Capitulo 10 - Um adeus e um olá.

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Entro na recepção do hospital em total desespero, Mauro vem correndo atrás de mim preocupado pedindo para me acalmar ou algo do tipo... Simplesmente não consigo ouvir nada ao meu redor, na verdade, parece que o mundo esta parado, o único som que eu ouço é o do meu coração acelerado. Jogo meu corpo com força na bancada da recepção fazendo a coitada da moça se assustar.

-Meu pai... Preciso vê-lo. - Digo em meio ao choro.

-se acalme moça... Qual o nome do seu pai? - Ela pergunta calmamente percebendo meu estado de nervos.

-Ca-Carlos... Carlos Moraes. - Gaguejo.

-Carlos Moraes... - Ela dita em voz alta enquanto digita em seu computador. - Ele esta em cirurgia no momento, teve uma parada cardíaca e corre risco de vida.

-OQUE?! Eu quero vê-lo! - Aumento meu tom de voz.

-sinto muito, mas como disse, ele está em cirurgia, amigos e familiares aguarda na sala de espera.

-onde é essa sala?! - Pergunto apreensiva.

-segundo andar, fim do corredor, vire á direita e terceira porta á esquerda. - Ela indica com o dedo para o elevador.

-obrigada... - Saio ás pressas para o elevador.

Assim que entro aperto o botão do segundo andar, o Mauro corre e consegue alcançar o elevador que logo fecha as portas.

-ei... Calma... - Ele diz ainda se recuperando da corrida.

-desculpa... Eu não estou pensando direito... - Um nó se forma em minha garganta.

-eu sei que deve ser difícil, mas se mantenha sã. - Se aproxima de mim passando as mãos sobre meus ombros. - Sua mãe precisa de você. - Ele sorri timidamente.

-eu não quero mais perder ninguém... - Caiu novamente no choro.

-não fique assim. - Ele me segura em seus braços e me da um beijo na testa. - Vai dar tudo certo.

O sinal do elevador nos indica que chegamos ao segundo andar, assim que as portas se abrem eu saio em disparada repetindo em voz alta para mim mesma:

-fim do corredor... Vire á direita... Terceira porta á esquerda... Fim do corredor... Vire á direita... Terceira... Aqui! - Digo ao ver a porta branca á minha frente.

Entro e me deparo com minha mãe em prantos sentada em uma das poltronas da sala, minha prima ao seu lado tentando acalmá-la, meus tios em um sofá ao canto abraçados e com os rostos inchados do choro.

-mãe?! - Digo me aproximando.

-Rebeca... - Ela sai do colo de minha prima para desmoronar no meu.

-o que houve? - Digo no meio de nosso abraço.

-seu pai começou a passar mal assim que você saiu... Tentamos acalmá-lo, mas a coisa só piorou... Ele caiu no chão e... Ai meu Deus! Aquilo foi horrível! - Volta a chorar.

-assim que eu sai?! - Pergunto.

Ela não responde e me abraça forte, eu choro junto, mas minha preocupação só aumentou meu pai esta nesse hospital por minha causa! Porque, eu fui fria o suficiente para discutir com ele em frente a sua família e em pleno aniversario de seu filho falecido. Como posso ter sido tão burra?! Sabia seu estado!

-querida, quem é ele? - Minha mãe se afasta engolindo o choro e limpando as lagrimas com um lenço.

Eu me viro e Mauro se aproxima de mim, meio sem jeito e timido, eu dou alguns passos para longe de mamãe e fico ao lado de dele, o mesmo me surpreende pegando minha mão e entrelaçando nossos dedos.

Eu te amo tanto - Fanfic Mauro NakadaOnde histórias criam vida. Descubra agora