Bom dia!

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      A chuva fustigava a janela do quarto e o vento soprava forte

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      A chuva fustigava a janela do quarto e o vento soprava forte. Andrea abriu rapidamente os olhos, assustada com o barulho. Não era comum uma tempestade logo de manhã cedo! Pegou o celular na cabeceira da cama. Sete e meia da manhã. Ainda bem que era sábado, não teria de trabalhar naquele dia. Levantar ou não levantar? Enrolou-se no cobertor ao ouvir mais um trovão, muito forte. Lembrou-se da "canção do trovão" que ouvira no filme Ted. Para que inventou de assistir aquele filme? Agora ficava tentando lembrar a canção toda, mesmo sendo uma babaquice. 

           Resolveu levantar mesmo sabendo que não daria para fazer nada, afinal ao apertar o interruptor perto da cama percebera que não havia energia elétrica. Estava escuro demais para ler, não havia sinal de celular para passar o tempo - a não ser que quisesse jogar, e honestamente não estava com paciência para jogar Candy Crush. Por algum motivo que desconhecia, quando não havia energia elétrica, também não havia sinal de celular. 

Limpar  a casa estava fora de questão. Poderia varrer, claro. Mas a umidade era tanta que se resolvesse passar um pano no piso não secaria. E sem energia elétrica não poderia passar o aspirador, e nem fazer limpeza ouvindo música.Poderia ao menos ouvir música do celular, porém pensou melhor e decidiu deixá-lo parado, para economizar bateria. Sabe-se lá quanto tempo ficaria no escuro.  

Ficou um tempo olhando pela janela do quarto, mesmo com as palavras da mãe("não chega perto do vidro, criatura, atrai raio"!) ainda em seus ouvidos. 

Ao menos dava para tomar café da manhã, pensou, e resolveu sair do quarto. A casa estava toda fechada e a tempestade não iria ceder tão cedo. Estranhou o silêncio e resolveu checar onde estariam seus pais. Ao passar em frente ao seu quarto, que estava com a porta aberta, pareceu ter visto algum movimento. Mas não havia ninguém lá. 

Seus pais não estavam dormindo. Também não estavam na garagem, ou outro lugar da casa. Onde estaria todo mundo? Entrou novamente no quarto, e resolveu que já era hora de tirar aquele pijama. Ao passar em frente ao espelho, algo a deteve. Contemplou seu reflexo novamente. Era ela mas.. algo estava diferente.Algo parecia errado. Observou um pouco mais... Enfim, deve ser por estar escuro, com esta tempestade horrível, pensou. 

Quando virou-se de costas, o reflexo não se virou. 

DoppelgängerOnde histórias criam vida. Descubra agora