Apresentando "Eu, Fariseu"

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Religião.

Na sua tradução original, esta palavra significa religação. Trata-se da religação - ou das tentativas - do homem com o Divino, com quem o criou.

Existem diversas religiões no mundo. No fundo, todas elas obedecem isso: tentam, de alguma forma religar a criatura com o seu criador. E todas elas entendem, de algum modo, que o nosso modo de vida rompeu essa ligação, e que algo precisa ser feito para que esse laço seja restaurado.

Entre oferendas e sacrifícios, o Cristianismo surge com um conceito único: não há como o ser humano, por si só, restabelecer essa ligação. Se a transgressão é uma dívida, não existe atitude humana capaz de pagar esse boleto. E ainda que existisse, o ser humano, em sua depravação, certamente aumentaria a cada dia mais esse débito, invés de quita-lo.

Então, como resolver esse problema aparentemente sem solução?

Bem, se o padrão de Deus é a perfeição e se a Sua justiça não permitiria, em hipótese alguma, qualquer padrão mais baixo que esse, então apenas o próprio Deus seria capaz de cumprir seus próprios requisitos. Independente da sua religião, creio que todos concordam aqui que não há oferenda, rito ou culto que torne o ser humano perfeito, ou que amenize os efeitos da sua maldade, não é?

E assim, o Cristianismo apresenta uma solução moderna e inédita para o problema que separa o humano do Divino: Deus, na pele de homem, vem a terra, e faz aquele que apenas Ele poderia fazer. E mesmo assim paga, como um pecador qualquer, o preço da condenação. Só que como não há dívida contraída por Ele, uma vez que ele é perfeito, Ele mesmo nos oferece seus créditos. Ou seja, Ele paga pelos nossos pecados, para que nEle possamos todos sermos perfeitos, desde que creiamos em toda essa história.

E a fé é tudo o que Ele nos exige.

Descrevemos aqui, em breves palavras, os fundamentos da doutrina cristã, para deixar bem claro o que é a Graça de Deus, e como isso vem apenas de Deus.

Jesus, em uma de suas parábolas, apresentou o fariseu, que batia no peito, acreditando que sua religiosidade o fazia melhor que todo mundo em contraste com o publicano, pecador, que suplicava desesperadamente por misericórdia, aceitando que de tão errado nesta vida, não poderia se salvar a si mesmo. Jesus afirmou que o pecador é quem estava mais perto da salvação, e não o religioso "certinho".

Então, o que acontece conosco, que ainda não aprendemos algo tão básico na fé em Cristo? Por que ainda cometemos esse erro tão grosseiro em se achar melhor que os outros só porque frequentamos uma igreja, ou porque frequentamos a "igreja tal", ou porque não comemos isso, não bebemos aquilo, ou não nos vestimos desta ou daquela maneira? Por acaso, não estamos agindo como o fariseu repreendido por Cristo quando agimos assim?

O conto a seguir ilustra o típico fariseu dos tempos modernos. Que, ao ler este conto, você não encontre aquele irmão rabugento da sua igreja, ou aquele crente rabugento da sua rua ou dá sua família; mas que você possa encontrar a si mesmo, olhar para dentro e refletir.

Você está repousando na Favor de Cristo ou nos seus próprios méritos?

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