dramáticos.

-"Qual o problema dele?"
Cruzei os braços.

-"Foi graças a ele que conheci o Jimin."
Ele suspirou.

-"Para ser sincero eu nunca odiei aquele garoto. Na verdade eu o amei e muito."
Arregalei meus olhos sem o mesmo notar.

-"Então por que quis que eu acabasse com a vida daquele garotinho?"
Posicionei minha voz em um tom sério.

-"Porque..Ele me obrigou a esquecer a minha família e amigos, ele me fez ficar totalmente sozinho para assim ter mais tempo com ele."

-"Você não conhece o Park como eu conheci. E creio que se conhecesse teria conseguido me entender mais rápido."

-"A única coisa que deve ter em mente agora é que o verdadeiro e único assassino aqui é você. Não importa o que achava de Minnie, nada mais importa. Ele está morto."
Pude sentir minhas palavras perfurarem o seu coração como uma bala rápida de pistola.

-"Tem razão. É muita cara de pau minha ter vindo aqui..Foi graças a mim que aquele menino está ali, naquela caixa de madeira falsa."

-"Achei que gostaria de ver o seu trabalho concluído."
Sorri de lado.

-"As vezes você me dá medo.."
Ele fez uma careta de como se estivesse assustado.

Ri baixo junto do mesmo. Depois de conversar um pouco mais sobre Minnie, seguimos para o caminho curto que fariam com o seu caixão.

Enquanto andávamos lentamente ao som de uma música tradicional de igreja, fiquei pensando no sorriso fofo de Jimin. O sorriso que nunca mais será visto, ninguém verá o pequeno usando suas roupas chiques, sendo irritante, gritando, agindo como uma criança, nem mesmo conseguirá rir quando o ver se auto elogiando. Tudo foi embora, toda aquela graça se diluiu em minhas mãos ontem à noite, manchando os lençóis brancos de sua macia cama.

BAD BUNNYOnde histórias criam vida. Descubra agora