Capitulo 7

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Acordara agora, era uma da tarde. Depois de ter vindo do hospital, apenas me deixara estar por casa e adormecera.

Penso como a Daniella estará o que fará neste momento. Sei que ela apenas trabalha à noite. Deveria ligar-lhe? A ideia cruza-me a mente e agarro no telemovel, mas rapidamente me lembro que não tenho numero dela e por isso tendo a despachar-me o mais depressa possivel para poder ir ter com ela. Era o que mais queria. Passar tempo com ela neste momento.

Ao sair de casa, reparo no frio que estava hoje, mas não me interessava, caminho até aquele pequeno apartamento que agora fazia as delicias dos meus dias. E era essa a verdade. 

Bato à porta algumas vezes e isso faz-me nervoso, e se ela não estivesse em casa? E se ela pensasse que eu era um chato? 

Ao fim de uns segundos, oiço o trinco abrir.

- Olá -o sorriso dela fez-me emboçar o meu sorriso mais pacato.

- Olá -sorri levemente e passo os dedos pelo cabelo- Como estás? -aproximo-me dela e beijo os seus lábios levemente.

- Tranquilissima - ela responde- O meu patrão hoje levou os pequenos dele ao Zoo e quis levar a Astrid, ela ficou tão contente -sorri- Sim e ela porta-se bem sem mim -riu baixo ao fechar os olhos após ter sentido o meu leve beijo.

Que bom. Estariamos os dois sozinhos então.

- Não disse isso -ri baixo ao passar os meus dedos no cabelo solto dela.

- Eu sei, mas também achei que deveria dizer -riu baixo quando olhou os meus olhos e depositou um beijo terno nos meus lábios.

- Não queria parecer chato -sorri de leve.

- Não o és... -ela cortou-me.

- Sim, mas nem tinha o teu número para te poder ligar, queria fazer isso em vez de aparecer aqui do nada -sorri de leve quando ela agarra a minha mão e entramos para dentro de casa, fechando a porta.

- Não me importo -murmurou- Calculei que pudesses ser tu -sorriu- Mesmo que não fosses eu iria abrir a porta com este pijama -soltou uma pequena gargalhada.

Agora estava mais ela, mais à vontade, mais relaxada. Talvez porque não estivesse sempre a preocupar-se com a filha e tivesse umas horas para ela.

- Eu também não me importo -acabo por acrescentar. - Sabes, a menina do meu colega é mesmo bonita e pequenina -solto um leve sorriso.

- Harry, ela tem horas -deu uma gargalhada- Que esperavas? -beijou a minha bochecha.

- Não sei, sinceramente, nunca tinha visto um bebé com horas -ri e olho-a, sinceramente não sei o que tinha ido lá fazer.

Ambos sabiamos que já faltava menos de um mês para eu ir para o Iraque, ambos sabiamos a verdade. E mesmo assim lá estava eu a olhar para a mulher que dera comigo em doido. Ela cantarolava enquanto arrumava os brinquedos da menina que tinham estado espalhados no chão e eu aproximo-me dela, ajudando-a.

- Não é preciso -ela parou a música que cantava, olhando-me e sorri.

- Eu sei -confirmo- Mas eu quero -encolho os ombros- Queres vir comigo mais logo ver a pequena Rose?

Ela, para meu espanto: aceita. Aqueles olhos castanhos guiavam-me à loucura e ela por vezes sabia-o nestes poucos momentos.

Apenas se aproxima de mim, em silencio e beija-me. Beija-me com ternura e depois aprofunda este mesmo, deixando-me louco, e sem reação, quando me apercebo, apenas tinha as mãos dela a tocarem-me nos ombros, encostando-a a mim e rapidamente ponho os meus braços à volta dela, aproximando-a... Colando-a a mim e começo eu a coordenar o nosso beijo, levando levemente a blusa do pijama fofo dela para cima, começando agora a tocar naquela pele suave que Danielle tinha.

Lágrima InesquecidaOnde histórias criam vida. Descubra agora