Prólogo

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"Eu já falei que é pra você rebolar a porra dessa bunda naquele palco e vir me trazer a grana que me deve. - Joga de forma bruta em cima de mim a roupa que eu deveria usar.- Eu espero te ver naquele palco em cinco minutos, senão eu acabo com essa dívida dando o mesmo fim do seu pai, na sua mãe.- Fala em um tom ameaçador me encarando e sai dali batendo a porta".
Fecho os meus olhos e respiro fundo, maldito dia em que meu pai foi se envolver com esse homem. Agora ele está morto e eu aqui tendo que pagar a dívida dele dançando para um bando de bêbados, eu estava nervosa e não queria fazer isso, mas precisava fazer isso pela mamãe. Eu me arrumei com uma roupa preta de couro curta, ela ficava muito apertada no meu corpo pois não era do meu tamanho, mas eu daria um jeito, era só por essa noite. Respiro fundo e deixei o meu cabelo solto e sai dali.
Subo no pequeno palco e a música se iniciou, ela tinha uma batida sensual e começou com uma guitarra fazendo o seu solo, rodei no pau de ferro que tinha na minha frente e quando a voz do cantor começou a soar para todos eu segurei firme nele e desci devagar e dei duas quicadas e subi empinando a minha bunda, me encosto no ferro e começo a olhar para o público e danço balançando bastante o meu quadril. Os velhos jogavam dinheiro no mini palco e eu fico de joelhos no chão e aliso o meu corpo e fiquei de quatro e balancei a bunda olhando para um tarado que me observava quase babando no meu corpo, mordo os meus lábios e logo a música acaba e a luz apaga toda e eu me levanto saindo daquela tortura.
"Para o meu quarto, agora sua puta miserável. Não consegue nem dançar direito. Vou te mostrar o que acontece quando você não trabalha do jeito que deve trabalhar.- Grita comigo me encarando com fúria. Eu assenti com medo e apenas saí dali indo direto para o quarto e ele me segue trancando a porta em seguida.- Isso é por você não ter feito do jeito certo.- Da um tapa forte na minha cara me fazendo soluçar.- E isso é pra aprender a se esforçar mais em pagar suas dividas".- Ele me joga com força naquela cama e começa a primeira sessão de tortura que nunca me esquecerei. Aquelas mãos nojentas no meu corpo, ele me tocava me fazendo soluçar de medo e era agressivo, muito bruto e eu não podia resistir e não conseguia.
Ele abusou de mim, usou a minha fragilidade e inexperiência pra me violar e me violentar e eu tinha apenas que aceitar.
Ao fim daquele episódio lamentável, ele me deixou sozinha e eu ali, desolada, nua e vulnerável, só pude chorar.
Meu corpo doía por inteiro, cada centímetro de mim lamentava o que havia acontecido e o que eu mais queria nesse momento era desaparecer. Mas eu não podia, minha mãe ainda precisa de mim, eu preciso pagar essa dívida e sumir com ela, eu espero que eu consiga logo pois estou vivenciando o tão dito e temido inferno.

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