Capitulo 3

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Ao chegar a casa, deparo-me com o mesmo vazio de sempre, eu chegava para ninguém, eles ainda tinham alguém. Na maioria dos dias isso não me fazia confusão, mas nos outros isso perturbava-me um pouco, como não?

Vou tomar um banho, estava suado e espantosamente, não me sentia cansado, nem um pouco.

Com que então ela hoje trabalhava hoje no bar, era? Brilhante, melhor, era mais fácil de a ver e de a engatar do que propriamente ter de marcar um encontro com ela. Mas será que ela ia levar a miudinha? Ela obviamente não era completamente normal e a mãe precisava de ter mais cuidado com ela do que a maioria das mães. apesar de eu achar que quando todos os miudos são pequenos as mães são de certa forma igualmente preocupadas.

Hoje tinha um almoço com ua loira que mora na baixa da cidade. eu prometera-lhe que quando viesse da proxima missão sairia com ela, e bem sou um homem de palavra. Ela já encontrou alguém, e eu perguntei-lhe se ela queria mesmo fazer isto, ela disse-me que sim, portanto a culpa já nao é minha, pois não? 

Após ter tomado o banho, despacho-me, vestindo umas calças de ganga e uma t-shirt branca, calçando uns ténis e meto a carteira no bolso de trás e o telemóvel no bolso da frente. Volto a verificar o cabelo no espelho da frente. Dou-lhe um pequeno jeito e aceno, estava bom.

Saio de casa e fecho a porta, pondo de seguida as chaves no bolso.

Como é que as mulheres levavam tanta coisa, se tudo o que eu precisava estava mesmo ali? E chegava, elas levavam imenso peso no ombro e para quê? Se fossem atacadas durante a noite, salvariam-se ou pensariam primeiro se deveriam levar as coisas de beleza? A ideia fez-me rir.

Já chegava perto do café onde nos tinhamos combinado encontrar e já podia ver aquele cabelo loiro e resplandecente contra a janela do café. E lá estava ela, de batom vermelho e comprimia os labios, receando que eu nao aparecesse, entro no café e retiro os oculos da cara,  ela sorri esperançosa ao me ver entrar no café e sorrio sentando-me à sua frente.

- Olá Harold! -sorriu ela e notava-se bem que estava alegre com a minha presença à sua frente. Tinha este efeito nelas, e não entendia porquê. Pronto, a minha auto-estima também sendo elevada, ajudava a que isso acontecesse.

- Olá Jenny -sorri de leve, cumprimentando-a- Como estás? 

- Bem,bem -sorriu ela - Ainda bem que vieste, tinha medo que nao viesses -sorriu confessando ai o seu verdadeiro medo.

- Então e como tens andado? -sorri para meter conversa com ela enquanto ela se debruçava sobre a mesa, mostrando o seu peito devidamente realçado e sorri, mostrando aqueles dentes que obviamente à pouco tempo tinham sido branqueados no dentista.

- Hum, sabes, aqui e ali, encontrei algém, damo-nos bem, nada de especial entretanto -riu agudamente, o que me fez lembrar uma desesperada por um toque. Mas eu conhecia o namorado dela de vista e já havia falado com ele, sabia que ele não era assim.

- Fantástico! -sorri-lhe amigavelmente.

Almoçamos e conversamos sobre quase tudo, no fim, tinha paggo, pois é de cavalheiro pagar e saimos do café, dei-lhe espaço para que passasse e ela praticamente que tirou o cabelo amarelo esvoaçante dela na minha cara, sinceramente sabia o que ela queria. Mas tinha acabdo de almoçar, preferia dormir a sesta,a a ter que me mexer para fazer alguma coisa.

Apesar do convite dela, e até parecia agradavel, aposto que o corpo dela sem roupas era algo que se visse, não me apeteceu, além de ser injusto para o pobre gajo o que ela planeara. Ainda fez beicinho e tentou, mas, simplesmente, não resultou.

Caminhei para casa. descobrira de manhã que iria sair hoje à noite. E ai sim talvez queria ter sorte ao enrolar aqueles cabelos nas minhas mãos e puxá-los.

Lágrima InesquecidaOnde histórias criam vida. Descubra agora