Capítulo 5

36 5 0
                                    

Assim que a pequena Astrid se farta de andar de baloiço, pedira colo à mae e começaramos a caminhar pelo parque, apenas caminhando, enquanto Danielle de vez em quando olha para baixo envergonhada e eu liberto um pequeno sorriso por ter esse efeito nela. 

- Hum... Ela não gosta do carrinho de bebé? -olho a menina vendo que se deixara dormir.

- Não -a mãe sorriu de canto ajeitando a menina nos braços, adormecida devia pesar bem mais que o costume.

- Deixa-me ajudar-te -pedi com cuidado e retiro a filha dela do seu colo, pondo-a no meu. - Aposto que estás melhor e, às coisas que tenho de carregar no exercito, acredita a tua filha é um privilegio -ri baixo.

Ela sorriu de canto.

- Sem querer trazer-te más memórias, qual foi a pior imagem que já tiveste em campo? -ela olhou-.me comprimindo os labios nervosa. - Aquilo que para ti te custou mais viver?

Olhei-a enquanto aqueles olhos castanhos me pediam uma resposta.

Não consigo dar-lhe a resposta, simplesmente a minha mente bloqueia querendo negar toda a visão que eu revivia nela.

- Desculpa, desculpa! -oiço a voz dela preocupada enquanto tocava no meu braço. - A sério, foi uma estupidez da minha parte.

Levo a minha mão à bochecha dela, acariciando-a com o polegar enquanto ela liberta um sorriso nervoso.

- Calma, calma está tudo bem -sorri de leve- Só nao me apetece falar disso está bem?

Ela acenou, e puxo-a para um abraço apertado. A Astrid ainda dormia profundamente nos meus braços.

- Queres... Queres almoçar lá por casa? -ela sorriu perguntando num tom meio envergonhado.

- Claro -sorri ao olha-la. Só iria sair com os rapazes mais tarde, por isso tinha tempo para um almoço.

Ela sorriu levemente e caminhamos até uns predios já um pouco antigos e ela abriu-me a porta, deixando-me passar com a pequena dela.

Subimos até um 1º andar e de seguida ela abre-me a porta do lado esquerdo.

- Desculpa ser pequeno -ela esboço um sorriso atrapalhado e tocou-me para que a seguisse até ao unico quarto existente onde podia ver uma cama de casal já um pouco velha onde deito com cuidado a Astrid e a mãe tira-lhe os ténis e as calças, abrindo depois a cama para aconchegar a filha nos lençois.

Ela acena-me e dirigimo-nos os dois para a pequena cozinha/sala. 

- Huuum... O que gostas mais de comer? -ela falou enquanto mexia nos armários.

Ora ela, era claro.

- Massa, gosto de massa -sorri de leve ao olhá-la.

Ela acenou sorrindo e retirou uma caixa de massa do armario e de seguida foi ao congelador buscar carne.

- Queres ajuda? -murmuro ao ouvido dela, vendo que a mesma fica nervosa e sorri de leve virando-se ao eliminar o resto de espaço que havia entre nós dois.

- Hum.... Hum... -os olhos dela oram pairam nos meus labios, ora nos meus olhos e eu sorrio ao aproximar o meu rosto do dela.

- Ajuda? -sorri com covinhas e ela nega apenas mexendo a cabeça para os lados. - Pronto, só queria ser prestavel -sorrio e ela rapidamente se vira, começando a tratar das coisas.

Olho-a. Nenhuma rapariga tinha estado assim tao perto de mim e depois negar-me. Nenhuma. E ela nao iria ser diferente, em nada. 

- Podes ver TV se quiseres -sorriu olhando-me- Só temos é 4 canais, mas sente-te à vontade para veres -sorriu.

Lágrima InesquecidaOnde histórias criam vida. Descubra agora