10 - Fim

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Ela dá um tapa na cara dele:

- Você não o conhece e não tem direito de falar essas coisas dele.

- Vadia - ele levanta a mão para bater nela, mas dou um soco em seu rosto.

- Saia daqui idiota - digo irritado.

- Vocês vão ver, vou acabar com vocês.

Ele vai embora e depois que a raiva passa começo a rir.

- Por que está rindo? - ela pergunta me dando um tapa leve.

- Porque amanhã estaremos longe disso tudo.

Ela me beija.

Quando a aula acaba levo-a a uma concessionária.

- Escolha uma - falo apontando para as motos.

- Sério?

- Sim, mas no máximo quatro mil porque temos que guardar dinheiro, mocinha.

- Sim, Senhor.

Ela escolhe uma vermelha, preta e cinza.

- Sabe dirigir isso? - ela pergunta desconfiada.

- Claro - dou um capacete para ela e coloco o outro. - Andava de moto com meus amigos da outra escola.

Ela sobe na moto e nos levo para praia para ver o pôr do sol.

- Vai sentir falta daqui? - ela pergunta, o vento bate em seus cabelos fazendo os fios voarem.

- Não, você vai?

- Não - ela me abraça passado o braço por minhas costas e passo o meu por seus ombros. Esperamos o sol baixar assim.

Vamos para casa. Arrumo minhas malas já que ela já arrumou as dela.

- Seu pai não vai estranhar a moto na garagem?

- Ele nunca coloca o carro lá.

- Então tá - ela dá de ombros.

- Devo escrever alguma coisa para ele? - pergunto depois de pensar um pouco.

- É bom - ela diz

Escrevo uma pequena carta:

"Pai, não vai mais ter que se preocupar em comprar comida pra dois, não sei se se sente assim mas me sinto como um fardo para você.

Vou usar o dinheiro que tenho para sair da cidade, talvez algum dia eu volte e passe aqui para te ver. Até lá, estarei bem.

TaeHyung"

De noite meu pai chega para tomar café. Ele até me pergunta como foi meu dia.

Vamos para o meu quarto e esperamos até dar meia noite.

Quando o relógio marca zero horas ela diz:

- Parabéns, Tae Tae - e me beija.

- Obrigada.

Deixo a carta em cima da mesa, alguma hora ele vai perceber que está lá.

Encaro a casa escura, sinto como se fosse uma despedida, mesmo não tendo esse lugar como lar.

- Vamos - digo abrindo a porta silenciosamente.

Pego a moto na garagem e vou até ela que me espera parecendo nervosa.

- Eu não acredito que estou mesmo fazendo isso - ela tem um grande sorriso no rosto. - É tão legal, mas assustador também.

- Vem, é um novo começo! - puxo-a para mim e beijo-a novamente antes de colocar o capacete e subir na moto. Vamos embora, em busca de um futuro. Juntos.

FIM

21st Century Girls - kth (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora